31 de dezembro de 2017

O levantar de cada homem


O levantar de cada homem

Onipresente e quiçá salutar
vagão de um extenso trem
vagando, voando, vergando devagar.

Cem promessas e esperanças no ar
do cerimonial que o ano transpassa.
Vento e vigor entram pelas ventas
e dobram o hipotético cabo das tormentas.

Ficam tempos de acertos e erros
ficam berros que ecoam em intentos
e na nuvem a premissa do restauro da curva
que faz reta uma estrada mais turva.

Em seus tronos na zona de conforto
estão otimistas os deuses de todos.
Roupas alvas, flores brancas
e o sol desbotando as flâmulas.

É um novo tempo e a mais nova maquiagem
da engrenagem que a ferrugem não come.
A esperança sendo real ou miragem
alivia e traz força no levantar de cada homem.

30 de dezembro de 2017

Feliz 2018


Arquivo morto

Enlouquece, tonteia
entorpece, abala
no coração, na veia
emoção enigmática.

A coisa é séria, muito séria
vai um, vem outro
é uma constância
por isso não faz sentido.

Pela manhã tudo estará bem
é mais ou menos assim
no íntimo ficam as lesões
escapam os heróis
para encararem novo amor.

Entupindo o coração de ideias
cachoeiras de avejões
nesse amor de veracidades
suas pegadas, espaçadas 
na areia limpa e macia
pegadas de danças e festividades
da mais pura devoção.

Quando esse sentimento aflora
há “refrescância” na alma e corpo
mas nem se sabe se essa palavra existe
não se encontra em dicionários
é morta – torta
é arquivo – morto.

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Olha o Flagra! Jogando Street Fighter no Cariri Shopping, batendo todos os recordes e deixando a molecada horas esperando pra jogar!

28 de dezembro de 2017

Das Loucuras (notou o Natal no naco do nervo e na nuvem)


Das Loucuras 
(notou o Natal no naco do nervo e na nuvem) 

Peixes belos e pequenos
Que entram nas facas;
As espinhas enormes;
A carne macia – bacalhau e salmão.
O enfoque no aquário,
Casaco no armário e estante e livros.

Na loucura parca – como Carpas –,
Coloca-se o fermento – vira tubarão...
Predicados, borbulhas, atitudes – todos vivos;
O mundo é o aquário, o vidro é castração.

Como tarântula, pernoita, perambula
Mirando o norte se acha tudo;
Tendo tudo se deleita com a sorte.

Fugindo da morte vê-se o absurdo;
Mas ela segue na saga, cega,
Suga e ainda se veste de gótica.

As cinzas já estão reconstituídas
Se fortalecendo a cada velinha e velhinha
Nada desiludidas...

Dia de luz, mas sem festa de sol;
Sonha só com o seu azeite espanhol...
Noite de Natal, noite naftalina...
Opa ela errou, que fiasco! 
Dá uma garfada no peito de peru
E diz sem asco:
- É natalina! 

André Anlub
(28/12/17) 

26 de dezembro de 2017

A Epopéia de Denise (caixa de Pandora)


A Epopéia de Denise (caixa de Pandora)

Como se começa uma história?
Algo que pode ter acontecido...
E se a mesma não existe na memória
posto que seja um fictício ocorrido:
Denise caminha em uma praia 
e mesmo que o sol não raia
sua alegria insiste.
Se depara com uma caixa.
um baú velho e pequeno
o abre, deixando escapar um veneno.

A caixa...

Dentro havia um sonho
remeteu-a a outros lugares
voava por entre vales
sentia na face leve brisa gélida.
Despiu-se de todos os seus disfarces,
reviu todos que já se foram
(todos que por ela eram amados e ela por eles)
Viu a morte que passou tão rápida e inexpressiva 
que na verdade poderia se tratar de uma nuvem negra...
(nuvem pequena e inútil)
dessa que não faz chuva,
mas dependendo do ponto de vista,
pode fazer sombra
tirando o reinado do sol.
Ela voou sobre a ilha de Páscoa
e sorriu para seus mistérios;
Atravessou alguns deltas de rios,
do Parnaíba ao Nilo;
Ao anoitecer viu Paris
sentiu seus perfumes;
Por um momento os odores a levaram a campos
como se ela estivesse presa numa redoma de vidro.
Foi testemunha do nascimento de uma pequena aldeia
- África.

Os lugares voltavam no tempo
homens pré-históricos surgiam em grupos,
perseguiam mamutes, comiam com as mãos
e descobriram o fogo, a violência e a pretensão.
Ninguém podia vê-la, sequer ouvi-la
e tantas coisas para dizer, ensinar e aprender.
E assim, de repente, tudo foi simplificado a um só casal de humanos,
voltando em segundos ao atual e normal.

Pode ver tanta coisa e estar em tantos lugares,
mas ao retornar desse sonho tão real,
a realidade maior a esperava...
Ela não pode encontrar quem seria prioritário,
quem responderia suas recentes e antigas perguntas,
quem a acolheria, lhe daria afagos e força,
quem a conhecia como ninguém...
talvez, ela mesma.

André Anlub® A Epopéia de Denise (caixa de Pandora)

Como se começa uma história?
Algo que pode ter acontecido...
E se a mesma não existe na memória
posto que seja um fictício ocorrido:
Denise caminha em uma praia 
e mesmo que o sol não raia
sua alegria insiste.
Se depara com uma caixa.
um baú velho e pequeno
o abre, deixando escapar um veneno.

A caixa...

Dentro havia um sonho
remeteu-a a outros lugares
voava por entre vales
sentia na face leve brisa gélida.
Despiu-se de todos os seus disfarces,
reviu todos que já se foram
(todos que por ela eram amados e ela por eles)
Viu a morte que passou tão rápida e inexpressiva 
que na verdade poderia se tratar de uma nuvem negra...
(nuvem pequena e inútil)
dessa que não faz chuva,
mas dependendo do ponto de vista,
pode fazer sombra
tirando o reinado do sol.
Ela voou sobre a ilha de Páscoa
e sorriu para seus mistérios;
Atravessou alguns deltas de rios,
do Parnaíba ao Nilo;
Ao anoitecer viu Paris
sentiu seus perfumes;
Por um momento os odores a levaram a campos
como se ela estivesse presa numa redoma de vidro.
Foi testemunha do nascimento de uma pequena aldeia
- África.

Os lugares voltavam no tempo
homens pré-históricos surgiam em grupos,
perseguiam mamutes, comiam com as mãos
e descobriram o fogo, a violência e a pretensão.
Ninguém podia vê-la, sequer ouvi-la
e tantas coisas para dizer, ensinar e aprender.
E assim, de repente, tudo foi simplificado a um só casal de humanos,
voltando em segundos ao atual e normal.

Pode ver tanta coisa e estar em tantos lugares,
mas ao retornar desse sonho tão real,
a realidade maior a esperava...
Ela não pode encontrar quem seria prioritário,
quem responderia suas recentes e antigas perguntas,
quem a acolheria, lhe daria afagos e força,
quem a conhecia como ninguém...
talvez, ela mesma.

André Anlub® A Epopéia de Denise (caixa de Pandora)

Como se começa uma história?
Algo que pode ter acontecido...
E se a mesma não existe na memória
posto que seja um fictício ocorrido:
Denise caminha em uma praia 
e mesmo que o sol não raia
sua alegria insiste.
Se depara com uma caixa.
um baú velho e pequeno
o abre, deixando escapar um veneno.

A caixa...

Dentro havia um sonho
remeteu-a a outros lugares
voava por entre vales
sentia na face leve brisa gélida.
Despiu-se de todos os seus disfarces,
reviu todos que já se foram
(todos que por ela eram amados e ela por eles)
Viu a morte que passou tão rápida e inexpressiva 
que na verdade poderia se tratar de uma nuvem negra...
(nuvem pequena e inútil)
dessa que não faz chuva,
mas dependendo do ponto de vista,
pode fazer sombra
tirando o reinado do sol.
Ela voou sobre a ilha de Páscoa
e sorriu para seus mistérios;
Atravessou alguns deltas de rios,
do Parnaíba ao Nilo;
Ao anoitecer viu Paris
sentiu seus perfumes;
Por um momento os odores a levaram a campos
como se ela estivesse presa numa redoma de vidro.
Foi testemunha do nascimento de uma pequena aldeia
- África.

Os lugares voltavam no tempo
homens pré-históricos surgiam em grupos,
perseguiam mamutes, comiam com as mãos
e descobriram o fogo, a violência e a pretensão.
Ninguém podia vê-la, sequer ouvi-la
e tantas coisas para dizer, ensinar e aprender.
E assim, de repente, tudo foi simplificado a um só casal de humanos,
voltando em segundos ao atual e normal.

Pode ver tanta coisa e estar em tantos lugares,
mas ao retornar desse sonho tão real,
a realidade maior a esperava...
Ela não pode encontrar quem seria prioritário,
quem responderia suas recentes e antigas perguntas,
quem a acolheria, lhe daria afagos e força,
quem a conhecia como ninguém...
talvez, ela mesma.

André Anlub® (Jun/2010)

25 de dezembro de 2017

Alguns dos meus Haikais


Alguns dos meus Haikais 

Belo domingo
Pinta a selva e voa 
Feliz pintassilgo


Lápis e folhas
A cachaça de rolha 
Lua de sempre


São poesias
Fazem crescer as flores
Beijam o dia


A alma calma
Todo um corpo amor
É vida feliz


Sim, moro em mim
Costumo fugir de casa
“Poète Maudit”


Arte além do céu
Arco-íris de pura fé
Tintas no papel


Águas nervosas e lindas
Descendo a colina
São delas, tuas, minhas


Na manga um “ás”
Faz mágica com a vida
“Bon vivant” que apraz

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.