16 de junho de 2015

Nua em pelo, no pulo e num palco



Nua em pelo, no pulo e num palco     
(André Anlub - 28/11/13)

Nadando no gélido lago foi encontrada
(Feliz e pelada) com os pelos arrepiados,
Seus belos cabelos negros cacheados,
E como seria imaginável...
Cantarolando aquela lacônica balada: “...you can’t always get what you want...” - olhos esbugalhados, olhar simplório... perfil de romântica rebelde
Com a sensação de estar nada errado.
- Seria assim que eu a descreveria! E é assim que ela é!
Entre os dias que se passaram em sua vida,
Estão de um lado algumas horas que se petrificaram
Na sensação de não seguir um vil modelo.
Na outra ponta da história (não menos importante)
Fica o momento: replay - déjà vu - oposto de um pesadelo.
Quase sem querer, de repente por estar mais magra,
A aliança caiu no ralo.
(num estalo a lágrima sem jeito a seguiu).

Dueto da tarde (CLXXIX)

Dueto da tarde (CLXXIX)

O palácio limpo e decorado, ouro e joias brilhando e o coração apertado em um pequeno espaço.
O coração é uma casa simples e quer continuar sendo uma casa simples.
A mente, por sua vez, é proprietária de um desmesurado terreno. Vai além das fronteiras, além das barreiras do espaço-tempo.
“Caber no seu espaço” – nada além de um bom sensato conselho tomado por maldição.
“Cada macaco no seu galho” – mas que problema! E se o macaco prefere morar em uma caverna ou em Ipanema?
Depois pede para outros macacos quebrarem o seu galho. Pedido ocioso: o galho vai quebrar com o peso da caverna, com o peso de Ipanema... 
O palácio continua intacto – limpo e solitário –, sem uma morta ou viva alma.
E o coração continua pequenino, oprimido, sufocado, sem ocupar o seu espaço.
Pensou em uma solução simples e clara para os dois casos: repartir/compartilhar o palácio – entregá-lo ao povo, aos menos abastados.
Por dois minutos os menos abastados foram felizes, na sua imaginação. No terceiro, um deles já era o dono de tudo, à força de golpes e truques.
O palácio agora tem novo dono e tudo tem um novo princípio. Ele vaga solitário pelo planeta afora com sua mente e seu coração, que agora dividem o infinito.
Um infinito dentro de casa – que é a única coisa que ele tem, já teve e jamais terá.

Rogério Camargo e André Anlub
(16/6/15)

Manhã de 16 de junho de 2015



Quem sabia o sentido da vida pegou o caminho contrário... Só para divertir-se.
(Manhã de 16 de junho de 2015)

Ele pode discorrer à vontade; na verdade, até o sol raiar... Caso queira! Ele pode ver o resultado de todos os meus pensamentos, até os que ainda não tive. Pode fazer julgamentos e entreter-se comigo, correr na minha frente nas minhas corridas triviais, chorar ou rir das minhas palavras banais, e nos anais da minha assistência, onde reside minha paciência... me persuadir. Ele pode mas não faz; está cá e lá, foi a Noronha e nem me chamou. Safado! Contou-me da onda batendo no rosto e no corpo, da água gelada, da mulher de topless e o tempo mais que maravilhoso. Fiquei com inveja, confesso. Fiquei com remorso de pela manhã não ter aberto a gaiola da mente e deixado, pelo menos, ela ir com ele. Assim me sinto inaudível, quase que aquela famosa gota no oceano; mesmo assim tenho voz – pouca – mesmo que seja um murmúrio... Pois tenho a mania de ter o sestro de ter o hábito – moda – rotina de ter a impressão de que conhecê-lo foi minha epifania. Vai ver foi... Vai ouvir foi... Vai cheirar foi... Vai tocar foi e é. Já vejo as horas e as nuvens passando, e meu argumento sobre ele, outrora colosso, agora vai se esvaindo em fumaça inofensiva e inocente, misturando-se as nuvens e ao tempo, como um breve sonho ou a suave, turva e inexata visão de um ébrio no pico do efeito. Vá e vai logo, quero voltar ao meu bloco de anotações sem sua presença. Ele me intoxica, travando minha escrita e viciando-a no seu próprio ser. É como um andar em círculos; é como uma rua sem saída que até tem saída, mas é nela mesma; é como arremessar o horizonte ao seu espaço e tentar aparar suas arestas; é como uma festa sem sonho, lago sem margem, um banho sem água e a arte sem sua libertinagem. Puxei fundo o ar que cheguei a sentir cheiro de mar, e agora com força e imaginação pego o beco... Quem sabe há alguém para ler-me um poema; quem sabe essa rua vai dar em algum lugar. Caso não dê, caso nem chegue a lugar algum, nem chova ou faça sol, valeu o passeio; pois lá no final sei que ele sempre me espera. 

André Anlub

15 de junho de 2015

Ao amor livre



Ao amor livre 
(André Anlub - 17/2/13)

São muitas as trajetórias do amor,
Notórias escolhas, erradas ou certas.
O sentimento que navega em diversas veredas,
Em caravelas sem rumo
Nos mares inóspitos
Sob o fogo e as flechas.

Há a calmaria do coração silencioso,
Inimaginável adaptação da estrada.
Por onde em sonhos andamos felizes,
Cantando e admirando a natureza.

Também há aquele amor que irrita
E fica na mira dos dedos apontados...

Dos velhos julgamentos,
Das incontestáveis indelicadezas
E umbigos gigantes...

A inveja que beira o pérfido,
A repugnância e a avareza.

Mas de nada adianta, pois é sobre o amor que se fala, e em decorrência dele vivemos.

Eis a paixão palhaço,
Em que coloca-se alegre o nariz vermelho,
Armando o circo no leito
E apertando o peito, 
De jeito (suando as mãos)
Livres dos “nãos” e dos preconceitos.

Vespertinos...

O "macho alfa-jurubeba" mais porreta (e sincero) do Brasil, Xico Sá é o convidado de hoje de Lázaro Ramos, no Programa Espelho. Confira, às 21h30.Veja um trechinho desse papo: http://bit.ly/XicoSÁ
Posted by Canal Brasil on Segunda, 15 de junho de 2015


“Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém!” - Ariano Suassuna 

No embalo:

Gosto de falar “brother”; mas gosto ainda mais do “mermão”.

Só há duas maneiras aceitáveis de uma pessoa ficar sabendo da vida particular do outro: o outro contando e/ou trabalhando no Censo.

Prato bem Brasileiro: 

Caldo de inércias social e cultural, com folhas de "comigo ninguém pode" com raiz de “só eu tenho razão”; pitadas generosas de bocas nervosas, “reclamonas”,  e acomodação! Lembrar-se de tirar a “ação” da receita, pois deixa a mesma com gosto salgada do suor. 

Para não ser prolixo: a meu ver a pessoa colhe o que planta no âmbito machista, ou não. Todos tem o direito de "usar" o corpo como bem entender, e nessa entra o encargo pelas decorrências. Cabe à pessoa colocar na balança se vale a pena ou não. O que não pode ser feito é criar um embate entre o politicamente errado com o hipocritamente correto.
Não é questão de sexismo – mas influencias existem –, e junto com as ações midiáticas desenfreadas torna-se uma bola de neve e de nervos à flor da pele. Vejo esse assunto como um morde e assopra sem fim; mas sempre que o chão some põe-se a culpa no politicamente correto! Tudo que o machismo quer.
"O homem fica com quatro mulheres no final de semana, a mulher também tem direito!", Concordo! mas não seria certo tentar “corrigir” o homem ao invés de "errar" a mulher? De repente sou muito conservador... Vou mudar: amanhã mesmo colocarei um piercing no mamilo.

- André Anlub

Madrugada de 15 de junho de 2015



Dizem que tudo aquilo deu em nada; mas se deu, já é alguma coisa.
(Madrugada de 15 de junho de 2015)

Olho para um lado e olho para outro; vejo um muro alto – obstáculo – soltando seus tentáculos em um peso morto - não vejo nada novo -; e a essa altura do fato já estou farto do mundo me faltar o respeito e não ter, pelo menos peito, de se retratar. O melhor agora é abrir uma Coca-Cola ou um guaraná. Aceito palpite de quem me quer bem, quem está ao meu lado, dá opinião no meu sapato, na blusa, meus anéis e além; aceito o “spoiler” da próxima peça de teatro, do filme de hoje na sessão da tarde, das minhas contas no fim do mês. Quero sim saber o fim, não vejo problema algum nisso. É comum conhecer o final, é tão comum que o livro mais famoso do mundo funciona assim... Agora senti! É cheiro de jasmim; germina no seu ínterim, dá-se vivo no início imperceptível – abrolha –, e acalenta lentamente a mente, as narinas e a posteriori a alma. Não fazia parte dos planos os roubos no pouco tempo vivido em sacrifício ao nada, ao mínimo, à tumba de um Faraó Egípcio (gosto de Hórus) ou um Rei qualquer da Espanha. Vejo aquele ser dividido com a fé, aromatizado pela busca e automatizado pela brusca obsessão de ser o que já era e sempre foi. Veio o som aos ouvidos e a imagem à retina, e quebrando a rotina veio uma força perversa, atroz e atriz, levando-o com pressa sem ponto e vírgula, sem um minuto a mais; mais célere que o absurdo, como um raio no ímpeto de nem se fazer perceber. A história é longa, muitas linhas para contar, os caminhos muitas vezes são falhos e nos pregam uma peça sinistra e indigesta, incontestável ao clamar. Nuvens negras que aparecem atrapalham o nosso dócil piquenique de domingo. A vida é o assim: sopro. A energia desfaz-se no ar, voa e some na morte que subtrai e soma e come e traga e enterra e é negra, branca, amarela... qualquer coisa que queira ser e é; para vir e se mostrar ou se camuflar; ser bandida ou heroína, ser rainha ou vagabunda de esquina... Nada importa, se faraó, rei, rainha, ou outra coisa... Pois é escolha dela. Aquele pássaro amarelo nos deu bom dia, pousou na árvore, sorriu para a vida e nos fitou com esmero. Hoje as montanhas nos chamam; bocas verdes com hálito afável, olhos negros com visão sem limite. Hoje a vida é aquarela – gengibre – com ocre com pinceladas de azul turquesa. Vou esfriar a cabeça, tirar a mesa, lavar a louça e limpar o fogão... Até o próximo piquenique na sala; até o próximo inverno.

André Anlub

Mãe dos libertos

Verdadeiro localismo. O resto é apropriação ou uso compartilhado.Verdadeiro "localismo". O resto é apropriação ou uso compartilhado.Curta: Ecosurf
Posted by Ecosurf on Sexta, 1 de maio de 2015


Mãe dos libertos     
(André Anlub - 10/5/14)

Lá tem tudo e é para quem tudo quer mesmo,
Tem aconchego para moleque travesso,
Também tem o avesso da escuridão.

Tem aquele odor de fruta madura
Que quando ainda verde lhe coube o flerte...

E assim, de repente, pousa contente,
Saborosamente na palma da mão.

Lá tem história com nostalgia,
Tem o poder da cria num belo cordão.

Tem lá o calor e águas de vida,
E intensa ventania, mas só quando há fervor.

Lá tem a mãe, tem a vó e a filha,
Tem a imaculada magia – procriação.

Existe o amor – alegria – harmonia,
Existe o sim e o certo ao ensinar com o não.

Enfim lá tem tudo na fidúcia do afeto
Aos olhos do reto (segurança e abrigo);

Onde prevalece a bonança não há oprimido,
Genitora dos deuses, mãe dos libertos.

Dueto da tarde (CLXXVIII)



Dueto da tarde (CLXXVIII)

Você sabia o tempo todo que o tempo todo você não sabia.
Era a certa incerteza de uma sincronicidade da mais pura idiossincrasia.
Insistia porque era isso, um modo pessoal de funcionar. Funcionava?
Você sabia de quase tudo e o quase tudo sabia de você... Mas não era o bastante.
Nunca é o bastante quando uma pessoa não sabe e sabe que não sabe.
Satisfatório a ela é ela pensar que sabe. Ou até mesmo saber; insatisfatório ao mundo é ela pensar que sabe.
O mundo não sabe o que ela sabe. Mas está sempre insatisfeito. Formam um par perfeito.
Na obscuridade ela sabe claramente onde fica o lume... Sai louca, obstinada e ágil floresta adentro trocando a pilha dos vagalumes.
O mundo gira porque os loucos são “giras”. O mundo vai adiante porque ninguém para. É o que ela sabe.
Por saber de tudo ela não lia mais seus livros, não conversava com amigos, não esperava o nascer do dia e com nada se entretinha.
Ela já se tinha. Ela/você. A pessoa/uma pessoa/você já se tinha. Com tudo isso que a sabedoria chama de saber.
A vida torna-se um círculo vicioso, pois já sabe a largada e onde irá chegar; o seu ser torna-se somente um ser rancoroso, pois ousar torna-se tão somente o verbo arriscar.
Ah, riscar! Riscar dos horizontes o sol do pode ser, o sol do também é e o sol do talvez. Não há talvez. Só há uma certeza: a de que você sabia o tempo todo que o tempo todo você não sabia.

Rogério Camargo e André Anlub
(15/6/15)

No Silêncio do Nada

Melhor cena improvisada de TODOS os tempos!
Posted by AdoroCinema on Segunda, 5 de janeiro de 2015


No Silêncio do Nada (Por nada não)
(André Anlub - 3/8/10)

Escrever é expressão, é dar pressão e se exceder.
É no viver levar o mesmo com mais emoção.
Aos que temem a caneta:
Fiquem imbuídos de lançar a flecha
E terão a certeza de acertar pelo menos um coração.
Os pensamentos são mutáveis,
Assim como a inspiração.
Variam conforme o dia, o clima,
Moldam-se de acordo com o humor,
Com a razão e a dor.
Por isso, ninguém jamais poderá mudar a escrita!
Ela, por si só, já é mutante.
Isso que a torna sempre viva
E deveras interessante.
O renascer a cada segundo 
faz-nos pensar em Coisas novas – novos temas.
Migramos de um ser com o âmago quase Moribundo, 
para aquele que ilumina com sons, artes e poemas.
Faço essas anotações num domingo, madrugada,
Flagro-me escrevendo com os olhos quase fechando 
sob a luz da cabeceira, dentro do silêncio do nada.
Pingos que caem ao chão,
Nuvens nublando o tempo que se arrasta
Em um céu total e ampliado (amor de irmão).
Ouço sons que outrora eram de pássaros,
Vejo rastros de coloridos animais
Voando entre suas pernas e braços
Aquecimentos e afeições (amor de mãe).
Na infância maravilhosa pulando cordas,
Nas bordas das encostas crio asas
E palavras e desculpas inexistem...
Bordões escritos em ovos fritos,
Suas surdas calúnias de salto alto
Atravessam a avenida em um domingo.
Pelos sorrisos de crianças 
Que nunca se perdem, semblante belo,
Imponente e irrestrito (amor de filho).
Invadi o campo inimigo, 
fui render e ser rendido, 
Sem a menor cerimonia, 
sem medo do sentimento, 
Sem convite e sem umbigo.
As veias não mais enferrujam! 
O óleo quente e doce do sangue 
passeia dando Alimento ao corpo, 
dando luz à vida... Adoçando a alma.

14 de junho de 2015

Três para esta tarde...

"A Burrice"
Posted by Francisco Filho on Quinta, 11 de junho de 2015




NI UNA MENOS/NENHUMA A MENOS

“Nenhuma a mais” foi um verso de repúdio às mortes de mulheres em Ciudad Juárez, no México. O verso de Susana Chavez Castillo determinava um limite: nenhuma morta a mais. Não aceitaríamos mais a morte mulheres. E quando falamos nós, nos referimos a todas as mulheres unidas em torno desse “NÃO” rigoroso. Um “não” capaz de nos manter unidas e solidárias. Um “não” que estabelece os limites do intolerável e do inegociável no que se refere aos feminicídios na América Latina. Um “não” capaz de criar uma comunidade.
Susana Chavez também foi vítima de feminicídio. Aos 37 anos, ela morreu por ser mulher. Morreu por defender os direitos das mulheres. Susana não é exceção. Todos os dias mulheres são mortas no mundo inteiro pelo simples fato de serem mulheres. A violência contra a mulher ocorre em todos os países, em todos os estados, em todas as cidades. A violência contra mulher não tem fronteiras. O nosso “não” coletivo também não pode ter limites. Não podemos assistir as mulheres argentinas tomarem as ruas e não fazermos do grito delas o nosso grito. O grito delas é o nosso grito. Porque a dor delas é a nossa dor: NENHUMA A MENOS/NI UMA MENOS.
Toda participação é importante: toda mão que segurar a outra, toda voz que se levantar é importante. Mais do que isso: é a condição para que muitas mulheres não sejam mortas como Susana. Não sejam mortas como Elisa Samúdio, Eloá Pimentel, Claudia Silva Ferreira, Daniele Rodrigues Feitosa, Laís Rodrigues Castano e tantas outras mulheres brasileiras e latinas.
Mulheres que puderam ser protegidas pela nossa união: “eu me rebelo, nós existimos”. Não existe emancipação individual. É o momento de perceber que estamos interligadas, embora nossos grilhões tenham pesos diferentes: alguns mais leves, que nos permitam caminhar e ter alguma fantasia de liberdade. Outros mais pesados e imobilizadores. Estamos interligadas. Toda mulher pode morrer por ser mulher. No Brasil, a cada 90 minutos, uma mulher é morta. Um dos maiores legados de Junho é a compreensão de que as ruas são nossas. Vamos ocupá-las. A primavera é feminista. É contra o genocídio de mulheres. É sem fronteiras. É por uma liberdade real. A liberdade real é a liberdade de todas.
Assinem o manifesto deixando o seu nome ou o nome de um coletivo, ONG ou partido político. Enviem textos, fotos, artes para a página. Chegou a hora de nos reconhecermos e nos unirmos. Não podemos aceitar que as nossas experiências sejam estilhaçadas ao ponto de não nos reconhecermos em outras mulheres. De lutarmos para sermos diferentes de outras. Para não sermos como as outras. É essa fragmentação que retirou as nossas forças. Não mais. Vamos romper estes limites estabelecidos para que não haja mobilização. Juntas somos fortes. Nenhuma mulher a menos. Nenhuma morta a mais.

Dueto da tarde (CLXXVII)



Dueto da tarde (CLXXVII)

O cheiro chega mansinho e arrasando, parece dar colorido ao local.
Toma conta e faz as contas: o mundo é grande, mas ele também.
A mentira esconde na terra sua cara e a verdade retorna célere do além; a terra torna-se improdutiva enquanto o além protesta pelo retorno da verdade.
O aroma do inconformismo se espalha: não é possível viver com tanta morte.
A sorte estava lançada: vamos erguer nossas espadas, acender os incensos e nos doar por inteiro.
A promessa de um mundo novo no grito do mundo velho. A promessa da renovação na ânsia da permanência.
A carência de cor em pleno arco-íris no céu. Ao léu, jogados sem escrúpulos, estão tudo e todos.
A novidade é a mesma de sempre. A surpresa é estarem todos ali como sempre estiveram. E um vento quente, abafado, fazendo as vezes de alívio.
O corriqueiro estava ausente, banalizou o momento e resolveu só voltar na próxima sexta ao cair da tarde.
Enquanto isso, é isso. E aquilo que poderia ser vai-se também diluindo em um aroma de frustração.
Aparecem quatro pegadas de entendimento e o cheiro ao mesmo tempo transmuta em algo bom. Um aroma de nova residência com misto de sexo e inocência jamais visto no real ou na imaginação.
É o velho mudando de casa, dando uma tinta nas paredes, trocando os móveis, trocando as roupas, trocando os trocados.
É o novo que surge do velho e reaprende coisas novas mantendo e ensinando as antigas: velhas canções em novas vozes e velhas vozes em novas canções.
Tudo igual diferente, tudo diferente igual. É sempre a vida, mais que tudo, com o sopro de tudo que tenta ser maior do que ela. 

Rogério Camargo e André Anlub
(14/6/15)

13 de junho de 2015

Revista “Cá Estamos Nós” - Junho 2015


Morre Fernando Brant


Morre Fernando Brant, escritor e compositor mineiro. Em 1967, Milton conseguiu convencer o então hesitante Brant a escrever sua primeira letra. Era “Travessia”, composição que, no mesmo ano, ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro.
Morreu às 21h20 desta sexta-feira (12), aos 68 anos, no Hospital das Clínicas, o jornalista, escritor e compositor mineiro Fernando Brant, depois de complicações em uma cirurgia de transplante de fígado.

Clube da Esquina:

No início dos anos 60,  Fernando Brant conheceu o amigo Milton Nascimento. Em 1967, Milton conseguiu convencer o então hesitante Brant a escrever sua primeira letra. Era “Travessia”, composição que, no mesmo ano, ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, funcionando como o estopim da carreira de sucesso de Milton. Em 1969, conseguiu trabalho como jornalista na revista “O Cruzeiro”.

Nesse mesmo ano, em Belo Horizonte, Brant e os amigos começaram a articular o projeto que se tornaria o Clube da Esquina. A parceria com Milton, Lô Borges, Tavinho Moura e outros membros do Clube mostrou-se muito produtiva, gerando mais de 200 canções, entre as quais há clássicos como “San Vicente”, “Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)”, “Ponta de Areia”, “Maria, Maria”, “Para Lennon e McCartney”, “Canção da América” e “Nos Bailes da Vida”, entre muitas outras.


Fernando Brant gravou um depoimento para o Museu do Clube da esquina contando sobre seu envolvimento com o grupo:


Saiba mais: http://www.otempo.com.br/cidades/morre-fernando-brant-escritor-e-compositor-mineiro-1.1054415

Sentindo-me

ABSURDO! Madeireiras mentem, o Governo compra a mentira e quem paga o pato é a floresta. Documentação oficial...
Posted by Greenpeace Brasil on Terça, 9 de junho de 2015


Sentindo-me

Hoje acordei meio zonzo, perdido, a perigo... 
Sem prefácio!

E o difícil, com as horas, se fez fácil.
Vendo a delicadeza da natureza e seus contornos, 
Seus adornos e suas purezas...
Sinto-me mais humano e mais frágil 

Tão frágil quanto a própria beleza
Que se desfolha nas mesas
Destes dias tão covardes
Sinto-me invernar as verdades! 


Mas de certa forma poética desato a falsa ética
Encaro meus insones medos
Solto nos meus brados, meus segredos
Divulgo as singularidades. 

Abraços dados entre dedos
Almas difusas em linhas
Poemas nascidos sem rinhas
Poesia brotando em harmonia 

Hoje poderei dormir mais leve, mais breve... 
Sem epílogo!

As horas são minhas escravas...
E com a chibata da inspiração e sem mais nenhuma cobiça
A faço submissa...
Cravo minhas clavas.

André Anlub e Márcia Poesia de Sá

É a hora de Botticelli pintar-te


Atingimos a marca de 200 mil apoiadores para projetos no Catarse! Assista ao vídeo e veja tudo que já realizamos juntos....
Publicação by Catarse.


É a hora de Botticelli pintar-te     
(André Anlub - 22/6/13)

Tu és a oitava maravilha do mundo.
És amor, nostalgia, atualidade,
A alegria que criaste ao redor.
No suor da tua labuta, 
Na gota do teu pranto,
Há o brilho da vida minha, 
Há o tempo que é nosso dono.
Fizeste meu ar mais ameno, mais leve...
E em breve momento
Fizeste nosso destino,
Que agora eternizado.
Tens nas mãos a magia,
O poder de dar vida no que tocas.
Tua fala levanta longo voo nos teus cantares,
E na pequenez de curtos versos
Nascem grandes histórias,
Cordéis... dos melhores.
Digas sempre sim,
Minha alma carece deste afago,
Deste amor,
De teus flertes.
Foste lá:
No colorido do novo mundo,
Onde os poetas sorriem
E erguem castelos,
Onde os martelos
Penduram belas pinturas,
Onde esculturas são vivas e beijam,
Onde há o amargo só nas frutas mais verdes.

12 de junho de 2015

Essa é para a amada...



A Você    
(André Anlub - 4/5/08)

A você dedico meu tempo,
Termino meu verso,
Estampo meu cansaço no corpo e na alma;
Desperdiço meu sangue que já é pouco.
Choro muitas vezes por um sorriso,
Outras por nada.
Abaixo a cabeça,
Me calo, me inclino,
Reverencio,
Aceito.

Meu Sangue

One of the first trips I did using the original @GoPro hero HD    :)  This was an awesome day filming Mancino Roberta off the KL tower in Malaysia. Super fun jump and an even more fun trip   :)  Roberta was a rock star from the very beginning    :)
Posted by Jeb Corliss on Sexta, 12 de junho de 2015


Meu Sangue
(André Anlub - 4/1/13)

Voo entre a terra e o céu,
O sonho que crio na escrita.
Lua que derrama no papel,
Sol que desbanca na tinta.

Vivo em copiosa adesão:
Fome e vontade de comer.
Tudo na mão e contramão,
Auge do exagerado querer.

Noto o sangue correr ligeiro
Tragando minhas entranhas,
Travestido em mil façanhas.

Noto o vermelho em cores,
Transformando dor em amores;
Poesias são alimento e anseio.

A realidade concorre
Com minhas vertentes,
E elas, céleres e insanas,
Sempre saem na frente.

“Rabiscador” do mundo,
Homem que voa.

Dueto da tarde (CLXXVI)

Dia dos namorados - Dia dos casados - Dia do comércio - Dia Contra o Trabalho Infantil...

Não canso de ver esse vídeo, faz-me sentir extremamente bem e agradecido aos deuses por terem-me dado essa aptidão de refletir do jeito que reflito, e eu (feliz e satisfeito) ser do jeito que sou. É sabido que cada um é feliz do jeito que quer; mas existe o "Matrix", e se nunca for descoberto o sujeito morre "feliz"... Mas caso seja descoberto com a idade (o que geralmente acontece) é um baque muito forte, falta chão, perspectiva e norte...  Muitos não suportam tal angústia. Então, afinal, fica difícil deixar quaisquer votos, pois para cada um o resultado é diferente e fica quase impossível prever. De qualquer forma tudo de bom a todos e muito amor. 


André Anlub



Dueto da tarde (CLXXVI)

Tropeçou numa resposta e ficou procurando a pergunta que a perdeu ali.
Interrogações batem asas, caminham, correm e nadam em seus pensamentos.
Será que isso, será que aquilo? Ou importa mais cuidar dos dedos, que ficaram doendo?
Buracos, declives e lombadas à beça... Tem que asfaltar, colocar corrimão, acostamento e sinalização nessa bufona cabeça.
Falta um Código Pessoal de Bom Trânsito. Disciplina para o que vai e vem. Para o que pergunta e o que responde. Falta? Os dedos doem demais...
Vão-se os anéis rodoviários e ficam-se os dedos; vão-se as estações de ônibus e ficam as do ano... E a cabeça ainda cheia de buracos e interrogações.
Talvez uma boa providência imediata seja calar a buzina. Pelo menos já instalou faróis de neblina...
Tropeçou numa pergunta e ficou encucado, pois já tinha uma resposta antiga.
Pergunta e resposta: um par de sapatos? Um par de rodas para a motocicleta? Um par de lentes para os óculos? Os dedos não param de doer. Agora simetricamente.
À rodovia um adendo: espera sua travessia outra vez. No horizonte o talvez da sua chegada incólume... Apesar dos dedos doendo.
Encosta num belvedere. Fica olhando o viaduto que vai do nada pra lugar nenhum. E conclui que talvez seja hora de simplesmente olhar por onde anda.

Rogério Camargo e André Anlub
(12/6/15)


Uma pulada de cerca

A Timelapse of Illustrator Patrick vale Drawing a Huge Pen & Ink View of the New York Skyline!www.artFido.com/popular-art
Posted by artFido - fetching art on Sexta, 12 de junho de 2015


Uma pulada de cerca
(André Anlub - 31/5/12)

Descreverei:

O embuste e o arcano entram pelo cano 
Quando se descobre o amor...

Descem aquém do ralo,
Perdem o faro como um cão sem dono.

O amor é colosso,
Multicolorido e de aura desmesurada...

Por si só já é um exército,
Não necessita armada nem patrono.

Manda calar em silêncio
Desmascara a arrogância,

Jamais conheceu a ganância
Tampouco a demência.

Mas o amor pode ser confundido...
Por um ser oprimido
Que arquiteta sua inocência.

Como uma alta montanha
É a deleitosa paixão...

Mas não esse monte que logo vem na mente 
(com neve).
Está mais voltada para uma muralha 
(um vulcão).
Pode ficar eternamente em uma vida 
(ser breve)

(...) Ou deliciosa e passageira emoção.

Em suma:

Agarre-se nessa dopamina,
Se dope do casto e verdadeiro anseio,
Arrume um meio de dobrar essa esquina,
Depois retorne a rua calma da sua história.

11 de junho de 2015

Fui com Dora

Gênio ruim - Momento PiadaGênio ruim - Momento Piada
Posted by Adilson Costa on Quinta, 11 de junho de 2015


Fui com Dora
comer codorna
(uns ovinhos)
na mesa do bar, um chopinho
ouvindo Bach, Chopin, Vivaldi... 
viva o dia, viva à noite!
Tudo manso, mero mosaico
e à mesa, o flerte
na música
de Mozart.
A dois na rede
me faço breve
e lasco um beijo!
viva a natureza
verde que te quero Verdi.

André Anlub®
(22/1/14)

Poesia – noite e dia –, há quem faça teu voo até sem asa.


Posted by Sith TV on Segunda, 6 de abril de 2015


Do chão ao empíreo
(André Anlub - 29/03/13)

Vou fiscalizar nosso termômetro da relação
tem que permanecer além de quarenta graus.
E nossos complexos e imensos litorais
sempre agitados com grandes furacões.
Mas está tudo de bom
gostamos assim.
Devemos manter sempre os pés no chão
e deixarmos tranquilamente o girar da bola.
Mesmo com as areias quentes, queimando
e nada mornando o mormaço na cachola.
Deixei a vaidade ir embora
e na raça e coragem
apertei o cinto e a embreagem
engrenei a quarta
arregacei as mangas
pois já passava da hora.
E, voltando ao furacão
que carrega tudo por onde passa
demolindo paredes sólidas
abalando alicerces
“liquificando” a massa
e deixando escombros no chão...
A queda nos obriga a levantar a cabeça
reconstruir com paciência
cada passo, cada tijolo
cada pecado e cada inocência.
Erguendo-se mais rígido e harmônico
com o cimento da convivência.

Morreu aos 85 anos Ornette Coleman

Morreu aos 85 anos de idade o jazzista Ornette Coleman. Segundo informações do site The New York Times, a causa da morte do músico foi parada cardíaca, informação confirmada por membros da família de Coleman.
Um dos responsáveis pela consolidação do Free Jazz - estilo marcado pelo experimentalismo e novas interferências estéticas dentro do gênero -, Coleman ganhou maior destaque em 1959, quando apresentou ao público o clássico The Shape of Jazz to Come.
Em fevereiro de 2007, o saxofonista que já trabalhou com artistas como Yoko Ono, Lou Reed e Jerry Garcia (Greatful dead) foi homenageado, recebendo um prêmio Grammy especial pelo conjunto da obra.

Ponderações vespertinas

This is a 130ft deep cave in Palau called the temple of doom. Turtles will hide inside to escape predators and loose...
Posted by Jeb Corliss on Quinta, 11 de junho de 2015


Gosto de ver-te pensando, assim, distraída.
Cresce minha alegria de uma bucólica expectativa
do teu regaço – braço – amaço – teu espaço em mim.

----

Aves que voam no além-mar
Sentindo a salinidade existente
Liberdade de tocar a epiderme da vida.
Aves migratórias de voos extensos
Atravessam continentes com suas asas enérgicas
A brisa é sua amiga e confidente
O homem aqui embaixo
Plantado!
Confinado na inveja.

----

As gaiolas se abriram, voam os pássaros rumo à vida.
Falham as bombas e pombas de branco se pintam.
O mundo esquece seu eixo, gira em toda direção...
Pira sem nenhum desleixo, sem a menor ambição.

----

Quero ouvir a verve gritando
Ao mundo, ao pouco,
Como louca rara.
Preciso da sua leitura
De corpo nu em noite tão escura
Que nem estrelas deram as caras.

----

Passou pelo pequeno buraco da agulha
como um raro e sensato camelo franzino. 
Deixou ao relento seu ego sozinho
e jogou num bom vento os versos nas ruas.

----

Nomeada como imperatriz de amores
que ganha de súbito
sua coroa, trono e sonho
se aproximando do súdito
com suas suntuosas flores.

André Anlub

madrugada de 11 de junho de 2015


Está no sol, mas nem percebe; está na chuva e passa sede.
(madrugada de 11 de junho de 2015)

Todos dizem em voz alta, em alto e bom som, em tom de pura sinfonia com enorme euforia, sem ironia e sem sabotagem, com emoção e pura paixão. A palavra sai solta no ar no caminho que foi imposto... como um castigo. Conjecturas à parte: quatro letras, quatro lindas estrelas.  Presunções à parte: se divide corretamente em duas vogais e duas consoantes. Apoia-se no democratismo, se abriga na coerência das suas idiossincrasias; seja noite – seja dia, dança e canta conforme a música. Tem sonolência, tem ansiedade, há a vontade de estar à vontade para sempre estar. É a hora de se deitar e relaxar; vir e ver o buscar de uma nova meta, de certa cota de colossal comprometimento e entusiástica razão. Há casos raros: entre enormes muros de pedra, na sombra e quase sem água, nascem as rosas. No subconsciente está no mar, aquele mar calmo de sonho bom. Agora foi ao parque comprar algodão doce, salsichão e tomar sorvete... Diverte-se. A vida é curta de tempo escasso, e ao levantar o braço ao acaso o relógio pesa. Os olhos procuram acordar para a realidade irreal, colocar a pitada de sonho em tudo, colorindo e enfeitando a grande farsa da vida aos dentes. Bem no estilo vingativo – dá e recebe –, vai levando sua vida empurrando com a barriga e às vezes com as mãos mesmo. O corte foi preciso, e foi preciso cortar e cortar os desgastes. Cai do céu uma chuva, será que molha? Será que seca? Acho que ele sabe o segredo mais bem guardado... o segredo que foi gritado aos quatro cantos, em voz alta e bom som. Somos vítimas e não culpados, somos armados de um lado com a disposição de amar, do outro a imaginação de um mundo armado como um circo. Somos a voz alta e o jogo de dados e não as fichas.


André Anlub

A lisura da mentira mais pura

Uma das mais lindas e conhecidas obras de Frederic Chopin. O Nocturne Opus 9 No 2 em Mi bemol. Nocturno eh um estilo de...
Posted by Fabio Lima GuitarGamer on Segunda, 11 de maio de 2015


A lisura da mentira mais pura      
(André Anlub - 24/10/13)

Toques de melancolia e enfoques de respeito,
E o grito ecoa, assim: saindo do peito.
O ar rarefeito e o vai e vem de pernas,
Acorda – hiberna, como alguém havia dito.

Na cabeceira os anéis de ouro branco, 
O pranto nos olhos reflete no espelho.
As mãos lavadas na pia do banheiro
E na cozinha a sinfonia de um ovo frito.

Uma caixa se abre e aquele lindo presente,
Que lembra o passado e prevê o futuro,
Que faz inoportuno me dizer doente,
E assim, tão ausente, enraizar no escuro.

Eis o calor dos novos tempos,
Nas fronteiras ultrapassadas que lapidam os dias,
Nas vias congestionadas por carros e catarros
E o odor do suor mais limpo da história
Que se espalha aos ventos.

E há o doce momento (uma dentada na fruta)
A amada desfrutada na tonalidade da vida
Nos botões das flores e nos de liga e desliga. 

10 de junho de 2015

Post Vitam

O Rio de Janeiro foi a cidade que mais recebeu navios negreiros no mundo. "Quando chegava, você era tratado como animal. Se não era jogado na vala para morrer de fome ou da doença que trazia do navio, era levado para a casa de engorda, como engordar um animal para matar no fim do ano. Não tinha respeito de ser humano para ser humano", disse historiadora.O Caminhos da Reportagem retratou os ecos da escravidão, assista na íntegra: http://ebcnare.de/1IyMXxM
Posted by TV Brasil on Domingo, 17 de maio de 2015


Post Vitam
(André Anlub - 28/3/13)

É intrusão essa voz na minha cabeça
Repetindo por horas e horas
Em diferentes idiomas.

São crianças, mulheres,
Homens e idosos.
Vozes roucas – vozes loucas
Sussurros e gritos.

Às vezes emudecem,
Mas em curto tempo voltam.

Vozes eufóricas que dizem coisas desconexas...
Falavam de amor,
De entrega;
Falavam de salvação,
Companheirismo,
Tudo que pra mim já estava enterrado.

Criticavam-me – bajulavam-me,
Jogavam rosas e depois pedras.

Por fim, desisti!
Aceitei as vozes e seus conselhos,
Deixei cair minhas máscaras.

Saí do meu ostracismo egoísta,
Fui me arriscar com mais afinco,
Viver mais intensamente
E fincar minha bandeira branca
Em terreno inimigo.

Post vitam...

Caminhando na praia
Com meu bloco de notas,
Rabiscando pensamentos,
Seguindo sentimentos,
Encontrei uma antiga paixão.

Aquela que marca como marcador de gado,
Deixando uma cicatriz impossível de esquecer.

Ela disse estar com saudade
E ter toda a liberdade para um novo começo.
Meu coração já enferrujado
Fez-se novo, jovial,
Fez-se outro...
Heavy metal.

A recomendação do meu ego
Era não se alongar na conversa.
Mas não havia mais máscaras,
Nem amarras, nem pregos,
Tampouco cruz ou pressa.

Procurei dois coqueiros,
Amarrei minha rede,
Saciei minha sede
E me permiti ser feliz...
(mais uma vez).

Borbulhas internas (março/2009)


Clique e confira este episódio na íntegra >> http://bit.ly/GREgoriOGregorio Duvivier conversa com Laerte sobre a...
Posted by Canal Brasil on Quarta, 10 de junho de 2015


Borbulhas internas (março/2009)
(Márcia Poesia de Sá e André Anlub)

Tua língua, famigerada alma
Que me adentra os ouvidos
Embora surdos, mas sensitivos
Aquecem os sentimentos
Enobrece a libido
Acalmam tormentos
Evolucionam hormônios
Pintam os dias em “gray”
Enquanto te vejo em meus sonhos
Tudo absoluta certeza
Sentimentos, fraquezas
Calafrio desumano
O homem liquefeito de desejos
A mulher, o maior de todos os defeitos
O abraço a perfeição em devaneio...
Transformam dias em noites
Água em pedra
Teu amor em verdade
E um poema com total serenidade.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.