8 de outubro de 2015

Ótimo final de tarde...

Pequena grande história de Glorinha



É babá beijando a boca do buldogue e morrendo de nojo da baba do quiabo.

Pequena grande história de Glorinha
(André Anlub - 26/5/14)

A carne de sol recheada com queijo coalho
A mesa farta de tudo que é local.
Da seca ao céu, do pó ao pó,
Glorinha fez as malas, afinou as falas...

(...) abraços a Caicó.

O ontem ficou refletindo agorinha
Quando a Glorinha arteira chegou pela primeira vez à areia,
Fincou a faca de pão refletindo seu rosto risonho
Realizou seu sonho e desmaterializou todo o mal...

(...) em frente ao mar.

Glorinha de glórias, de prantos e preitos,
Rosto delicado, nariz fino e trejeitos.
Andar leve que faz breve um prever alegre
Desertos de frutas, de nuvem e de sal...

(...) Macau, seu novo lar.

Glorinha rainha, concubina dos livros...
Fixando seus olhos na nova leitura,
O café requentado esfriou novamente,
Fez claro, evidente, o interesse escondido.

Glorinha agora gosta de revista em quadrinhos
Devoradora assídua e sonhadora gritante
Lê, aprende, escreve e ensina
Fez disso sua sina, levou pra sua terra distante.

7 de outubro de 2015

Atributos de um ser [prólogo]


Escritos antigos:
  
Atributos de um ser [prólogo]
  
Jamais deu as costas para sua amistosa sorte
Sempre houve a convicção que seu destino foi iluminado
Homem que amou e foi amado, ama e é amado...
Tudo sempre com muita dignidade.

Caminhou por estradas difíceis e abruptas...
Com a cabeça erguida e boa disposição
Se precisasse os joelhos ao chão e as mãos erguidas
Pois jamais pingou vergonha de sua comunhão.

Seu respeito é inabalável... Tem asas, mas nunca voou para longe
Na sua alma sempre há vaga para todos os tipos de amores
Todos os corações que tocou, e deixou no passado, hoje são queridos afetos.
Não “se acha”, pois nunca se perdeu...
Se na visão de outrem se perdeu, foi por pura escolha e vontade.

Almeja chegar ao seu leito de morte sem dever nada a ninguém...
De preferência amando e com largo sorriso no rosto enrugado
Não teme a morte nem a vida, mas existe um respeito grande por ambas
Bendito quem, mesmo que por algum período, pode trocar-lhe amizade.

Atributos de um Ser II

Vez ou outra se buscava em pensamentos perdidos
Com olhos esbugalhados vagava em diversos terrenos
Certa vez se aventurou em uma área de minério de ferro, em uma região quente.
Era um terreno rubro, rico e inóspito.

Em um dia frio de inverno se transportou para as noites de Londres
Noites de boemia, violência e prostituição
Século XIX, época das invenções e investigações
Reinventou Sherlock Holmes e Jack estripador.
Taxava-se de louco sonhador.

Era uma pessoa criativa que cria seus próprios poemas e romances
Nunca copiou uma ideia ou uma frase sequer
Faz de sua imaginação conforme for cômodo para a criação
Sempre temperado com inspiração e talento.

Espera inquieto pelo seu grande amor
Aquela que irá arrematar seu coração, quiçá sua alma
Se esquiva com pressa e com calma por entre sua vida pacata
Sempre escrevendo, sendo observado e analisando as pessoas ao redor.

Ele cresceu na sua praia, de frente pro mar e de costas para a pobreza
Experimentou a pureza da papoula...
Na vida muito louca já se perdeu e se achou.

Hoje é escritor que escreve o cerne e a carne, o breu e a luz
Transmite o que lhe fere e o que lhe faz feliz
Mostra sem receio o que virá e o que acabou.

André Anlub

Ótima quarta a todos!

Transando com LaerteÀ 0h, Laerte recebe o poeta Paulo Lins, e o tema da conversa é "Poesia e Canção".  Não perca!
Posted by Canal Brasil on Terça, 29 de setembro de 2015

6 de outubro de 2015

Enlace das almas


Hoje é dia de surfe de peito no Canal OFF. Junte-se ao nosso Homem Peixem em uma sessão incrível de bodysurfe nas bombas de Teahupoo. Veja mais detalhes no site: www.canaoff.com/homempeixe
Posted by Canal OFF on Terça, 6 de outubro de 2015


Enlace das almas

Deu início aquela conversa; deu o ensejo com a fuça de lua cheia; no bule o café bem fresco, na mesa o bolo, a maça e a ameixa.
Na troca de vocábulos transpõem-se os obstáculos; surge um oráculo inócuo no enleve dos versos leves. O dia rasgando com o sol no arrebate da torra; a noite fica sem jeito e deseja que escuridão se entregue. Nada daquilo é fracasso se o ocaso se vestir de amarelo; largar um breu quase eterno, e com isso também foi o tédio... Há de parar com os remédios e vestir uma sunga e calçar um chinelo. Para todos a areia está fofa, o mar bem calmo e a brisa a contento; o inesperado não é tão enigma, pois temos a insígnia de um nobre guerreiro. O cabelo castanho vai ficando branco; o branco dos olhos, vermelho. O ano já está quase acabando, e depois de um espirro, já é novamente janeiro. Vem uma luz no final do túnel, arrasando a desesperança, criando a salutar aliança de aceitar o escuro, mas ver a clareza. Dizem ser indelicadeza – mas assim a vida tem mais futuro; dizem que estão em cima do muro – mas o muro é puramente adereço. Deu-se o fim da conversa com um sorriso em todas as faces. No bule o café ainda quente, na mesa um vazio e nas almas os enlaces.
Há lençóis em que se repousa, que se sonha, que se voa, que se doa e se pousa... E quaisquer lençóis em que tu estejas comigo, estarei aquecido, envaidecido... Em plenos amor e abrigo. 

André Anlub

5 de outubro de 2015

Samba do crioulo doido na casa da mãe Joana

Algumas Evidências para a EvoluçãoEvidências para a Evolução.Alguns fatos curiosos sobre a evolução das baleias e de outros animais.
Posted by Universo Racionalista on Quinta, 27 de agosto de 2015


Samba do crioulo doido na casa da mãe Joana
(André Anlub - 5/7/14)

Tudo naquela bolha de sabão,
O mundo, o universo, as aves, o mar...
Tudo coloridamente alucinatório na majestosa bolha de sabão.

Chegam os louros de toda a vitória:
O pódio, as coroas de flores, a beijoca aqui e outra acolá;
Chega o conforto num colchão de molas,
Vão-se os odores de podre do peixe dourado morto
Vão-se as duradouras dores no ponto morto das costas.

Cada pétala dessa certa rosa coloriu-se com as cores preferidas de todos,
Foi um bafafá, foi uma correria – para aqui, para lá.

O canto esfarela e professa dançando com cada caravana sem freio, 
Ri dos ventos úmidos que não deixam as fardagens secarem nos céus,
Mas chora com seu som abafado pelo sol escaldante pendurado na ponta da lança de um Deus.

Seriam sonhos?
Ergueram os mais belos castelos,
Barro por barro, pedra por pedra,
Para depois deixarem vazios, sem libertinagens, sem histórias...
Só com o eco do silêncio, com o vazio e o tempo,
Com a fantasia de um achismo simplório.

Não, não se vê mais um tesouro que nos atrai,
Tampouco a arca vazia.
Alguém o roubou e levou para muito longe (além da estrada)
E esse alguém morre de sede ou de fome (e fica a arca)...

Um anjo a viu em lugar deserto aonde ninguém ia,
Ninguém fala, canta, late ou mia,
Ninguém vai.

E ficou a arca...
Ficou a arca com a morte,
Ficou a arca com a morte e a foice
Ficou a arca, a morte, a foice e a lança...
Ficaram os quatro para a próxima ganância...

Ótimo final de tarde...

'4ndré 4nlub' - três meses para essa brincadeira perder o sentido! Rumo aos 45!


Tudo isso é o que tem para hoje...


""A versão do poema "O Haver", de Vinicius de Moraes, publicado em "O Jardim Noturno", foi colhida num original de 1962. Este original encontra-se hoje na Casa de Rui Barbosa."

O Haver

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza 
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa 
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa 
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade 
De aceitá-la tal como é, e essa visão 
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

Vinicius de Moraes

Ferve de fevereiro

Marcos Caruso, autor, diretor e ator de teatro, televisão e, é claro, cinema, é o convidado de Natália Lage no estúdio do Revista do Cinema Brasileiro. Confira esse delicioso papo sobre talento, carreira e desafios às 22h15. http://ebcnare.de/1PTmWcB
Posted by TV Brasil on Sábado, 3 de outubro de 2015


Ferve de fevereiro

Aquele céu azul turquesa em desvario me olhou sem fim, 
Aquele pérfido desvio que abrolhou em mim;
Tal tiro de festim que acerta minhas árduas cobiças,
Meus veios, meus velhos/novos embustes e premissas.

Sou andarilho com zelo de outrora malandro sagaz,
Sou saga, lenda, mito ou talvez nem e nada disso;
Abdico da necessidade de expor o que fui ou sou; já expondo;
Paparico a dona rica do amigo, bom, antigo, verde e grená alambique.

Dito-lhe ao pé do ouvido:
“verde-bílis com preto, verde-bílis com branco, 
verde-bílis com verde-nilo, seu primo distante.”
- Li isso em algum lugar; 
Acho que poderíamos repintar e avivar os quatro cantos.

O céu agora nublado e um assanhado sanhaço cantando,
Como um tablado branco e você dançando seus passos;
Foram descentes decentes, goela abaixo, quatro copos “quentes”:
(quatro pingas, quatro santos, quatro amigos, quarenta e quatro anos);
Peça imaginária, som e luminária, alma incendiária e (pra rimar)...
Ela – metade marcante da minha faixa etária.

André Anlub
(4/2/15)

4 de outubro de 2015

Para refletir...

Texto de VLADIMIR SAFATLE

"Quem tem o direito de falar?
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento

A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos.

Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos.

A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo.

Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo.

Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o que não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso discurso".

Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção.

Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados.

Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento.

Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros).

Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai.

No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres.

Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado.

Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada do espaço comum.

Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.

O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um."

Aqui dentro


Posted by Guilherme Ribeiro on Sábado, 3 de outubro de 2015


Aqui dentro

Há um amor que trabalha arduamente por tudo e todos, por dias e anos e até no sem fim. Existe o rugido de uma fera risonha, que toca e cura, enxerga e expurga a semente obscura. Há a melancolia de cartas queimadas, amores deixados em tempos partidos. Há fotos nos porta-retratos sempre alteradas, do preto e branco ao colorido sem brilho. O ontem no calendário, transtornado e aflito por fazerem dele um amanhã vazio. Há boatos de sorrisos, também falos umbigos de mentes mecânicas e corpos esguios; na uva, na ameixa, na seda, na beleza completa da mão que acaricia um rosto pelas manhãs; sem esquecer-se do elemento esticando as curvas em linhas retas de traços rompendo dimensões num ingênuo abraço. Tem limão e tem dente de alho, e o pagão reservou seu lugar para o paladar em sacrifício; agora sai em desafio, correndo no meio fio e folhas deixadas voando dos livros de Ana Cristina, de Sylvia Plath e companhia para outros olhos no cio. (Inspirado no escrito “lá fora” de Ana Cristina Cesar)

3 de outubro de 2015

Amor embriagado



Amor embriagado
- Remédios para uma cabeça retrógrada: uma dose de “amanhã” pela manhã, uma de “acaso” no ocaso e outra de “ironia” ao fechar do dia.

Venha, venha logo, traga o vinho e a taça,
Pois a comida quente e saborosa vai esfriar.
O ar está glacial, deve ser o efeito do ar condicionado
Com minha impaciência e a corriqueira pressão baixa.

Seu amor me implantou uma espécie de dormência,
Algo incômodo que carrego junto à carência. 
Amor fantasiosamente assombroso – casto colosso,
Que me pisa impetuosamente com pés quilométricos
E me acende o sorriso mais um par de vezes.

Por você, a nado, atravesso quaisquer continentes...
Sigo de mansinho ao limbo desconhecido e inóspito;
Escrevo o poema sem nexo, sem contexto e pretexto,
Mas o faço um texto bem-sucedido, laureado e exótico.

Venha, venha logo, antes que acabe esse meu sonho.
Como de praxe: amanhã olharei novamente sua doce foto,
Fecharei meus cegos olhos negros, ainda encharcados de clemência...
E construirei, esculpindo pouco a pouco, o seu corpo ao meu lado,
Com vinho, com a taça, com a pirraça da minha demência
E o meu tenro amor embriagado.

André Anlub
(2/2/15)

Velho reinado do jovem Rei

Morro do PontalPensa num lugar bonito...Think about an awesome place...HD: https://youtu.be/lE9P-_AWmfs
Posted by Trip 7 on Domingo, 13 de setembro de 2015


Velho reinado do jovem Rei

O sorriso para as aves que chegam do infinito; novo abrigo para os que preferem vir pelo mar. Osso para o cachorro ficar, brincar e esconder, caneta para escrever, vitimar e tirar cera do ouvido. A nuvem escura chegou – nuvem prometida; traz chuva, traz vida, regando sedentos. Cá estamos em casa nos embriagando de música; braços e pernas presos, agarrados aos instantes e “Mutantes” na vitrola dos hiantes amantes. Nas mãos o punhado de flores colhidas, nos vasos o intenso cheiro puro da terra; o aquário o clichê de peixes dourados e adorados por exporem a todos suas vidas. Quadros amarelados, pelas paredes, espalhados, cansados da vida no mesmo cenário; atrás deles escondidas, alvas e frias lagartixas devorando todos os insetos devidamente desavisados.
Está tudo certo – absolutamente sob controle: a vida segue o norte que se deu e que se dá... Num grande sacolejar, quase virando o barco: Uns morrem, uns porres, uns nadam, uns nada e uns vivem de molho.
Chamuscaram a loucura no incêndio da alma, pois ela vive na externa, na espreita da cura; Absurda é na artéria, sem medo, correndo vermelha, a paixão suntuosa e frenética, carnal, corriqueira. Seu corpo no meu colo – pode ser agora? Já traço; é o meu rolo... Faço um bolo de amora para o lanche e o lance é você trazer a Coca-Cola.
Vimos todos deixando de ser guiados por outros, vimos tolos pensando em falar a língua dos anjos; lapidamos a escultura da nossa personalidade, amparados, juntos e separados; cada qual no seu trono.

Ponderaões...



Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.