3 de janeiro de 2017

Ótima noite trupe poética!


#NiUnaMenos

Dueto LXXXIV


Para mim não foi um ano velho e não há o novo – não começa pelo fato de não terminar; minha vida é um dia de cada vez, e cada dia uma nova jornada, novas ideias, perdas, vitórias, escritas, leituras... tudo dentro das lacunas entre as rotinas.

Dueto LXXXIV
(André Anlub e Rogério Camargo)

O bicho mau, que come as folhas do jardim, olha pra mim e diz: hoje o banquete está farto, vou terminar e parto.
O bicho mau por vezes demonstra educação e gentileza. Mas quando bota a mesa ele age com rigidez; quer encher a pança pois pode não haver "outra vez".
Voracidade, determinação. Tudo para ontem, sem com-paixão.
O bicho lá de baixo vê o mundo bichado dos "lá de cima"; então sorri, entra no clima e segue a trilha antes da tempestade.
Tempestuoso, intempestivo. Temperamental: bicho mau. Mas do seu ponto de vista é apenas passar em revista as oportunidades.
E assim segue até o próximo quintal, bicho mau é "o bicho", é do bem, não do mal; gosta de luxo, não come lixo nem perde tempo com homem mau.

Ótima terça rapaziada!


Três presentes de aniversário – adiantados (5/1) – maravilhosos; dois livros do fera Galeano e a notícia dada por Mary (gerente de vendas da Nobel do Crato/CE) que no Natal desse ano bateram recordes de vendas! 

“O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.” - Eduardo Galeano

2 de janeiro de 2017

Folhas Amassadas


Para 2017 não tenho previsão, mas sim provisão. Muitos livros para ler e degustar! 

Folhas Amassadas

Toquei sua face, enxuguei o pranto,
Limpei seus lábios que mordeu e sangrou.
Desfiz suas longas tranças – aquelas para nos salvar,
Descer do nosso fantasioso castelo em chamas,
Nesse farto fogo que você ateou.
Tudo muito claro, pintura e poesia em jogo,
Mais uma vez do jeito que almejou.
As rimas muito falhas, telas e folhas amassadas,
Parecem toalhas sujas que por fim deixou.
O vento bate à porta, a torta de amora ficou pronta,
A chave cai ao chão e o nosso fogo se apagou.
Demonstro minha fraqueza, alguém logo me aponta,
Procuro em todo canto aquilo que você já achou.
Seus dedos bulem minha ruborizada face de coitado mor,
Esnoba-me bem baixinho – rasteiro – ao pé do ouvido,
Trata-me como infeliz, como um qualquer, vil indivíduo...
Duvido que na sua vida não sou de ruim a pior.
Enfim... os poemas saem sujos, magníficos detalhes,
Bandeiras perfuradas pelas flechas dos cupidos;
Carrancas dos navios, nada vazios, belos entalhes;
Os guerreiros Nórdicos nunca nos darão ouvidos.

E nessas folhas, não tenho vergonha de dizer:
Muito antes de ser mania, moda, e para muitos, bonito...
A nossa turma de rua fazia suas sobrancelhas!
Eu, por exemplo, tenho cinco pontos na da esquerda e seis na da direita.

André Anlub

Ótima semana a todos

Domingo de lábia ou grito,
na cruz ou no bingo?
Que nada, que sina, 
esse é sol, praia ou piscina.
---- x ----
As gaiolas se abriram, voam os pássaros rumo à vida.
Falham as bombas e pombas de branco se pintam.
O mundo esquece seu eixo, gira em toda direção...

Pira sem nenhum desleixo, sem a menor ambição.
---- x ----
Meu amor bateu de frente
com seu cheiro de alfazema
com seu humor de hiena
e interpretação eloquente.
---- x ----
É no amor, e não há impossível
no verossímil da batalha à vitória.
Fez de fulgentes momentos, o invisível
e na equação da paixão, a auréola simplória.
---- x ----
Sobre o amor?
- Sim, eu conheço, sei bem dessa fábula
sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos.
Falam de alguns vícios, falam de absurdos
não provaram na língua o que dizem amargas.
---- x ----
Vê-se a razão que não mingua
fala-se em matrimônios – mistérios
infindos sem afins nem começos
assim dá-se o nome de vida.
---- x ----
O corpo foi na onda e saiu do dilúvio,
Forte e firme em direção ao sossego;
O abraço (prévia do beijo)
fez-se ao relento
E o medo (descalço e bêbado)
caminha viúvo.
---- x ----
Sim, é poesia!
Faz crescer as flores,
nasce das flores crescidas.
---- x ----
São cordeiras com seus contornos que deslumbram,
Preparando os retratos dos fetiches do sonhador.
E posam quase nuas,
Apenas a peça de seda pura de paixão.
---- x ----
Quero ouvir a verve gritando
Ao mundo, ao pouco,
Como louca rara.
Preciso da sua leitura
De corpo nu em noite tão escura

Que nem estrelas deram as caras.

André Anlub

1 de janeiro de 2017

Folhas secas

Tenho mente clara e aberta,
alma e aura brancas e corretas,
ninguém me desbanca.
Não importa a cor da minha casca,
sempre serei camaleão – camaleoa;
não me avalie, gosto de pessoas raras
que não existem à toa.

Folhas secas (5/11/14)

Foram-se as folhas secas no curso do rio,
Vão mil destinos entortando nas pedras.
Como belas pernas no fluxo de um cio,
Cobiçam alento e afeto defronte à guerra;

Correm sozinhas, andam famintas, ficam distintas em terrenos baldios;  
Deixam sementes de adolescentes linhas; deixam famintas vidas...

Brisa menina caçoa das varas que envergam;
Vem do centro da terra o fulgor do suor que resseca.
Um encanto sapeca resiste em sobreviver;
O viver que persiste é a poesia mais fértil... e imerge...
Destaca-se no alvorecer.

Outra menina linda, outra menina sua e minha...
Garota garoa tornando-se chuva forte e bem-vinda;
Como perceptível delicadeza no céu uma folha de orquídea,
Flerte com a alma: no sonho – no assanho – no seio – no ser.

As águas levam as folhas e induzem às vidas...
Cantigas longas e antigas do clico do tal renascer;
Palavras dançantes, bocas falantes, musas nuas divinas.
Novas e velhas doutrinas dobram as esquinas de todo querer.

Correm sozinhas, andam famintas, ficam distintas em terrenos baldios;
Deixam sementes de adolescentes linhas; deixam famintas vidas...

André Anlub®

31 de dezembro de 2016

É festa! Feliz 2017


Feliz 2017


Confira aqui: Jornalistas Livres

Ode às que foram

O verde vivente evidente,
fez nuance nos raios dourados do sol,
que surgiam e sumiam
ao bailar de folhas, no cair de sementes,
das veementes jabuticabeiras.


Ode às que foram (21/8/14)

O enganado:
Sou um enganado pelos sentimentos,
Principalmente pelo amor imposto;
Peregrino entre dores e tormentos,
Mas sempre em todo o momento,
Com muito gosto.

Iludo-me, insisto e repito os mesmos erros;
É como uma desafinada melodia, cacofonia,
Falsete verdadeiro que sai altivo e em vão,
Para todos os ouvidos em sintonia,
Toda a plateia em agonia,
Ecoando para além do salão.

No passado:
Os amores (errados) passados
De quase nada serviram, nada aprendi;
Com meu coração em cacos sempre estive de bem.
Conheci a vil ambição, conheci o pérfido amor (me perdi),
Mas também me comprometi com o verdadeiro,
Fiz inteiros os relacionamentos esculpidos na essência,
Salvos nas memórias, eternizados no que sobrevém.

No futuro:
O baldio fez a carne ser mais forte,
Fez o porte do cavalo raçudo;
Duas estrelas que brilham forte no agora
E se apagam (ou não) num futuro.

André Anlub

Um ótimo dia a todos!

https://www.facebook.com/christiancabrini/videos/vb.100001990909536/1235294963213522/?type=3


30 de dezembro de 2016

Buraco da agulha


Olha eu ali de vermelho, e pensando que "Aloha" era a marca "hang loose". 

Buraco da agulha (25/1/14)

Passou pelo pequeno buraco da agulha
como um raro e sensato camelo franzino. 
Deixou ao relento seu ego sozinho
e jogou num bom vento os versos nas ruas.

É no amor, e não há impossível
no verossímil da batalha à vitória.
Fez de fulgentes momentos, o invisível
e na equação da paixão, a auréola simplória.

Sim, eu conheço, sei bem dessas fábulas
sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos.
Falam de alguns vícios, falam de absurdos
não provaram na língua o que dizem amargas.

Qual o passo difuso em logradouros de deuses?
O que fez um sol confuso no louro da Nêmesis?

E agora um velho e sábio seguia adiante
e passou novamente pelo buraco da agulha.
Ficou na agrura, pois não era um camelo
ao se olhar no espelho viu somente um gigante.

André Anlub®

29 de dezembro de 2016

Sempre guri


Sempre guri

Dentro do meu coração tu habitas
Em uma bela chama ofuscante
E que se justifica na certeza
Do real amor que em vida vivo.
Sinto-me realeza...
Mas pobre rei sem ouros.
De excessiva alegria
Por ver-te sempre, 
Oh, bela sombra.
No dia em que franzires a pele
E com o falar e o viver arrastados
Os olhos cansados e mãos trêmulas...
Não temas...
Ainda assim seremos enamorados
Estarei aqui; estarei ali, estarei em tudo...
Pois nosso amor será sempre guri.

André Anlub®

Excelente quinta


O mestre em yoga
Com a força de vontade
Ensinou-me o yin-yang.
Sei que tudo vai e volta
Na vida, na mentira e na verdade
Como um bumerangue.
Viver não é uma “suruba” em Aruba
Tampouco um “ménage” em laje.
O mestre Yoda
Sem pretensão
Ensinou-me a força
Por livre e espontânea vontade.

André Anlub®
(20/8/13)

28 de dezembro de 2016

Dueto XXIII

Dueto XXIII

Às vezes parece que o dia vai nublar, e isso vai prolongar-se até sua presença
Apresentar-se, apresentando o que não vi quando não me via
Restaurando a inocência e dando licença para ele ser como está.
Saio das nuvens que eu mesmo fabrico e procuro nos bolsos a luz que guardara,
Os pés flutuam, ouço sua fala e minha visão já tardia tenta alcançá-la:
Está logo ali e está do outro lado do mundo, o mundo que creio e descreio com a facilidade dos astronautas boiando no azul
Belo em mim em qualquer infinito, a vigília que tenho por saber ser e procurar
Entre os presentes da sua presença o que não tenho e tenho sempre, o que não ganho e sempre me é dado.
Contigo só tenho que me preocupar em estar intacto, sendo voo bem alto ou sendo mergulho profundo no mar.
O resto, e todo o resto, arrasto comigo e conosco para a festa do sol pleno mesmo em dia nublado.

André Anlub e Rogério Camargo

Caixa preta


As minhas mais longas retóricas
São os amores que carrego na alma
Afunilam na mão e na boca 
E despontam pelos meus dedos trêmulos
E minha língua inquieta.

Caixa preta (9/9/13)

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
tento adivinhar o manifesto do seu pensamento
como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
e da vivência o aguçado faro
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira da caixa,
às vezes passo um verniz,
mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
orgias de picuinhas, não mais.

Enfim você chegou,
está ardendo àquela prometida fogueira,
com panos - papéis inúteis,
quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

André Anlub®

Um grande amigo de botequim

Algumas Histórias XII (2012)
Um grande amigo de botequim (Minas Gerais)

Dez da noite bate o ponto
Uma coxinha, cerveja e a cachaça...
Álcool resolve, em outra dimensão, a sua peleja
Coça a carteira e só moedas, migalhas.

Mas ao olhar para a saída do bar avista uma sorrateira nota de cem.

Duas garrafas de pau pereira
Porção de batatas fritas
A conta paga
Mata meia garrafa
Incha e cora
Chora.

Resolve espernear
Resolve falar sozinho
Conversa com estranhos
Só ele pode vê-los, mas sempre respondem
Ele diz que são homens de branco
Geralmente mascarados
Ele diz que quando os vê nasce uma sensação sufocante
Mesclada com amargura.

Tem ânsia de vomito
Vai ao banheiro e transborda 
Volta suado e sedento
Pede um sal de frutas
Coloca sal nas fritas
Oferece-me um copo.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.