5 de setembro de 2017

Das Loucuras (pai bola e Coisa e tal)


Das Loucuras (pai bola e Coisa e tal)

Despertou e arregalou os olhos
Agora até sua digital é um labirinto;
Levantou para fazer um poema simplório
E de café da manhã bebeu seu absinto.

Crime perfeito tem uma alcunha qualquer,
E se desejar suborna o mundo de jeito;
Entre o efeito real, o quebra-pau e o imaginário,
Há o detalhe do malhe do amadurecimento.

Curvas e esquinas beijam entradas,
Abraçam a saída no antes e no agora,
A rapadura, o queijo coalho e a felicidade estão na mesa...
Obesa e sentada – vê-se Coisa e tal –,
Fartada e sorridente está à sorte indefesa...
A janela fechada para tapar sua visão anormal
Da nuvem negra inexistente muito ao longe lá fora.

Hoje a vida trouxe-lhe dias melhores
E novas galochas bem mais alongadas.

A solidão a enxuga e expurga um possível derramamento de águas...
Na parede a foto de um nariz nervoso de encontro à luva de um boxer,
Nariz quebrado, olho inchado, um nocaute e tudo se torna blecaute
No simples esquecimento das lutas corriqueiras quaisquer.

André Anlub
(5/9/17)

3 de setembro de 2017

Flecha estimada


Flecha estimada

A flecha sai sem perigo
Mas atinge certeira o peito
Faz da idolatria o seu jeito
Não há escudo ou abrigo.

Empíreo foi miragem da vida
Largando as inúteis tristezas
Erguendo o amor, realeza
Tem-se ausência da ferida.

Com rugas da concupiscência
Transforma a paixão em excelência
O calor mais ameno agora.

Consorte na alma e espírito
Sussurro que se trocou pelo grito
Velando o amor que aflora.

Não vim ao mundo para durar; quem dura é pilha de marca e conselho de avó; vim ao mundo para fazer o que gosto, ser feliz e ter qualidade de vida à minha maneira. Vivo sem me preocupar com o tempo de estadia.

O sábio e o tolo

O mais sábio homem também erra. Erra ao tentar ensinar quem nunca quis aprender. Os tolos morrem cedo, senão por fora morrem por dentro. Ou ambos.
O mais sábio homem também ama. E nesse amar, mergulha... E se entrega, confia e muitas vezes erra. Os tolos desconfiam, nunca arriscam, nunca amam, por isso acabam não vivendo... Morrem por dentro e por fora, acabam errando sem jamais terem sido sábios. Ser quase sábio. Dos três métodos para ter sabedoria, como Confúcio dizia: o primeiro é por reflexão – é o mais nobre... Esse para mim não existia. O segundo é por imitação – é bem mais fácil, mas digo não! O terceiro é o meu jeito, é também o meu fardo; é por experiência, e com certeza o mais amargo. Sabedoria não nasce em árvore. E eu com meus poemas, papéis, papiros e rabiscos, bloquinhos, lápis, problemas... Tudo isso esquecido na imaginação de uma cena: um fogão a lenha queimava, era uma bela manhã, o café já pronto na mesa, o trem passava apressado, cheiro de chá de hortelã. Um dia começa bem cedo, a pressa de uma nova jornada. A cada renovar de uma vida portas se abrem, saídas... Espantam a depressão, curam recentes feridas; libertam almas caídas e estendem a palma da mão. Nela existe a resposta, o amor de um coração é o sim e o não da questão.

André Anlub

31 de agosto de 2017

Das Loucuras (pau que bate em Chico)


Das Loucuras (pau que bate em Chico)

Lá vem Chico de saco cheio para dar sua cara a tapa...
Pois ele cultiva o mau hábito de frequentar os maus lugares:
Prostíbulos, puteiros de beira de estrada, praias de nudismo...
E até – não é mentira – banheiros públicos de rodoviária.

Tempo farto para tomar bastante água e não ficar desidratado;
A vida culta oculta é melhor que a areia que até o pescoço o sepulta. 

Como rei foi caçoado e coroado antes que fique coroa;
Como esse, como aquele, come-se cru ou mal passado.
E enquanto ficamos nesse prisional papo furado à toa...
Águas não são poupadas, são poluídas num lugar nada isolado.

Marmita, pão com ovo, a multidão com voz é o puro povo;
Um desapego com a inutilidade; um alinhamento de caráter é o jogo.
Lua crescente no céu, cimentada, junto ao sol que dorme acordado;
A poesia voando energizada por sobre o mar de letras ancoradas.

Todos se pregam e apegam ao bem-comum:
Olho por alho, dente por Dante,
O sumo poeta agora diz que é todos por todos.
Almas perfeitas, simplórias, amadas e armadas como nunca antes...
Multiplicam-se os bons quebrando a casca dos tolos.

André Anlub
(31/8/17)

30 de agosto de 2017

Coletânea IMORTAIS

"Prezados Escritores Imortais,
É com grande orgulho que anunciamos o primeiro lançamento da Coletânea IMORTAIS, que acontecerá no Rio de Janeiro no dia de amanhã (31/08).
Agradecemos a compreensão e paciência de todos vocês no desenvolvimento desta obra. Todo nosso esforço valeu muito a pena, mais de 140 escritores numa obra de mais de 500 páginas, reunindo grandes escritores de todo nosso Brasil!
Em anexo, o convite referente ao lançamento do Rio de Janeiro para que possam divulgar em suas redes sociais.
Saudações literárias,
Equipe Alternativa"



Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.