9 de outubro de 2016

Ouro de tolo (Parte II - 26/1/15)



Ouro de tolo (Parte II - 26/1/15)

Ouro valioso, rico enriquecido, diamante da noite/dia endiabrado,
Constrói-se um abrigo inimigo de brilhantes errantes e fúteis.
Mundo sórdido de fel, cruel, vil;
Colherada de antídotos e janelas fechadas ao sol mais belo.
Íris, anel, elo, perdão e ar; 
Enxerga a riqueza no breu dos olhos cerrados. 

É amplo o mistério, é mísero o conteúdo da cachola;
Faz-se um mundo imaginário de ostentações e glórias.
Na paz, na tez: espelhos do medo de tudo que se é.

É fechado e discreto o inverno: nuvens negras e tempestades 
(dentro de si próprio);
É trancado e resignado o verão: sol quente queimando a alma
(desesperando o ódio).

Tem que se deixar ir, deixar o corpo livre ao vento;
O gole de absinto do amor – fluir, e finalmente ruir falsos intentos.
Ouro valioso é a vida: goles de eternidade na água rara bendita;
Abrigo é coração alheio: calor da paixão, dois/todos mundos divididos/inteiros.

(Até mesmo os artistas porcalhões, não deixam jamais sua arte de lado, preferem lugares com clima úmido para esculpirem melhor suas melecas).

André Anlub

Será que sou ave em seu sonho?

Nas horas vagas os vagalumes iluminam o caminho,
Vagam de fininho em direção ao descanso.
Eu, manso, me misturo ao bando; 
Acendo uma ideia na cabeça
E antes que eu esqueça, voo de marcha à ré.

Será que sou ave em seu sonho? 
- Até coloquem palavras em minha boca... mas que nasçam poesias.

Tempo malvado, malvisto e infausto.
Muitas águas tumultuosas – marés nervosas – ventos de inverno e inferno astral: 
sei de pessoas idosas com extrema dificuldade em andar/nadar.
Vejo algoritmos de vaivéns escritos sem nitidez em pergaminhos;
peço ajuda a estranhos e fico aborrecido por desconstruírem meu ninho.

Desenterrei meu tesouro e veio-me você – assim – num estouro –,
deixando o que pode no poço e empossando-se agradavelmente do espaço.
Hoje sou o mesmo Eu, mas mais suave; sou velho, menino e sou ave.

Voei – vou e fui bem longe: larguei a máscara de mau moço,
pois é mau demais para onde vou – é mau demais para tudo isso (que está por vir).
Jocoso – o sorriso largo do lagarto ao ver nascerem suas pernas na saída do lago.
Viçoso – saber que foi sonho ao ver do lagarto um lacaio atropelado na estrada.

O tempo é intenso, anda com pressa e sente medo e se sente vivo; 
faz ideia que loucura é isso?
Ganhei a confiança da mudança, estou voando e procurando nossa janta:
Salmão, garoupa, lagosta?
Tudo tem sua hora e tem o espaço a ser ocupado e tem regaço e tem aurora.

E no sonho temos o céu, não somos cegos e citamos metáforas:
Ajeitei a cozinha, voltei da vinícola, me espere pescar...
você fisgou seu peixe, é de praxe, mas odeia comê-lo cru e sozinha;
bom apetite – vou cozer para nós.

André Anlub
(29/3/15)

8 de outubro de 2016

Dia do Nordestino


"Dica: em comemoração do #DiadoNordestino, o Museu da Imigração preparou uma programação especial gratuita para os dias 7, 8 e 9 de outubro que inclui teatro de bonecos, atividades educativas e apresentação musical de forró."

Saiba Mais: Aqui!


Fonte: Artes Depressão (Facebook)

6 de outubro de 2016

Houve um tempo


Houve um tempo

Um homem saiu para procuras utópicas
Longe de pessoaestigmatizadas 
Com tatuagens inters nas do interesse e da cobiça;
Focou os fulanos que não apontam dedos,
Vivem livres de julgamentos,
(amores, famílias, conhecidos – pérfidos);
Vivem presos a coisas próprias,
(autoconhecimento).

Houve um tempo que a vida era quente,
Saborosa, bem passada, ou ao ponto, ou al dente.

A vida abraçava o fulano, ofertando beijos,
E nesses beijos o vendava;
Ao invés do breu ele assistia a um filme,
Sentia o vento, saboreava vinho,
Vida com ritmo, alegria entorpecente.

Fulano se conhecia muito bem... 
Defeitos – qualidades
Força – fraqueza.
Foi um homem como muitos outros,
Apenas não desistiu, não entregou o jogo.
Cresceu, mas continuou criança,
Seguiu na andança além dos delinquentes.

Gostava dos paradoxos da vida, 
Das antíteses do ser, do estar, do viver;
Gladiava-se com algumas sombrias sombras
Festejava com algumas brancas brumas.

Houve um tempo e esse tempo se foi.
Há o hoje com pintura, com moldura, 
Com belo verniz e cores vivas.
Tela pendurada na muralha,
Com solidez...
Pois no presente há a arte armada até os dentes.

André Anlub
(20/1/15)

5 de outubro de 2016

E vamos nessa...


E o menino ergueu o braço de punho cerrado, franziu o cenho e bradou: vejo afinação nas palavras, dentro de um egocentrismo evidente e de uma postura elitista na defesa do status quo e de seus privilégios adquiridos ou herdados; junto a isso soma-se um zero de empatia com o descaso explícito pela desigualdade social e o maniqueísmo de má-fé típico de um falso e vil bom moço – bom fosso (quiçá se adéque ao caso).

¡Por supuesto!

Por debaixo da seda você me seda; brinca de ser a pura, e eu, em apuros, me cedo. Pego a caneta, ergo o pincel, com a face para o céu faço careta. Não sou tímido, tampouco mal-agradecido, pois tenho noção dos ocorridos. Herdo uma paixão de pretensão – tudo tenho e tenho sede demais –, e isso é (muito) bom! Me sinto aprovado e fundo mergulho, digo ser eficaz. Com enorme orgulho sou muito bem quisto, no misto da arte com a paz. Sei que a mentira tem pernas curtas, ou médias, ou longas, é maratonista ou lerda, mas um dia se enfastia e acaba sendo alcançada. Sei também que às vezes surge um dia sem cor, para fazer sorrir os que tem o deleite de colorir os momentos. Solidão: só lido com a saudade, só lhe dou atenção... aqui estou eu, sonhando, com os olhos embaçados e embasados nos dela. Vogo, envergo, vejo, vivo em excelência quando você estaciona seu pensar vago na vagabunda vaga da minha essência. É de um extremo interessante: o bobo palhaço e o ranzinza bobo palhaço. Vi cavalos apertando o passo em direção ao ocaso a cada caso de o Sol dar “boa noite”. Pelos meus olhos pude ver além do tempo. Com areia da praia construí castelos mágicos, com portas de palitos de sorvete e com a ideia de que seriam eternos. Pelo menos até a próxima ida à praia. Engenheiro e artesão de tudo que vai esvair-se em poucos minutos. Assim seguiu o vento retirando os grãos; assim seguiu-se a água com a maré cheia e destruindo toda uma obra; assim veio os meninos mais velhos fazendo um campo de futebol e destruindo os castelos. Vi marcas de novidade em todos os castelos destruídos. Vi um futuro promissor e mais concreto, mais seguro e respeitado. Sinto muito quando um passado passa e me deixa uma razão para ser mais forte, porém com raiva – perda e olhares cerrados. A crueldade da criança sem seu doce e a doçura da criança sem ser ao menos mais criança. Nas mãos dos anjos os dados, quase sempre viciados. Nas mãos dos demônios os tabuleiros, quase sempre inalterados. Demônios estendem uma enorme mesa às cartas; Anjos estudam as cartas e as marcam com a mente; demônios roubam por serem demônios e errados; anjos acertam e fazem o bem por terem sempre seus motivos. Sem sombra segue o mal voando ao lado de todos. Anjos criam suas sombras com as mãos... Aves, elefantes, coelhos e tudo que a sombra pode trazer. O ideal é a gente se frustrar só para fugir da rotina! O amor navega à deriva sem remos, velas, sinais de fumaça, por sobre a aquarela da conturbada e valiosa maré da vida.

4 de outubro de 2016

Dueto CXLV


#OutubroRosa

Dueto CXLV 

O mal entendido entende mal o entendido e pouco se entende.
O ponto de vista entra na briga e qualifica quaisquer versões.
O ponto de vista tem convênio com a vista do ponto. Quase uma sociedade. Quase um conluio.
São comodistas, pois pertencem a quase todos os lados ao mesmo tempo... Só há uma rejeição com o em cima do muro.
Atender a tudo é atender a ninguém. O mal entendido quer atender a tudo.
Com essa incumbência terá que atender a porta para o inoportuno; fará com o segundo lugar o pacto para um possível primeiro.
O pacto, compacto, gera impacto. Vem com ele a “luz” da discussão. O entendido diz que já sabia, enquanto o mal en-tendido procura nas entrelinhas a solução.
As entrelinhas de linhas grossas, de cabos de aço fazendo-se de linhas, deixam transitar um trem por ali.
Trem de aço – trem de “poréns”, de sim – não – talvez –, rumo ao espaço onde cabe o universo e um pouco além.
Trem de carga – a carga são os passageiros, passageiros como as certezas de quem não entendeu ainda.
O mal entendido se diverte com a divergência do humano e o desumano; morre de rir e zomba com o engano entre o divino e o mundano.
O mal entendido, bem entendido, é tudo que não deve-ria acontecer para não acontecer o que não pode acontecer.
E há no vão das afirmações um segundo mal entendido estendido entre elas – separando-as, provocando-as –, colocando lenha na fogueira e na fornalha dos trens que nunca chegam.

André Anlub e Rogério Camargo

Foto: Capa do Livro de Duetos de André Anlub e Rogério Camargo lançado em março de 2015

Dueto CXLVI 

A diferença os uniu de tal forma que fundiram, se mis-turaram e se solidificaram, criando assim um terceiro extremo.
Nada foi tão igual como quando foi diferente. E nada foi tão um como quando foi mais de um.
Nas três partes coube a uma a fantasia, à outra o arranjo e à terceira a pitada de rebeldia.
Três estrelas num céu nublado. Três ponteiros no reló-gio da vida – e nenhum deles é o dos segundos.
A diferença os uniu e a indiferença os cimentou. Como uma linha de lã beijando a tecelã que abraça o frio.
Como a persiana que conversa com o sol depois que a vidraça já conversou. Como o pensamento que vem depois do pensamento que veio antes.
Norteados pela aceitação, criam, recriam e abusam do poder de criar; transformam seu norte em sul, leste e oeste... São como três sóis em um céu de um só sol.
A diferença mostra-se indiferente. A indiferença tam-bém se mostra indiferente. E eles, entre si, não fazem distinção entre o que não é e o que também não é.
E eles em elos, em alas de eles e elas, enlaçam-se en-louquecidamente mostrando aos olhos curiosos e os nem tanto o quanto os tão diferentes podem ser tão iguais.
Laço que esquece a falácia, que não busca palácios – já mora em todos –, que junta pedaços e eles não partidos foram.
O céu cede o espaço infinito aos sóis, ao tempo, as luas e estrelas, os pontos cardeais, a rosa e o vento, à rosa dos ventos e todos que queiram vir à festa, pois sob o céu que observa não há ninguém mal vestido.
E se há alguma razão para sofrer a diferença, ela é a mesma razão para festejar a diferença. Não há nada mais igual sob a face do céu; não há nada mais sobre a face de tudo que a face do céu.

André Anlub e Rogério Camargo

3 de outubro de 2016

Ótima noite

Últimos dias de inscrição! 
Edição de luxo.
Clique aqui: Editora Becalete

Dueto CXLVII


Dueto CXLVII

Flagro-me com os pés descalços na grama e os pensa-mentos dispersos, aéreos.
Uma viagem por mim mesmo levaria aonde? Não sei. Mas seria interessante.
Rasgo-me com a fé que andava distante e agora me a-companha como cachoeira de dia, feito aguardente na noite.
Descolo os olhos da retina retida, desamarro as mãos das amarras amadas, limpo os pés no rés do chão de nuvens e, em frente, enfrento.
Ao olhar a fronte do fronte de frente infrinjo suas leis e transformo-me em fera. O fronte me olha alheio, indigente – indiferente –, vira as costas e volta à guerra.
Cotidianamente, o dia-a-dia. Rotineiramente, a rotina. Ninguém para te dizer “agora!” O tempo todo todo mundo te dizendo “agora!”
Vejo-me inerte no espelho d’água do rio que corre... Não o desço; o que se vai são as cicatrizes da vida, páginas viradas, portas fechadas e algumas lágrimas.
“Chorar faz bem para os olhos”. Comer formiga tam-bém. Coceira na palma da mão é dinheiro. Pisar em cocô na rua dá sorte. O Jogo do Contente está sempre à disposição...
Não sei aonde a viagem por mim mesmo me levou, mas já estou pensando em retornar. A água já ferveu para o café e não o chá; o Zé já me chama para cavalgar, mas vou a pé.
A pé com os pés descalços. A areia quente quer assunto com meus dedos. Meus dedos fingem interessar-se pelo assunto da areia quente.
A grama marcada pelo peso do meu corpo me olha en-ciumada e clama meu retorno.
É para lá que eu vou. Mas tenho muita areia pela frente – e sob os pés – ainda.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.