7 de novembro de 2015

Algumas Histórias X


Algumas Histórias X
(André Anlub - 2012)

Uma vez quis ser algoz a uma pessoa
Mas acabei me tornando essencial para a mesma
Armei um circo para findar o que ela começou
Mas ela era guerreira, e por esse motivo sua força aumentou.

Fiquei com uma ligeira impressão estranha
De que na época o que estava em voga, em mim, era a aversão
Pois ter alguém no seu pé, no auge da juventude, dava uma raiva tamanha
O que seria amor se tornou paixão e logo depois migrou para obsessão.

Como todos sabem que existem pessoas que acordam bem cedo...
Já falando que odeiam em tal hora acordar.
Dormem tarde, agindo no mesmo princípio...
E são ossos do ofício não ter às vezes o que odiar.

Pronto, descobri uma maneira de chegar ao ponto
Comecei outro namoro, um chamego aberto
Ela sabia que eu tinha outra, que era louca, e estava por perto
E a outra logo ficou sabendo das regras desse novo jogo.

Mas de nada adiantou, pois ela aceitou...

É ilusório combater o ódio com a indiferença
A parafilia de querer estar sempre feliz em se maltratar
Sabe-se que ninguém agrada a gregos e troianos...
Mas com o passar dos anos são eles que podem lhe agradar.

6 de novembro de 2015

A MORTE DE PABLO NERUDA

Relatório oficial: “altamente provável” que Neruda tenha sido assassinado

Até agora a morte do poeta, em setembro de 1973, era atribuída a um câncer de próstata

DOWNLOAD Documento do Ministério do Interior do Chile sobre a morte de Neruda


"Um documento oficial do Ministério do Interior do Governo do Chile reconhece pela primeira vez que é bem possível que Pablo Neruda tenha sido assassinado. Segundo o documento, ao qual EL PAÍS teve acesso, o poeta e Prêmio Nobel de Literatura de 1971 não morreu “em consequência do câncer de próstata de que padecia”, mas é “claramente possível e altamente provável a intervenção de terceiros”. Neruda morreu em 23 de setembro de 1973, um domingo, às 10 e meia da noite na Clínica Santa María, de Santiago, no Chile. Nesse dia, segundo “está comprovado no processo”, diz o documento oficial, aplicaram-lhe uma injeção ou o fizeram ingerir algo que teria precipitado a sua morte, seis horas e meia depois. Tudo isso, poucas horas antes de o Nobel partir em um avião rumo ao México, onde, como diz o texto do ministério, possivelmente iria liderar um Governo no exílio para denunciar a atuação do general Augusto Pinochet, que havia dado o golpe de Estado em 11 de setembro."

Saiba mais: El País Cultura

Só por ter você


Só por ter você

É grande, exposto e de sensação deleitosa
Amor saudável, azul celeste e rosa silvestre
Eterno voo ao aconchegante desconhecido...
E tem como objetivo ser sempre bem-vindo nos acasos.

Seu suor é elixir da minha magia branca
No branco de seus olhos me aprofundo tanto que saio de mim
Algo assim muito ímpar, sucinta e particular
O sobrenatural sobrevivente, prazeroso e peculiar.

Entro no seu “eu” mais íntimo
Descubro sua carícia preferida
Suas orações proferidas
Seus gestos, seus sexos
Seu ritmo.

Coloco meu rosto no travesseiro
Um olhar surge por todos os lados
Os sorrisos que já se fazem impregnados
No colosso de todo amor verdadeiro.

André Anlub®

Madrugada de 27 de abril de 2015

TV Brasilhttps://www.facebook.com/tvbrasil/videos/10153541778502985/?pnref=story
Posted by Marcia Tiburi on Quarta, 28 de outubro de 2015


Madrugada de 27 de abril de 2015 (com uma enorme saudade do amanhã)

Sempre me flagro longe, pensando na minha velhice, na minha careca reluzente e no meu coração ainda batendo e amando, pescando em águas calmas e fartas de peixes e inspirações; é recorrente. 
Penso no meu futuro barco simples, azul turquesa, nas águas de uma cidade do nordeste. Um barco com aquela tradição de um nome feminino escrito em letras simples e sóbrias nas laterais da embarcação...
Há um tempo eu colocaria alguma pintora que gosto, que simbolizou algo em mim: Tarsila ou Djanira ou Haydéa ou Malfati ou Lia Mittarakis... 
Mas hoje em dia mudei e o mais provável é que seja algum nome de uma das escritoras que também me marcaram, nas leituras e/ou nas respectivas histórias: Emily Dickinson ou Sylvia Plath ou Ana C. ou Carolina de Jesus ou Virginia Woolf ou Beauvoir...
Ai, ai, ai, as mulheres... De repente seria melhor escolher uma deusa de alguma mitologia. Mas não! Ficarei mesmo com as escritoras que são/foram/serão deusas reais e eternas.
Em sempre: (Ainda mergulho de cabeça em uma paixão; mas checo a profundidade e a temperatura da água, coloco touca, tapa ouvidos e vou).
Estico a mão para o céu e peço força captando alguma energia silenciosa. Na varanda, na minha cadeira, os cães deitados ao meu lado e um ar gélido, um céu limpo e os insetos em minha volta me observam.
Estico os pés e apoio na minha escultura, “O tronco”, dou uma talagada no suco gelado de maracujá. O gelo aqui derrete em segundos, é quase um milagre sair da cozinha, sentar em uma cadeira e ainda vê-los boiando no copo. Meu corpo estala e já pede cama, meus olhos cansados, ardentes e coçando me convidam ao sono.
Vou-me ao repouso, repousar o corpo, a mente, o bloquinho e a catarse que adoro, pois me persegue nos momentos mais curiosos, mais gráceis, carrancudos e impressivos.
Em nunca: (agora estou satisfeito, debaixo de uma coberta fina o ventilador me banhando em ventos com o silêncio que a noite presenteia).
Não há o que temer quando se tem como companheiro uma garrafa de saquê. É um paradoxo, pois se foge da luta encarando a fera. A verdade é que não está mais ali quem segura o quarto copo. Ele já se foi embriagado, alto em voo sem bússola sem tempo, o corpo físico presente, o espiritual enfermo sem intento e localização nos mapas. Mas o corpo que fica ainda tem força, tem luta, tem truta e maneja uma faca de caça e um punhal. É um perigo, arriscadíssimo, perigo descomunal. 

André Anlub

5 de novembro de 2015

O trem, a vida, outrem


O trem, a vida, outrem

Vi os trens de Norfolk; mas foi num sonho.
Vi um céu igual o dos Simpsons, só que real.

(abre aspas)
Nunca duvidei de minhas capacidades,
Elas que ocasionalmente duvidavam de mim.
Hoje a “dúvida” é minha fiel engrenagem
Minha âncora, minha pólvora, meu estopim.

Hoje há nevasca só quando faço um desenho,
Mas meu empenho é sempre em traçar o amar.
O amanhã sempre em odes que eu mesmo resenho,
Estará lá, porém, também, para o insano em hesitar.

Quimeras de ocasião, canções que devemos aprender,
Seguindo as rodovias que trafegam os segredos,
Eu, você e as artérias e veias que levam nosso viver...
Nunca fomos de brinquedo.
(fecha aspas)

A vida ensina tudo a todos,
Mas a morte é egoísta, 
Não ensina nada a ninguém.
Nem ela, - nem eu, 
Sabemos o que um poeta quer dizer,
Mas a poesia sempre deixa algo no ar...
Ninguém sabe se é real.
Nem o poeta, nem a morte...
Só a vida sabe.

André Anlub®
(10/9/14)

4 de novembro de 2015

Amizade...

Lembranças, saudades...

Acordei com uma lágrima.
No sonho bem claro o rosto,
De pronto sorriso me olhava.
Amigo de praias e farras,
Que o vento levou sem aviso,
Deixando a doce lembrança,
Momentos que não amarelam,
E regam o verde singelo,
Desse jardim da saudade.

André Anlub®


1 de novembro de 2015

Ótimo Domingo...

Eu preciso do escarcéu soletrado.
Posted by Viviane Mosé on Quinta, 29 de outubro de 2015

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.