18 de novembro de 2015

Herói trágico

With Syria.
Posted by Banksy on Segunda, 17 de março de 2014


Herói trágico

Tsunamis
Terremotos
Almas penadas...

Fragmentos de episódios de um cotidiano singular
Cheiro de eucalipto na cheia banheira da casa
Banhos de sais e velas acesas só fazem ansiar.

Um amor perdido e desperdiçado
Assusta os ponteiros da vida...
Na montanha russa.

Falam bem alto que o tempo é esgotado
Aprenderam a lidar com a lida
Pintam os olhos encharcados com cores de fúcsia
Relógio antigo na parede carcomida.

É de matar!
Sim, de matar...
Já com seus anos vividos e ainda teme paixões
Burro de carga em estradas esburacadas
Coração mole de pedra de açúcar
Herói trágico de sua própria vida.

André Anlub

17 de novembro de 2015

No colo quente de Ísis



Não se sabe se o perfume se espalhou
Pelos bosques coloridos e imagéticos
Na nossa aldeia, logo, logo, deflagrou
O colírio, canto lírico e poético.

André Anlub


No colo quente de Ísis

A aurora dourada que brilha
enorme força que guia
canalizando energia
da bondade íntegra e constante.

Sem quaisquer variantes
e opiniões infligir.
Vestindo o pingente de um santo
com fé encorpando o gigante
com a pontaria de David.

Falha quem pensa que o bem
é frágil, pequeno, inseguro
que teme o invisível e obscuro
falácias de um João ninguém.

O mal é poder anacrônico
foi comício de um ser risível
é improvável em almas capazes
insustentável e inadmissível.

Aspiramos o poder intocável
colosso, incorruptível
no osso, na mente e na pele
aço que a ferrugem não atinge

Vive ainda mais além que a verdade
liberdade que constrói o arco-íris
é a hora de olhar no olho de Horus
e deitar no colo quente de Isis.

André Anlub®
(22/03/13)

16 de novembro de 2015

Lançado em 13/11/15





Hospício



Hospício
(André Anlub - 23/7/09)

Salientaram no hospício
Ninguém iria comer
Injeções na testa...
Mais que um sacrifício.

Uma doutrina errada,
Condições terríveis,
Faces amarguradas...
Pessoas mais que sensíveis.

Não tinham valor algum,
Exclusos da sociedade,
Pessoas novas e de idade...
Somavam um mais um.

Indigentes, obscenos
Cenas do dia a dia,
Pretos, brancos, morenos...
Sujeitos a revelia.

Desprezados pela verdadeira família,
Inúteis sem poder reciclar,
Cães expulso da matilha...
Sem ter mais em quem amamentar.

Aos montes iam se definhando,
Em um frenético vai e vem,
Homens mortos andando...
Passos calmos pro além.

15 de novembro de 2015

Mariana (MG)

Isto a tv não mostrou barragem mg
Posted by Antonio Ferneiro on Segunda, 9 de novembro de 2015

Ótimo domingo...

Show imperdível...



Domingo de lábia ou grito,
na cruz ou no bingo?
Que nada, que sina, 
esse é sol, praia ou piscina.

André Anlub®

A lisura da mentira mais pura

Toques de melancolia e enfoques de respeito
e o grito ecoa, assim, saindo do peito.
O ar rarefeito e o vai e vem de pernas
acorda – hiberna... Como alguém havia dito.

Na cabeceira os anéis de ouro branco
o pranto nos olhos reflete no espelho.
As mãos lavadas na pia do banheiro
e na cozinha a sinfonia de um ovo frito.

Uma caixa se abre e aquele lindo presente
que lembra o passado e prevê o futuro
que faz inoportuno me dizer doente
e assim, tão ausente, enraizar no escuro.

Eis o calor dos novos tempos
nas fronteiras ultrapassadas que lapidam os dias
nas vias congestionadas por carros e catarros
e o odor do suor mais limpo da história
que se espalha aos ventos.

E há o doce momento
uma dentada na fruta
a amada desfrutada na tonalidade da vida
nos botões das flores e nos de liga e desliga.

O sol que ofusca os olhos é o mesmo que ilumina os caminhos.

André Anlub®

14 de novembro de 2015

Ótimo sabadão!

Ontem, 13 de novembro de 2015, 1 ano sem Manoel de Barros...

Congelando os laços

Em 1986, Chico Buarque compôs a bela “As Minhas Meninas” para um musical. Mal imaginava que, dos 7 netos, 6 seriam...
Posted by Globo Filmes on Terça, 10 de novembro de 2015


Congelando os laços
(André Anlub - 26/03/13)

Tu estavas bela na mente
com aura brilhante dourada
emanavas energia tão quente
aquecias minha alma acamada.

Destilavas o amor no teu sumo
o perigo da peçonha na veia
que desvirtua o coração em teu rumo
pondo fogo na paixão que incendeia.

Perdido, me entrego em teus braços
na cadencia tempero a canção
expondo o sentimento em oração.

E, enfim, congelamos os laços
o sonho, o céu, a realidade
no gelo eterno da fidelidade.

13 de novembro de 2015

Um bom final de semana a todos

Não devemos plantar, adubar, tampouco colher o ódio ao nos depararmos com algo que é fruto de uma ignorância alheia; devemos abrir a mente como se faz com a terra, preparar o solo com precisão e probidade, e espalhar as sementes da coerência, bom senso e justiça.

André Anlub


 Art by: Jean Jullien - Peace for Paris

São Paulo - SP

QUESTÕES DE GÊNEROQuero dizer que eu respeito profundamente as diferentes crenças, mas isso não me impede de fazer...
Posted by Margarida Salomão on Terça, 10 de novembro de 2015


São Paulo - SP

De tudo que leio
que vejo e escuto
nada e nem tudo
pode descrever-te.

Sampa é só flerte
é paixão, poesia
cultura, boemia
endereço e adereço.

Sampa de apreço
será que te mereço?
Pois me perco em teu ritmo
teus ecos, teus signos
nas noites em delírios.

Sampa da arte
moderna e eterna
museus e histórias.

Cidade mutante
bravos bandeirantes
lar dos retirantes
alçada na glória.

André Anlub®

Se todas as tulipas fossem negras


Regras, ritmos e corações foram feitos para serem quebrados; afinal, todos sobrevivem!

Se todas as tulipas fossem negras
(continuação de “O livro que fez meu cavalo livre”)

Meu cavalo nesse momento é livre
porém, ainda com alguns fantasmas.
Também há as estradas íngremes
que estendem um tapete vermelho para o nada.

Agora, as tulipas estavam inteiras.
não mais pisadas pelas patas.
Brilhantes tulipas, com cores vivas
e força para enfrentar a tempestade.

O amanhã próximo de letras e tintas
a sina que mudaria o caminhar.
Nas mãos, preparados para tocar a alma...
Os livros de Emily Dickinson e Sylvia Plath.

E as tulipas se tornaram negras
ao conhecerem sua história e sua dor.
Regadas e afogadas pelas flores coloridas
que também afogaram junto seu rancor.

E meu cavalo livre...

Hoje tenho novo cavalo
ele está perto, mas não temos contato.
Ele me inspira, traz força e medo
me respeita e impõe respeito.

O coração se abre, vejo meu próprio inventário.
Martírio empoeirado de um achaque guardado
e o amor incrustado de um todo imaginário.

Hoje a vida é um constante cenário
como o mar que me conhece
até mais do que eu mesmo.

A moradia na emoção
é o botão da alma incendiária.

Pago a diária desse hotel
com a locação do meu bordel
com o papel, meus rabiscos
e a loucura ponderada.

André Anlub®


(4/6/13)

12 de novembro de 2015

Tempo de ser flores


 Tempo de ser flores

Camélias brancas que transbordam a paz
Embelezam na alma os jardins de consensos
Das tolerâncias os incensos mais doces
Afogando os rancores em um amor mais intenso.

Na cadência das orquídeas
Nas grandes janelas dos casarões
Em estufas de barões
Ou arredores dos tugúrios.

Flores...
Entregam-se com beleza rara
Fino odor imaculado  
Seda frágil, doce sina.

Imponente desenho das tulipas
De seis pérolas em lindas pétalas
Coloridos ímpares
Nutre a inspiração dos poetas.

Girassóis já remetem à arte
Do gênio singular dos pinceis  
Conduzem a pueril cor do singelo
Para o belo arco-íris de êxtase.

Flores...
Camélias brancas em tempos negros...
Clareando, clareando.

André Anlub®

Mariana (MG)

Rogério Godinho
Ontem às 07:14 · Editado ·

"Vou dar a medida da encrenca. O que está acontecendo no Rio Doce é pior do que a soma dos piores desastres ambientais dos últimos 30 anos. Algodões, Camará, Macacos, os três rompimentos de Cataguases (2003, 2007 2009) até Itabirito no ano passado. Por qualquer critério disponível, seja extensão ou volume de rejeitos. Repito: o que está acontecendo é pior do que a soma de todos eles. São 62 bilhões de litros de uma lama impregnada de metais que vai chegar até o litoral do Espírito Santo. Sem contar que o rejeito – pela presença do ferro – está cimentando (mesmo!) diversas partes do rio. E estamos falando da mais importante bacia hidrográfica dentro da Região Sudeste. Sentiu o problema?
No que se refere a mortes, ainda não sabemos, até porque a Samarco (a Vale!) fechou a região das barragens e não dá informação nenhuma. Isso também é inédito: a empresa responsável e que precisa ser investigada é a única a ter acesso ao local do crime. Mas sabemos que são centenas de pessoas desaparecidas. Só em Bento Rodrigues, metade dos moradores não conseguiu sair a tempo. Sem contar os milhares de animais mortos. Imagine uma longa estrada de destruição. Visualize. Peixes, vacas, cavalos, cachorros, tudo que estava na frente. Até ninhos de tartarugas lá na foz do rio estão removendo para tentar salvar antes que a lama chegue.
Mais inédito do que tudo isso é o absoluto desinteresse da mídia. No primeiro dia, os jornais deram uma pequena e ridícula chamada na primeira página. No segundo dia, o assunto sumiu.
Este é o nosso vazamento de óleo do Golfo México, nosso vazamento da Exxon no Alasca, nosso Fukushima.
Mas quem se importa?"


Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.