22 de setembro de 2016

O reinado em Pasárgada


A solução do problema pode estar ao se escolher entre pegar uma das infinitas estrelas no céu, ou pegar uma das muitas estrelas do mar.

O reinado em Pasárgada

Tens todo o direito de errar
fracassar, andar para trás.
Tens todo direito de não achar
calar, não ter opinião.
E se o acaso te fizer parar de escrever
não irás dever nem um vintém...
nada, a ninguém.

Mas com o teu dom tens um pacto
a necessidade de expor sentimentos
vomitar teus momentos
teus tons, tuas lágrimas e sinas
sair da rotina de um ser intacto.

Nunca temas as vozes
algozes – atrozes
travestidos de pouco caso.

Não és o Rei deposto
ainda tens um reinado
e coroado de alento
tens a Rainha de gosto.

Tens o direito de realçar o planeta
desenhar o sorriso no papel
tirar da prancheta
e colar num rosto.

André Anlub®

21 de setembro de 2016

Árvores...


Debaixo da minha árvore

Ao pé da grande jaqueira, ao pé da letra,
Ideias alegres – pernetas –, tal qual saci Pererê.
Sou contador de histórias – voo nos meus mistérios...
Atento que o tempo é o verdadeiro remédio.

Será que não vai chover? 
Quem regará a grande jaqueira?

Nada de tempo fechado, nada de nuvens escuras;
O conto que eu conto, que conta aventuras...
Não há chuvas no meu entender.

Abrirei um parágrafo que caiba uma pequena tempestade,
Para alegrar minha árvore e satisfazer todo o verde,
Incluindo o meu flerte que se faz de enfeite ao transparecer.

E caem as águas da chuva, 
agitando as folhas que parecem dizer “sim”; 
molham meu corpo e meus aforismos; 
molham as escritas: poesias e prosas... 
regam as rosas do jardim do viver.

Árvore de Josué

Isolado no deserto, na sombra da grande árvore de Josué
Escrevo alguns singelos rabiscos líricos
Com o pensamento em nossa casa, lá, distante
Em nossos cães correndo, deselegantes...
Vindo de encontro a você.

Por um instante a alma estacionada aqui se eleva
- Não há treva nem angústia
Sinto meu corpo acompanhando
Por dentro de memórias e histórias sublimes.

Sentindo o belo em todos e em tudo
Caminhando na chuva por cima de um arco-íris sem cor
Surdo para qualquer som absurdo
Um banho de chuva e de glória.

Estou no alto e vejo-me pequenino sentado
Estendo as mãos e solto um dilúvio de letras 
Estas se unem formando versos
Eles se casam como uma bola de neve
Banham meu corpo deixando-me ainda mais extasiado.

São dois de mim que se completam
Ilustrei para expor como me sinto
Um porre de absinto de inspiração
Banho de chuva, seiva suave, 
- que salva a todos – no tudo, 
no corpo, no verão.

André Anlub®

Ótima quarta aos amigos

Hoje é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

Venha participar das atividades do CCBB Educativo. A programação começa com mesa-redonda, mas tem muito mais - Veja aqui > CCBB

20 de setembro de 2016

O tempo certo da loucura


O Tempo Certo da Loucura

Nem tudo está acabado; força aos oprimidos, aos acomodados que só reclamam, aos que nem tem ideia que são oprimidos, aos que com comprimidos vão seguindo a vida e aos que vão à luta para reverter o quadro. Nessa noite tive um sonho, aquele sonho em discurso, em discussão, em dicotomia da subjetividade no espelho. Estava fora de controle, imputado no inconsciente formando oásis no deserto ou incêndios em florestas – pouco importa –, é sempre um desespero. São arestas pontiagudas ou agulhas tortas e com ferrugem... mas há de se encarar. Ao mesmo tempo, na agrura dos tempos, vi o esboço de uma obra prima, estava lá: mulher nua na escultura de Michelangelo; belos contornos, espaços, belas lacunas... estava cá e lá, e sempre esteve. Sou criterioso, ansioso, osso; sou salada em mesas dietéticas, sou massa salgada no prato fundo da dialética de alguém com a pressão alta. Dos fascínios da sorte, entrando na farta imensidão, preparo o ego absoluto: maior que o mundo e menor que a palma da mão. Sou fã de almas impuras, criativas, inquietas, que colecionam paixões às escuras. A religião – a meu ver – não pode ser descartável, quero deuses para escolher de Pai; sou órfão já na barriga magra, causando rinha, riso, raiva, “rua” em quem por mim se atrai. 

André Anlub

19 de setembro de 2016

Gatilhos errantes (16/6/14)


A espada é erguida
Em alguns pontos do planeta.
Logo em seguida
Derrama-se a tinta
Da lança chamada caneta.

Gatilhos errantes (16/6/14)

Já vai à guerra fazer o que é preciso,
Com esse brioso dom, com esse sétimo sentido,
Breve e incrivelmente leve em tal comunhão;
À sua mente: o grito grato expondo a dor
E o corpo frio que levantam do chão.

A lua untuosa ilumina o caminho,
Pés calçados na chinela velha de um guerreiro nato,
Na mão empunha a espada ao alto 
E a outra que quase esmaga
Um garrafão de vinho barato.

Hilário no seu imaginário
Com muito peixe – com muito lago
Sem vil aquário...

É pescador e nômade,
É gigante navegador,
Senhor de diamantes
Das ricas pedras sem esse valor.

Emblemática a fábula dos seres pensantes,
(no oitavo sentido)...
Bichos do mato abraçados ao calor do amor;
Flutuam como pássaros em palácios de sonhos 
(passam batido)
Esquivam-se dos ínvidos gatilhos errantes.

Dia do Teatro

A vida é um teatro e faz-se tudo para valer a pena; vivo na coxia, mas de quando em quando entro em cena. 


18 de setembro de 2016

Ponderações VII

Todos temos no corpo, mente e no espírito,
um pouco de Anne Frank,
basta colocá-la para fora... arrisque, escreva!
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Vejo inúmeras aves,
Passam os dias rondando a região,
Mesmo havendo comida suficiente.
Pois pássaros que vem e que passam,
Também são pássaros que ficam.
 ---- x -----
Tenho quase uma "obrigação"
de acreditar em uma força superior...
Pois, pelo contrário
em quem eu colocaria o mérito
de toda a sorte que tive e tenho
na minha vida?
---- x ----
Tenho um caso extraconjugal
com o Outono.
Mas não contem pro verão
ele esquenta à toa
e é deveras ciumento.
---- x ----
Tenho seus poemas tatuados para meu longo conforto,
Ás vezes os leio a esmo, desmanchando possível mácula.
Dentro de uma garrafa de fino gargalo torto,
Com as letras distorcidas que renasceram de um cálido aborto,
Leio um romance barato que se tornou simpática fábula.
---- x ----
Mora em frente ao lago
Cercado de montanhas
Cheio de pássaros
Com árvores frutíferas
Mas...
Devido à cegueira interior
Persiste no erro crasso
Só nota os morcegos à noite.
---- x ----
Entro no seu “eu” mais íntimo
Descubro sua carícia preferida
Suas orações proferidas
Seus gestos, seus sexos
Seu ritmo.
---- x ----
Encontra-se num orbe longínquo
meu ego prófugo e inútil
degredado pela poesia
encalçado pela humildade
pois sendo maior de idade
bateu em retirada
ferido e cansado da vida.
---- x ----
Engatinho na escrita e na arte
feito criança sapeca, levada;
Vou de encontro ao bolo ou a bola,
entro de sola,
mergulho no sonho,
totalmente cego e sem ego,
sem pretensão de ser nada.
---- x ----
Era um sujeito de tão extrema incoerência
que mesmo quando bateu as botas
ressuscitou para se dizer ateu.
---- x ----
Escrever é expressão, é dar pressão e se exceder;
É no viver, levar o mesmo com mais emoção.
Aos que temem a caneta
que fiquem imbuídos de lançar a flecha
e terão a certeza de acertar, pelo menos, um coração.
---- x ----
Estou convencido
Não há nada melhor que amar
Nem mesmo ser amado! 
---- x ----
Estou exausto
Feito cão em fim de passeio,
Com a língua pra fora
E o coração festeiro.
Eu em plena liberdade,
Tenho um letreiro na testa,
Escrito que o sexo é festa
E o amor finalidade.
---- x ----
Estouram paixões sempre aludidas,
cantam canções, danças nas chuvas.
No certo e no cerco um céu de saídas,
arte que inspira expurgando áureas turvas.
---- x ----
Esvazie-me – preencha-me
conheça o verso e o avesso,
rima após rima,
sabe que deixo!
E depois,
ao acordar sozinha,
vá viver se estou na esquina.
---- x ----
Eu já sei,
E meu grito ecoa.
Ah, na boa,
Parei com os versos – mentira.
Por ironia, versei.
---- x ----
Eu poderia amar-te mais do que tudo no mundo...
mas isso seria uma enorme redundância.

André Anlub

Ponderações VI

De uma forma deveras palpável
a grafia renasce no arcabouço
vindo de uma sensação mutável
tornando-se finalizada ante o esboço.
---- x ----
Deitado em uma cama de vime
Ou de pés bem calçados no chão
Pensa que sabe o que é fome
Cometendo o pior dos crimes:
“ingratidão”.
---- x ----
Deixe o mistério ser sua sombra,
verso amigo, pleno e sobra.
Ninguém nunca saberá tudo,
tampouco um pouco que seja,
sobre a magnificência da obra.
---- x ----
Dê-me seu melhor sorriso
Aquele intenso, meio sincero
Todo lero, mero siso
Que mexe com meu brio
Benevolente, incandescente
Que eu admiro.
---- x ----
Dentro e fora do nada prático homem apático
um específico sentimento colossal abrolhou.
Abrigou a cautela num juízo lunático básico
cingindo o corpo e tocando o amor.
---- x ----
Descobre-se o interior da pessoa pelas ações
pelo gigantismo da bondade.
A inteligência e criatividade
são como chaves.
As lidas e desafios
são portas.
Às vezes de madeira
às vezes de aço.
Muitas são estreitas
sem espaço.
Temos que ser flexíveis
afáveis
quase fluidos.
Pois são sempre as mesmas trancas.
---- x ----
Desgarrou-se a ovelha negra do rebanho,
Conseguindo a liberdade,
Desfrutando do assanho.
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Tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora.
---- x ----
Deslumbro-me vendo o sol nascer no mar e se pôr nos campos
mas também pode ser o oposto.
Pensando bem...
de outras formas também acho majestoso.
---- x ----
Despertei do pesadelo
Volúpia e ilusão
Depurei-me no banho
Segui o rebanho
Com fidedigno esmero
Roma com beijo de Nero
Clamei por satisfação.
---- x ----
Devemos aprender de antemão
com as experiências no contínuo caminhar.
Desvendamos nossos mistérios e fronteiras
mesmo que o sangue fique gélido com a solidão.
Quando o sentir der as caras
sorrimos pro vento quente que passa.
O amor faz derreter as geleiras
e a alma torna-se mais clara.
---- x ----
Domingo de lábia ou grito,
na cruz ou no bingo?
Que nada, que sina,
esse é sol, praia ou piscina.
---- x ----
E agora deixo a sorte
Ir tomando posse, assim,
Aos poucos.
Vejo a felicidade
Surgindo sublime,
Como eu sonho que
Deveria ser...
Destinada a todos.
---- x ----
E aquela velha inocência descabida? Deixe-a ir,
Ela já estava sufocada com sua maturidade,
Com seu desenvolvimento e sucesso,
Com o balé dos estorninhos.
---- x ----
As gaiolas se abriram, voam os pássaros rumo à vida.
Falham as bombas e pombas de branco se pintam.
O mundo esquece seu eixo, gira em toda direção...
Pira sem nenhum desleixo, sem a menor ambição.
---- x ----
É com você meu excesso
cada rima faz a lima que esculpe
cada lume é o grito na ideia.
A sina e a saudade tomam a forma que apetece
o blá, blá, blá de normas e métricas
já tarde falece.
---- x ----
E disse alguém antes de pular no abismo:
Devia ter esmiuçado o conhecimento
Lido e feito o que tem idoneidade
Jamais ter aceitado ditos e modismos
Valorizado muito mais a lealdade
Voado e me banhado em todas as chuvas e ventos.
---- x ----
E eu achando que já sabia o bastante,
Nem dois por cento, reprovado!
Bebi pimenta feito água, mas ela acabou mofada,
Com minha amargura, minha língua ácida.
Agora a solução é poesia, tornar-me invisível,
Voar pro nada e me abdicar das práticas dos enamorados.
Minha Fênix não renasce, ela nem ao menos morreu...
Está agora em uma gaiola, sem escrita, sem perdão.
Seu destino é incerto e a cada dia mais perto,
De virar um saboroso ensopado.
---- x ----
E há o doce momento,
uma dentada na fruta,
a amada desfrutada.
A tonalidade da vida,
nos botões das flores
e nos de liga e desliga.
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É no embalo do calor humano, 
arte que grita no urbano. 
Salto das classes que falam aos ouvidos, 
destemidos artistas do azul infinito...
É de sal e saudade, de real e sonho,esperança e destino.
---- x ----
É, sou impostor vivente,
Fantasioso e sensível.
Pinto com aquarela a imagem de um deus no céu,
Escrevo no papel minha quimera de um ser imbatível.
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É sempre bom recordarmos
Que muitas coisas que temos
As mais valiosas
Carregamos sempre
Mesmo quando estamos nus.

17 de setembro de 2016

Setembro Amarelo

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações. 




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Ótima tarde de sábado aos amigos!

Ponderações V

Às vezes queremos tanto pertencer a tal coisa
estar dentro de um certo universo
que não percebemos que a porta abre para fora
e teimamos em empurrá-la.
Quando bastava apenas recuar um pouco
para a porta se abrir facilmente.
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Através do olho mágico da vida vejo o amor que mais uma vez bate à porta do meu coração. 
---- x ----
Aves que voam no além-mar
Sentindo a salinidade existente
Liberdade de tocar a epiderme da vida.
Aves migratórias de voos extensos
Atravessam continentes com suas asas enérgicas
A brisa é sua amiga e confidente
O homem aqui embaixo
Plantado!
Confinado na inveja.
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Avise-me quando tiver um tempo,
Caso eu não esteja, por favor, deixe recado.
Passo por maus bocados sem a menor notícia sua,
Vivo um grande tormento olhando os velhos retratos.
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Brinco - choro - rio
enxoto pra longe a morte
e com sorte ela vai e não volta
impossível é perder o meu brio
queria mesmo ver o mundo
cicatrizando os seus cortes.
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Brisa que abre o portão
Vem do vai e vem das ondas
Ultrapassando o varal
Acalentando as roupas.
Moveu o barco pesqueiro
Mudou de lugar uma duna
Fez levitar uma pluma
Dispersou o nevoeiro.
Brisa gélida de inverno
Alegrou o dente de leão
Soprou ao rosto
Encheu o pulmão
E nas manhãs corriqueiras
Espalhou o aroma do pão.
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Bromélias se encheram com as águas
E as mágoas se apagaram com as velas.
Um pássaro pousou na minha janela,
Deixou seu canto e prometeu primavera.
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Brotaram no desabrochar dos lindos campos, suas essências...
Deixadas como folhas em vendavais, voando, vagando, sem destino;
por entre pensamentos - como mãos que tocam almas - fazem de harpas sons siderais.
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Brumas sobre águas do charco
confuso sem remos nem barco
coração aturdido.
Te aceito amor repentino
o deixo colher-me maduro
na macieira do paraíso.
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Em nosso caminhar...
Cada passo é sombra verdadeira,
Cada selva é clarão e clareira.
No azeite dos anjos,
Que desce pelos ombros.
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Camélias brancas que transbordam a paz
Embelezam na alma os jardins de consensos
Das tolerâncias os incensos mais doces
Afogando os rancores em um amor mais intenso.
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Caminhamos como poetas novos
largando a soberba, o estorvo
no fluxo de um novo povo
nosso suor que não amarga.
O alvo é claramente certo
de peito escancaradamente aberto
o coração de um bardo
onde o esquecimento é adaga.
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Com afinco me afogo em afagos
Canto meu amor aos quatro cantos
Otimismo e paixão me confortam
A candura constrói nosso castelo
A fidelidade faz a guarda na porta.
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Com medo de se equivocar vê o absurdo da vida,
mas não quer pensar que é real....
E quando vê que é real... Acha um equivocado absurdo.
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Com o teu dom de escrever
tens um pacto:
- necessidade de expor sentimentos
vomitar teus momentos
teus tons, tuas lágrimas e sinas
sair da rotina de um ser intacto.
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Com três palitos de dente se joga um xadrez psicológico
de deixar Freud confuso e Confúcio fã de Pink Floyd.
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Conduzir a vida é difícil
tem que haver paixão.
Vou contra o que alguns proferem
discordo da alocução em voga.
Tudo entorta e nada importa
se não houver no coração
o puro sumo da paixão.
---- x ----
Curtindo meu tempo, pois o mesmo é curto.
Um absurdo...
Com tudo no mundo e tudo voa ao vento.
Larguei a tristeza
cuspi na grandeza com delicadeza
mostrei o dedo pro desgosto
com muito gosto.
Senti a brisa no rosto
saí pela vida.
---- x ----
Dançamos mergulhados em sonhos
No gélido baile sagrado
Subimos em nuvens de gloria
Brincamos e esnobamos
O fundo e frio poço da maldade.
---- x ----
De ínfima palavra é feita o amor
não tem vírgulas
pontos
nem mistério no ar.
Não é soneto
acróstico
trova ou cordel.
Não há essência
engano
acertar ou errar.
Não há contras nem prós
é somente
tão somente
“nós”.
---- x ----
De repente se viu rei
Mas de nada serviu
Dia e noite acuado
Enterra sua liberdade
Em terra afogado
Quando o real vira pérfido
Do amor falsificado
Paixão é cadafalso
A forca é a realidade.
---- x ----
De repente você não é diferente
Só não teve a chance de demonstrar ser igual.
---- x ----
De toda a imensidão do planeta
só quero estar nesse mar belo
de Iemanjá, Iracema, Otelo.
Mar de perfeitos sonhos
folclores, tesouros e viços
dos nautas, vikings, corsários
navegadores fenícios.
Mar de amores lendários
imaginários, antigos
concretos, ambíguos
de interminável poesia
que em toda alma habita.
---- x ----
De um lado o chinelo velho procurando um pé descalço,
de outro um pé calçado ansiando liberdade.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.