23 de fevereiro de 2016

Ótima tarde de terça!

Sonhei com o Tibet

Umberto Eco che percorre la sua casa-biblioteca.(dal documentario "Sulla memoria", di Davide Ferrario. Clip via Stefano Crupi)
Publicado por La Repubblica XL em Sábado, 20 de fevereiro de 2016


Sonhei com o Tibet
(André Anlub - 30/3/13)

Por vezes penso em puxar a tomada,
Desligar-me de tudo,
Raspar a cabeça,
Limpar a consciência
E ir atrás da paz interior.

Sonhei com o Tibet!
E pra quebrar o tabu,
Sem quebrar a tíbia:
Vou tocar tuba, dentro de uma taba,
Deitado em uma tumba.
Descansando aqui no meu banco de pedra
Iluminado pela lua cheia
Que disputa importância com o poste de luz...

Novamente, bloco e caneta nas mãos
E um pouquinho de inspiração.

Tenho a sensação estranha
De estar tendo uma experiência
Tipo extracorpóreo.

Os cães latem ao longe
E pra longe se desloca meu pensamento...
Logo logo eu volto. (pelo menos a carcaça)

A vida pode ser farpa entre unha e carne
Um bambu que se enverga com o vento que varre
Ou estrelas que brigam com o raiar de um dia.

22 de fevereiro de 2016

Doido adoidado



Doido adoidado

Nas manhãs o sol piegas me prega uma peça:
Se esconde atrás de uma nuvem
E torna ainda mais glacial a água da cachoeira.

As novas selvas não são anfitriãs,
São as selvas de pedras e as de podres.
Vejo deusas anãs;
Vejo duendes gigantes.

Estou estafado; estou estufado; estou estatelado
Muita pimenta no pirão; muito pernil com paçoca...
Mas o pulso ainda pulsa.

Já contei algo assim, fatos mais que conhecidos;
Já debati mentindo; já me bati me debatendo.
Enganando a escória pisei na Lua e corri em Marte,
Fiquei corado e fui coroado um mártir maluco.

No final das contas,
Joguei os dados:
Fumei ópio no hospício,
E doido, 
Deu pra mentir adoidado. 

André Anlub
(21/2/16)

21 de fevereiro de 2016

Nuvens Novas

Nossos olhos


Nossos olhos

Nossos olhos em trocas
Na prévia sem privo...

Vai os braços em direção aos contornos do corpo... toda a beleza;
Sobem, descem, revezam-se e se sentem sortudos...
E são!
Velhos tempos de conquistas, novos tempos de colheitas...
Sujas e limpas mãos!
Ontem mel de abelha, hoje doce de melado... e a colmeia ilesa.

A fruta no pé, 
Pé descalço no chão;
Céu azul como outro dia, 
Dia com a ‘cuca fria’, 
Chá quente,
Cheiro de pão.

Havia mais na procura, deixamos assim pois assim está perfeito;
Cheiros instigantes, drinks elaborados e a observação de casais à beira mar...
Enamorados.
Lua em breve ilustrará o cenário,
Deixará seu brilho nos amores,
Nas areias e no mar...
E, quiçá,
Aos nossos olhos
Incendeia. 

André Anlub
(20/2/16)

20 de fevereiro de 2016

Ótimo Sabadão!


Morre o escritor italiano Umberto Eco
Filósofo e romancista morreu aos 84 anos em sua casa, diz 'La Repubblica'. Eco é conhecido como autor de 'O nome da rosa' e 'O pêndulo de Foucault'.

Mulher...

Quando é pra valer, o assunto ganha vida própria. Passa por timelines do facebook, por redações no ENEM, pela tv, pelo...
Publicado por Quebrando o Tabu em Quarta, 4 de novembro de 2015


Não há nada mais indomável do que uma mulher sem vaidade.

19 de fevereiro de 2016

Pássaro do meu Eu


Pássaro do meu Eu

Vai sem pressa à mesa – mas com firmeza, ao menos dessa vez.
Os pássaros estão inquietos:
O beija-flor parou seu beijo e ficou inerte, de butuca na sobremesa;
O Pintassilgo pinta a selva e voa.
Não há necessidade, tampouco idade, para se buscar ternura;
Há sim o sol escasso, pois morre um pouquinho todos os dias, 
Mas não perde as vigílias, mesmo lá ao longe no espaço.

Vem com pressa, pois há a recompensa que não condensa aos olhos da Condessa;
Eis os muitos sensatos planos, pois não são de roubos a bancos...
São planos no âmbito das paixões insanas, nas conjecturas sanhas,
Que recentemente e sempre falta/faltou coragem de um Eu que impeça.

Quer ter coragem para encarar o meu medo, é simples:
Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa;
Sou aquele pássaro que escapa da gaiola
E por dentro sai cantarolando “Wild Horses” dos Stones,
Mas pelo bico sai meu canto de ave mesmo;
É aquele animal em extinção que anda na lenha, no lema e na linha...
Aquele “ex-tição” que ganha brilho; é tal que tem tal de compaixão,
E com paixão põe à mesa e assopra as quarenta e quatro velinhas.

André Anlub
(28/1/15)

18 de fevereiro de 2016

Primeira manhã de primavera

Pink Floyd - If - London (1970) .. !!Pink Floyd - If - London (1970) .. !!P!NK FLOYD_LOVERS ShEr!F .. !!
Publicado por P!NK FLOYD_LOVERS em Quinta, 7 de janeiro de 2016


Primeira manhã de primavera       
(André Anlub - 28/9/14)

Colibris, (pra variar um pouquinho)
Hoje Beltrano irá chamá-los assim:
Voam belos e ligeiros, são charmosos e bem-vindos,
Vivem indo e vindo e vivem muito bem,
Pois tocam e beijam íntimos festeiros.

Os colibris não carregam em si os “desvirtuares”:
Misteriosos orbes novéis que são vomitados das telas,
Das tecnologias, das palavras tortas de bocas malditas
Com suas ganâncias... (sensação de ser maior)
Por ter o privilégio do raciocínio.
É sabido das pragas
Que imputam em nossas mentes desde a infância.

Podem fazer-nos pensar diferente
E fazer-nos perder a sensibilidade,
Muitas vezes a ternura, a tolerância e a individualidade.

Mas, voltemos aos colibris e afins:
Beltrano quer agora o “tanque cheio”
Da sensação absurda de harmonia.

Olha a majestosa árvore no alto da montanha,
Tamanha; sem precisar provar nada a ninguém,
Dona de tudo e todos, 
Pois é uma diva com todos e sozinha:
Então ele exige a escrita madura,
O coração que imerge no pleno de ser do seu jeito.

Já se passaram quatro, de repente cinco, pássaros desses, e pousam, pousam e ousam no fio de luz
Como quem descansa no plácido.

Já avistou também dezenas de árvores assim...
Não querem plateia; não querem os olhares de quem os admira, pois correm o risco de errarem,
De estarem ao lado da inveja.

Hoje Beltrano abaixou o estilingue,
Nessa primeira manhã de primavera,
Foi pra casa abocanhar um sanduíche
De frango, alface e “mozzarella”.

 Igreja Cristã-ortodoxa/São Paulo

17 de fevereiro de 2016

Camuflagens


Camuflagens

Pés são peritos em caminhos e histórias
e ao longo do tempo vão deixando as marcas 
que somem com as águas, com os ventos
com as mágoas e memórias.

Ontem alguém quis se aprofundar na fábula, pisar mais fundo
ter sido capaz de fazer seu mundo...
Faltou coragem e sobrou medo.

Caiu aquele vaso do canto da sala
veio uma pá, veio uma vassoura
não sobrou nada! 
Apenas o espaço do vaso vazio...
Apenas o choro do menino travesso...
Que derrubou o vaso.

Pés vêm e vão num desenhar profundo
colorindo os destinos e os acasos
descolorindo sentimentos e estilhaçando amores.

Pés são covardes!
Observam, espreitados, o mundo novo.
Não se metem onde não foram chamados
e ao ouvirem a ordem, se fazem de coitados
mas são impetuosos.

Hoje ninguém mais quer se aprofundar na fábula
pisam raso e criam fictícias imagens.
O medo pinta o corpo da cor que lhe convém
trata a chama com desdém
e no vai e vem dos pés
os vestem com o pior das camuflagens.

André Anlub®
(19/12/13)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.