13 de outubro de 2015

Ótimo final de tarde de terça de tudo

Fogo brando



Fogo brando

Quando o amor alcança tais almas
engraçadas são as entregas
sensação de dominados e indefesos
os que antes eram plumas tornam-se pesos.

Mas um quilo de penas é o mesmo que um quilo de pedras.

Quando o amor é legítimo...
rasgam-se dogmas, cuecas e calcinhas
viajamos em um trem fora dos trilhos
são duas lindas pipas sem linhas
monocromáticos com vivos brilhos.

Moldando as afeições sem aflições
receita da fidelidade que é inerente
marinada no tempero das paixões
fica no fogo brando que contenta a mente.

André Anlub

FLÁVIO DINO DEFENDE GRANDES FORTUNASNão é de hoje que registro o grande quadro político que é meu colega Flávio Dino. Sua participação no programa de Mariana Godoy só reafirma sua visão progressista, justa e acertada sobre o Estado brasileiro.
Posted by Jandira Feghali on Terça, 13 de outubro de 2015

Mundo de Madeira


Mundo de Madeira 
(André Anlub - Jan/2012)

Aquele velho casebre de madeira
O frio no outono já era intenso
Queimávamos lenha
Eu no piano arriscava um Keith Jarrett 
Nós sempre o achamos o máximo
E tudo era o máximo.
Meu cachimbo e óculos
Companheiros de leitura e escrita.
Lembro-me da sopa no final da tarde
Incensos de patchouli.
Você no edredom marrom
Lendo Sylvia Plath
Eu, disfarçando, lhe olhava
Às vezes descia sutil lágrima de seus olhos
Sei que era inevitável.
Seus cabelos castanhos
Combinavam com o piso de tábua corrida
Lembrava um casulo de borboleta.
No segundo andar tínhamos a visão do vale
Por do sol mais lindo não existia
Por uns minutos o lago refletia o alaranjado
Espelho da vida.
Enormes eucaliptos cercavam o local
A quietude era tamanha que o mundo era nosso
Nem aviões passavam por ali
Não era rota de nenhum.
Com uma leve chuva que veio
Chegou também o cheiro de mato molhado
E com a ida da mesma
O arco-íris e o cantar de muitos pássaros
Suas belas melodias.
Nos seus ninhos de gravetos
Com seus medos e fragilidades
E a liberdade de voar...
Ah, voar...
Isso eu não podia...
Aliás, podia sim.
Mas somente em sonhos.

12 de outubro de 2015

Dia das Crianças

Nos varais

Ellen DeGeneres comenta produtores "para mulheres"Ellen DeGeneres dá aula sobre produtos "para mulheres". Já imaginou uma... caneta para mulher?
Posted by Literatortura on Domingo, 11 de outubro de 2015


Nos varais

Nos varais o ardente dos verões,
Carros passam no asfalto emanando calor.
Pobres pés descalços vão estender roupas,
Loucos com seus vieses, variações e viagens.

Varais com varas de bambu - apoiam-se...
Chegam a confundir os olhos ligeiros,
Quem estaria apoiando quem?

Varais das Valérias e Veras,
De coloridos poéticos,
Eternidades efêmeras,
Momentâneos de eras.

Nos varais frígidos dos invernos,
Casacos acenam com o vento,
Na corda bamba do tempo,
Nos confins dessa esfera.

André Anlub

Dia das Crianças

"Hoje é dia de alegria, e disso elas entendem muito bem. Uma homenagem da Fundação do Câncer a todas as crianças"

Folhas Amassadas

Natural Bridges Milky WayShort time lapse I did last night down at Natural Bridges :)Photo; Birdo NRB Photographywww.santacruzwaves.com
Posted by Santa Cruz Waves on Terça, 8 de setembro de 2015


Folhas Amassadas (2010)

Toquei a sua face e enxuguei o seu pranto
Limpei seus lábios que mordeu e sangrou
Desfiz as tranças feitas para me salvar...
Descer do nosso castelo em chamas...

O farto fogo que você ateou.

Tudo muito claro, poesia em jogo
Mais uma vez do jeito que almejou
As rimas muito falhas, folhas amassadas
Parecem toalhas sujas que por fim deixou

O vento bate a porta, a torta ficou pronta
A chave cai ao chão, o fogo apagou
Demonstro minha fraqueza, alguém logo me aponta
Procuro em todo canto o que você já achou

Seus dedos tocam minha face de coitado mor
Esnoba-me bem baixinho ao pé do ouvido
Trata-me infeliz como qualquer individuo
Na sua vida sempre sou de ruim a pior

Os poemas saem sujos, magníficos detalhes
Bandeiras perfuradas pelas flechas dos cupidos
Carrancas dos navios, belos entalhes
Guerreiros Nórdicos, não lhe darão ouvidos

André Anlub

11 de outubro de 2015

Poder, exclusão e loucura em Foucault Contra Ele Mesmo:
Posted by Daniela Lima on Domingo, 11 de outubro de 2015


Há de se ter vida

Ele chora, está com medo
Com frio as lágrimas gelam
No refugio do campo de trigo
Senta e sente o vento soprar.

Ele já foi louco, já foi vertigem
Caçador de próprias luas
Poeta de penas e plumas
Exibia na cicatriz o segredo.

No momento procura abrigo
Velhos mitos perseguidos
Sem valer de coragem ou esforço
Sem tirar a faca de seu dorso.

Há de se ter força no amor que persiste
Ao levantar-se refaz o caminho
Vê a ave que alcança seu ninho
Mesmo a mesma estando ferida.

André Anlub

Festival de Literatura

Publicado em 8 de out de 2015
Festival de Literatura - Autores Nacionais Contemporâneos - Conheça os (as) escritores (as) que participarão das entrevistas - Trilha sonora: Ketélbey - No Jardim de um Mosteiro

Página no Facebook - https://www.facebook.com/groups/880452582051522/?ref=ts&fref=ts

10 de outubro de 2015

Inspirado em Neil Gaiman



Inspirado em Neil Gaiman

Ela não apontou o dedo para ele,
Mesmo havendo um legítimo motivo.
Diz que quem deseja não ser oprimido,
Vai ter que aprender a voar entre nuvens.

Neil Gaiman disse em uma ocasião:
 “Às vezes você acorda e às vezes a queda mata você;
Às vezes quando você cai você voa.” 

Ela pergunta qual o seu cartão de visita...
Supondo que a pessoa não tenha imediatamente uma resposta em mente,
Ou é excesso de qualidades,
Ou a completa falta da mesma.

Ela sussurra que nas duas opções nunca se deve apontar defeitos alheios,
Segue jogando suas pétalas ao ar,
Que com o vento colorem e realçam o caminho de areia.
Nunca, em toda sua vida, seguiu sozinha,
Pois sempre deixa esse rastro ao passar.

Ele também quer deixar sua pista,
Seguir à risca o manual da boa convivência.
Chutará as nádegas da demência,
E tentará deixar um bom aroma nas despedidas.

Se foi um sonho,
De alguma forma foi real...
Pois existiu, mesmo que por alguns minutos,
Na história da sua vida.

André Anlub®

9 de outubro de 2015

É o lodo na ladainha do saber viver



É o lodo na ladainha do saber viver
(André Anlub – 2/8/13)

Farei uma enorme promessa,
Dessas difíceis de acontecer.
Subo escada de joelhos,
Levo uma pesada cruz até o outeiro,
Deixo de fato a bebida e o cachimbo,
Mudo-me no ato para o limbo
E fico o tempo que merecer.

Tudo que é novo de certa forma vai assustar.
Já foi construído o castelo
E agora recebe uma bela pintura.
Foi escolhido aquele azul clarinho,
Quase turquesa, 
Que é gêmeo da beleza,
Da azuleja do seu olhar.

Fim de papo, na papada cansada
Dessa ladainha.
Vou cair na real, pois agora é hora de festa.
Colocarei a torta de amora na mesa
E aquele café fresquinho.
Pegue o bongo,
Afine o cavaquinho,
E tocaremos aquela preferida
Do meu avô.

O amanhã será sempre improvável
Se eu não sentir seu cheiro.
Sou o ébrio feio e febril na ufania de beira de estrada
Tendo os faróis ofuscando minha visão.

Várias vezes fui bem abusado
E mal avisado, veemente fiquei visado.
Já sou conhecido por ter nascido
No lado errado no lodo ao lado na hora em vão.

Sempre comecei pelo modo mais fácil,
Afinando os chifres nas cabeças dos cavalos...
Mas só nos domados.
Chorei com os poetas e pintei inúmeras zebras.
Uma vez até me sentei e ri... com as hienas.

8 de outubro de 2015

Ótimo final de tarde...

Pequena grande história de Glorinha



É babá beijando a boca do buldogue e morrendo de nojo da baba do quiabo.

Pequena grande história de Glorinha
(André Anlub - 26/5/14)

A carne de sol recheada com queijo coalho
A mesa farta de tudo que é local.
Da seca ao céu, do pó ao pó,
Glorinha fez as malas, afinou as falas...

(...) abraços a Caicó.

O ontem ficou refletindo agorinha
Quando a Glorinha arteira chegou pela primeira vez à areia,
Fincou a faca de pão refletindo seu rosto risonho
Realizou seu sonho e desmaterializou todo o mal...

(...) em frente ao mar.

Glorinha de glórias, de prantos e preitos,
Rosto delicado, nariz fino e trejeitos.
Andar leve que faz breve um prever alegre
Desertos de frutas, de nuvem e de sal...

(...) Macau, seu novo lar.

Glorinha rainha, concubina dos livros...
Fixando seus olhos na nova leitura,
O café requentado esfriou novamente,
Fez claro, evidente, o interesse escondido.

Glorinha agora gosta de revista em quadrinhos
Devoradora assídua e sonhadora gritante
Lê, aprende, escreve e ensina
Fez disso sua sina, levou pra sua terra distante.

7 de outubro de 2015

Atributos de um ser [prólogo]


Escritos antigos:
  
Atributos de um ser [prólogo]
  
Jamais deu as costas para sua amistosa sorte
Sempre houve a convicção que seu destino foi iluminado
Homem que amou e foi amado, ama e é amado...
Tudo sempre com muita dignidade.

Caminhou por estradas difíceis e abruptas...
Com a cabeça erguida e boa disposição
Se precisasse os joelhos ao chão e as mãos erguidas
Pois jamais pingou vergonha de sua comunhão.

Seu respeito é inabalável... Tem asas, mas nunca voou para longe
Na sua alma sempre há vaga para todos os tipos de amores
Todos os corações que tocou, e deixou no passado, hoje são queridos afetos.
Não “se acha”, pois nunca se perdeu...
Se na visão de outrem se perdeu, foi por pura escolha e vontade.

Almeja chegar ao seu leito de morte sem dever nada a ninguém...
De preferência amando e com largo sorriso no rosto enrugado
Não teme a morte nem a vida, mas existe um respeito grande por ambas
Bendito quem, mesmo que por algum período, pode trocar-lhe amizade.

Atributos de um Ser II

Vez ou outra se buscava em pensamentos perdidos
Com olhos esbugalhados vagava em diversos terrenos
Certa vez se aventurou em uma área de minério de ferro, em uma região quente.
Era um terreno rubro, rico e inóspito.

Em um dia frio de inverno se transportou para as noites de Londres
Noites de boemia, violência e prostituição
Século XIX, época das invenções e investigações
Reinventou Sherlock Holmes e Jack estripador.
Taxava-se de louco sonhador.

Era uma pessoa criativa que cria seus próprios poemas e romances
Nunca copiou uma ideia ou uma frase sequer
Faz de sua imaginação conforme for cômodo para a criação
Sempre temperado com inspiração e talento.

Espera inquieto pelo seu grande amor
Aquela que irá arrematar seu coração, quiçá sua alma
Se esquiva com pressa e com calma por entre sua vida pacata
Sempre escrevendo, sendo observado e analisando as pessoas ao redor.

Ele cresceu na sua praia, de frente pro mar e de costas para a pobreza
Experimentou a pureza da papoula...
Na vida muito louca já se perdeu e se achou.

Hoje é escritor que escreve o cerne e a carne, o breu e a luz
Transmite o que lhe fere e o que lhe faz feliz
Mostra sem receio o que virá e o que acabou.

André Anlub

Ótima quarta a todos!

Transando com LaerteÀ 0h, Laerte recebe o poeta Paulo Lins, e o tema da conversa é "Poesia e Canção".  Não perca!
Posted by Canal Brasil on Terça, 29 de setembro de 2015

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.