31 de maio de 2018

Das fadigas (queridas)



"O problema todo é que hoje estou querendo ser compreendido."
- Leminski

Das fadigas (queridas)

São sete horas da manhã...
Despertador a todo vapor
Acorda e procura o chinelo... 
O cão pegou
Foi descalço ao banheiro...
Urinou.

Olhou no espelho
Leve molhada no cabelo
Passou um pente
Lavou a cara
Escovou os dentes.

Vai à saleta da sala...
Liga os dois celulares.
Vai à cozinha...
Copo de leite e cumbuca.
Senta-se à mesa...
Cereais com fruta.

São nove da manhã
Chegou à labuta
Muito trabalho, muito malho
Enrola até a hora do almoço.

Meio dia
Caminha até a pensão ao lado
Hoje não tem nem trocado
Pendura novamente o almoço
O moço já fica irritado.

São seis da tarde
Bate seu ponto de saída
Entra na condução que já lota
Apertado, um inferno de volta
Quebra o ônibus na avenida.

São dez da noite
Chega a casa atrasado
A vida pra ele é um açoite
Cansado, só pensa dormir.

O fardo que tem que cumprir
Aos olhos de algum pessimista
É um elo que só faz desunir.

Mas ele carrega o lema...
Quando dá sorriso
Pois adora um desafio 
Manda uma banana pra vida 
E ela se fazendo recíproca 
Dá alento e energia às saídas.


André Anlub

25 de maio de 2018

Memórias da Guerra (Parte I - IV)


Memórias da Guerra (Parte I)
Prólogo

Em meio a fumaça cinza com um toque avermelhado
Embaixo de um céu que é testemunha
Vejo ferros retorcidos, destroços
Vejo corações calados, que gritam
Vejo o tempo congelado.

Em meio as ruas esburacadas
Vejo pertences abandonados
Abrigos.

Vejo um rio frio
Rio de cartuchos que tiveram seus projéteis deflagrados
Todos com nomes, um objetivo
Calar um peito inimigo
Um corpo latente a ser alcançado
Silenciando-o
Roubando-lhe sonhos.

Como o corte de uma navalha
Como quem tira o doce de uma criança
Como quem tira o amor e a esperança
Em troca de uma medalha.


Memórias da Guerra (Parte II)
A expansão do mundo Grego

Alexandre III, da Macedônia
Guerreiro, príncipe e rei aos vinte anos
Braço forte, coração valente
Morrer com trinta e três anos não estava nos seus planos.

Foi um conquistador do mundo antigo
Teve Aristóteles como amigo
Nunca perdeu uma batalha sequer
Os persas eram o alvo inimigo.

Era um homem de visão e inteligente
Tentou criar uma síntese entre o oriente e o ocidente
Egocêntrico e sanguinário
Admirava as artes e a ciência de toda gente.

As suas guerras eram em suma por território
Algumas vezes por recursos
Procurava ser notório
Galgava sua glória.

Houve as batalhas de granico, hidaspes e gaugamela
Todas com intuito de derribar
A vitória ele clamava por ela
Mas foi a babilônia que veio a o derrubar

Sua morte uma incógnita
Não se sabe se foi veneno, febre ou malária
Seu grande amor havia morrido
Morreu junto com o coração partido.


Memórias da Guerra (Parte III)
Guerra de Troia

Pelos livros, pelo filme, ela é muito conhecida
Descrita pelo poeta épico Homero no romance “Ilíada”
Foi um conflito bélico entre gregos e troianos
Motivado pelo rapto da rainha de Esparta.

Como dizem que na guerra, morre ou mata
Os gregos atacam troia para recuperar Helena
A paixão de uma pessoa que o fez seqüestrá-la
Páris, príncipe de troia, criou toda essa tormenta.

A guerra dura dez anos com troia sitiada
Abaixam-se as armas e os gregos usam a cabeça
Pensando em ganhar a guerra demonstrando sossego
De repente surge uma idéia, um pouco inusitada
Ulisses cria o “cavalo de tróia”
Realmente um presente de grego.

Dentro do falso ventre da estátua
Estavam muitos sedentos soldados
Com sede que não seria de água
Saíram matando adoidados.

Helena retorna a Esparta
Morrem Heitor e Aquiles
Heróis, inimigos de espada 
Por causa de um rabo de saia
Na guerra “se morre” e se mata.


Memórias da Guerra (Parte IV)
Gengis Khan – Conquistador Mongol

Nasceu com o nome de Temudjin
Virou o senhor dos senhores
Entre muitos sonhos e lendas
Um lobo cinzento devoraria o planeta.

Eram mitologias xamânicas respeitadas
E por um breve e próspero período
Houve um controle sobre uma Mongólia unificada.

Treinado desde jovem como arqueiro montado
Com grande habilidade como todos os mongóis
Comandava o cavalo apenas com os joelhos
E as flechas voavam com uma fúria atroz.

Foi escravizado e levado até a China
Foi comprado pelo imperador chinês
Mas um belo dia ele foi resgatado
Por vários clãs ele foi apoiado.
E criou as “leis dos mongóis” para ter sua vez.

Na batalha contra Jamukha teve um temporal
Todos os mongóis tinham medo de raios
Mas ao ver que Temudjin não temia o tal
Jamukha rendeu-se nessa batalha final.

Ele virou Gengis Khan aos quarenta e cinco anos
Expandiu a Mongólia até não poder mais
Morreu satisfeito e com um filho sagaz
Que depois da Muralha da China, chegou à Sibéria
Dizem que fez a guerra para depois vir à paz.

André Anlub 

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.