7 de abril de 2015

Foi hoje na madrugada

INCRÍVEL! O músico Wojtek Pilichowski, surpreende em um lindo solo de Baixo!
Posted by Cifras on Terça, 24 de junho de 2014


Foi hoje na madrugada
(André Anlub - 11/3/12)

Querem saber o seu verdadeiro nome,
Anseiam que diga seus mais secretos mistérios,
Depois irão espalhar aos quatro cantos e ventos,
Assim talvez possam beber na sua fonte.

Não que seja pecadora ao extremo...
Que confesse com afinco o passado e o presente.
Sei que sou afetuoso e inexperiente,
Pois meu coração está absolutamente enfermo.

Posso ouvi-la gritando por dentro,
Sentir o seu ventre ininterruptamente clamar:
- quero novamente arriscar um rebento,
Pois sei que você sabe exatamente o que é amar.

E vem me dizer com olhares irrigados:
- essa noite eu o vi em um maravilhoso sonho,
Abraçado comigo era belo e afetuoso,
Voávamos por sobre a Ilha de Páscoa,
Carregava-me nos braços, batendo suas asas.

Assim choro junto! E ela continua:
- tinha o seu rosto de quando era pequeno
sorriso, feição e discurso sereno.
Vi-me abençoada e regada em satisfação
Criei esse filho em minha imaginação.

Na raiz do dom

Atenção, rockeiros da madrugada! À 0h15, o diretor Vladimir Carvalho expõe seu lado cinéfilo no programa "Faróis do Cinema" e, logo na sequência exibiremos seu documentário "Rock Brasília - Era de Ouro"! Veja mais >> http://bit.ly/RockBRAss
Posted by Canal Brasil on Terça, 7 de abril de 2015


Na raiz do dom 
(André Anlub - 8/6/14)

A lava incandescente esfriou-se 
Deixou seu toque, deixou sua marca...
Na raiz do dom brotou a escultura.
Tornou-se uma espécie de diamante;
Como se habitasse o cerne de um vulcão
Com sua mente até o momento na vadiagem.
A imaginação no foco extremo em reflexão
E é erma a ínfima preocupação,
Pois assim cresce a suntuosa viagem.
Há o segredo escondido nas chamas,
Canção rara, afetuosa e leve,
Letra que derrama em sonho breve
No mistério do império na miragem.
Há o manuscrito de um Deus cintilando aos olhos,
Nas minhas, nas suas e nas leituras de todos.
É o ritmo dos jogos,
Parábolas com flores,
Pássaros pousados em bonecos de neve.
Vem à faísca em inspiração,
Veio o derramamento das tintas
Em mãos poéticas de mentes abertas
Em vozes de alerta.
Foi no ponto final ou nas três letras do “etc.”...
Ainda em algo abreviado de tal ser banal,
Ser errado que jamais o é,
E como transforma (-se)!

Veio novamente em nós,
Fez criação e liquefez na ação
E se tudo der certo em breve retorna.

Dueto da tarde (CXVII)

Trabalhador: querem tirar os seus direitos!Conheça o Projeto de Lei que pode atacar a CLT e os direitos dos trabalhadoresO PL 4330, que libera a terceirização para todas as atividades de empresas entrará na pauta do Congresso. As entidades trabalhistas acusam o projeto de, na prática, legalizar o desmanche da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), retirando direitos da classe trabalhadora e proporcionando aos setores patronais segurança jurídica para manter e até mesmo ampliar a precarização das relações e condições de trabalho.Centrais e movimentos vão às ruas contra o PL da TerceirizaçãoCentrais sindicais e movimentos populares do campo e da cidade realizam nesta terça-feira (7) manifestações em todo o Brasil para barrar a votação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei 4330. Os atos em todo o Brasil serão também em defesa da saúde pública, da democracia, dos direitos dos trabalhares, da Petrobras e das reformas política, tributária e agrária. Combate à corrupção e a necessidade do marco regulatório das comunicações também estão na pauta.Segundo o estudo “Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha”, produzido pela CUT em parceira com o Dieese, O Brasil tem atualmente, 12,7 milhões de trabalhadores (6,8% do mercado de trabalho) terceirizados, muitas em vezes em condições de subemprego e análogo à escravidão. A pesquisa mostra que os terceirizados ganham menos, trabalham mais e correm mais risco de sofrer acidentes, inclusive fatais.Em dezembro de 2013, os trabalhadores terceirizados recebiam 24,7% a menos do que os que tinham contratos diretos com as empresas, tinham uma jornada semanal de 3 horas a mais e eram as maiores vítimas de acidentes de trabalho.Dos 10 maiores grupos de trabalhadores em condições análogas à de escravos resgatados entre 2010 e 2013, 90% eram terceirizados.No setor elétrico, segundo levantamento da Fundação Comitê de Gestão Empresarial (Coge), os trabalhadores terceirizados sofreram 3,4 vezes mais acidentes fatais do que os efetivos nas distribuidoras, geradoras e transmissoras da área de energia elétrica.#Dia7DiaDeLuta
Posted by Podemos Mais on Terça, 7 de abril de 2015


Dueto da tarde (CXVII)

A água fria na cascata, tempo gélido, céu gris, bruma pairando baixa pela mata e o sortilégio de um aprendiz.
Passos cuidadosos medindo o perigo e a segurança, colocando os dois numa balança, com a atenção de quem avança e a predileção pela alegria. Bem, era assado e assim que se dizia.
Olfato apurado: adiante há algo interessante. Mas só um ignorante avançaria sem medir o que pode e o que poderia.
Olhos de Lince no lance: há rastros largos que um leigo dirá ser da chuva. Dá chuva? nem chovendo!
Olhos de lanceiro lançando-se, mas com cuidado e método, com método e atenção, com atenção e cuidado.
Vê por todos os lados, e vê por dentro e por fora, e vê até além dessa bola: o tudo exposto em um porta-retrato.
A água fria da cascata pode ser a água quente da cascata, a água fervente da cascata e a mata, que mata, pode (deve?) dar vida.
Quem sabe a vida espera à frente e curará no mundo toda ferida – moléstia do doido doente que tudo tem mas nada presta.
O quem sabe é um “quem sabe?” Por enquanto é aqui e agora, um passo depois de outro, uma espreita depois de outra.
O rastro largo a cada pensar vago o deixava ainda mais fuçador; a água fria presta-lhe o banho e o sol não deu as caras, mas emprestou seu calor.
A floresta é o que resta e não se presta a descasos. Avançar sempre, mas com estratégia. Régia recompensa? Talvez, mas pouco importa. Tirando para sobreviver até amanhã já está ótimo.

Rogério Camargo e André Anlub
(7/4/15)

Billie Holiday completaria 100 anos nesta terça-feira

"Exposta como vítima e criminosa, cantora, para além da voz imortal, foi ícone da luta pela igualdade racial

Poucas cantoras representam tanto para um conjunto de gêneros musicais quanto Billie Holiday. Talvez porque nunca tenha de fato interpretado uma canção, mas sim personificado a tristeza que carregava na alma e despejava no palco. Ninguém jamais cantará o blues, o jazz e o soul como Billie cantou.


Nascida Eleanora Fagan há exatos 100 anos, em Baltimore, filha de mãe solteira, teve a típica infância rica em privações que uma criança pobre e negra teria nos EUA da década de 1920. Quase sem acesso a escola e passando a maior parte do tempo sozinha, foi criada em lares adotivos onde foi vítima de abuso sexual e acabou em um internato católico. Quando saiu, partiu para Nova York, onde a mãe tentaria recomeçar a vida."

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2015/04/billie-holiday-completaria-100-anos-nesta-terca-feira-4734790.html



Preto e branca
(5/6/13)

Garanto minha frágil presença
No pensamento mais estranho
Que remete ao pesadelo
Da minha pele pintada de branco.

Enxergo essa minha entrega
Em reflexos de uma lâmina cega.
E de maneira sutil, tão simples,
Transcendo ao corte seguinte.

Em doação que faz mistura,
Nossas cruas carnes nuas
Fez contraste no arraste,
Na queima que é de praxe,
Do protocolo em leitura.

Ah, minha branquinha!
Bebemos na água pura.

Pegue o banco e a caipirinha
Venha sentar-se ao meu lado...

(desnuda – noite - minha)

O calor da Flor



O calor da Flor 
(André Anlub - 18/11/14)

Prefere a Natalie a Keira, mas isso é outra história!
Aproveitando o gancho, a deixa, dá-lhes os loucos amantes, sempre por ai, largados e atinados.
Há um poeta que tem amor platônico,
na verdade são tantos... antagônicos e adjacentes... 
(por que não insanos?).
Prefere, no inverno, usar um cobertor de orelha,
ao invés de um casaco de pele, desses de pele de ovelha... 
e ele escolhe, acolhe e se recolhe no conforto do lar e do sonho... (bardo sonhador).
E sonha! sonha em se abrigar do frio com o calor da Flor... 
(é, ela mesma! a Maria).
É franco, modesto e aprendiz; é raro um sujeito assim, muito raro; 
tem a alcunha de “Macuquinho-preto-baiano”, e não há engano: é bem assim!
Na luz dos olhos verdes, azuis ou pretos,
no bate-papo na cama, caminhando pela praia ou na rede da varanda, nas várias opiniões contrárias, 
nas várias ações que valham o tempo sublime em comunhão... sempre entrega seus pontos.
Vem, acorde-o, puxe uma cadeira e sente-se;
Prepare a paciência para ouvir seu longo sermão.
Depois surgem histórias lindas, poesias doces e inúmeras canções. 
Irão servir também uns trecos para acompanhar: canapés com camarões e azeite de dendê, sucos de frutas raras, amor verdadeiro e música “démodé”. - Lembra-se daquele boneco de ventríloquo?
Resolveu ser astronauta, mas não conseguiu!
Mas pelo menos agora ele se mexe sozinho,
Fala o que quer e deixou de ser menino.

6 de abril de 2015

Dos desafios

"Embarque nesse carrossel onde o mundo faz de conta, a terra é quase o céu..." ♫♫♫
Posted by Catraca Livre on Segunda, 6 de abril de 2015


Dos desafios 
(André Anlub - 2/8/12)

Sentinelas do mais profundo amor, vejo pela janela as folhas e pétalas que caem pintando o chão... 
formam os tapetes dos amantes, síntese da emoção de todos os seres vivos.
Já tentei deixar de ser romântico, ver o mundo em branco e preto, lavar bem lavado meu despeito e organizar minha semântica.
Pego a massa e faço o pão, uso a farinha que vem do trigo; existe aqui dentro um insano coração que se materializou tão somente por você.
Vai dizer que me embriago por não tê-la, sons antigos na vitrola e deito-me em posição fetal... estou fraco para o viral e depressões e forte para construir minhas teias. Em absoluto desafio... quero ser chefe dos meus desatinos levantando e regressando à caminhada, vestindo minhas melhores roupas e colocando meus anéis... (fazendo o que sei fazer de melhor).

Cantar pra subir


#tvCarta Jonathan Duran é pai adotivo de um menino negro. Há pouco mais de uma semana, ele denunciou um caso de racismo...
Posted by CartaCapital on Segunda, 6 de abril de 2015


Cantar pra subir 
(André Anlub - 25/6/14)

Da boca só se ouvia aquele timbre suave 
Que soava na nuvem fazendo canção;
O sol sorria rasteiro e olhava cabreiro
Certo campeiro de cabeleira rastafári;

Chegaram o broto de feijão e o camarão
Trouxeram a tatuagem da maresia na pele e a santa festa “al mare”.
No horizonte o vermelho entre dois apreciáveis coqueiros
Que formavam aquele meu e seu (nosso) coração.
Talvez no mundo haja muito de injusto acontecendo,
Mas naquele momento, ali, só festejos;
Nada de ser herói tampouco bandido,
Das bocas agora, ao sol e a sós, só o estalar dos beijos.

A vida estava tão boa que aproveitando a garoa
Todos se desnudaram vestidos:
Eram confissões de pecados insurgentes,
Pensamentos e elos perdidos,
Eram tantos caracteres maus e travestidos,
Que há escassez de caracteres para escrevê-los.

Agora a felicidade foi ao extremo
E conseguiu atenção...
Agora grita quem já foi pérfido:
“Todos nus, todos nus... será que posso?”
A sensação de mais gengibre no quentão,
O balão subindo com o silencio a se esvair.

Vai cantar pra subir sacolejando o corpo
No branco na roupa ao avivado da emoção.

O amor endossa, emboça e adoça a vida.

Dueto da tarde (CXVI)



Dueto da tarde (CXVI)

Quase nenhuma chance de alguma chance ser quase: todas querem tudo.
Tenta cercar pelos lados, mas não há lado em um círculo rotativo.
Sempre a mesma coisa é a mesma coisa sempre. Olhar e não ver porque acha que já viu é a mesma coisa.
Sempre tudo é diferente, mas o diferente quando é abundante e frequente, acaba tornando-se igual.
Então as chances brigam com as possibilidades, querendo a prioridade, querendo a maioridade já ao nascer.
A prioridade por sua vez não pode ser indiferente a tal luta, pois sua labuta é calcada naquilo que se mostra com urgência.
Vamos falar sério, ela diz. E não fala sério. Não parece sério dizer vamos falar sério e não falar.
Para piorar a contenda chega de repente o improvável, que provavelmente foi barrado em uma festa adolescente.
Não há ninguém para dizer você fica aqui, você fica lá. Todos querem ficar ali. E ficam.
Ninguém vê, mas está ali para ser visto: quase todas as chances de todas as chances tornarem-se fatos; basta tirarem os sapatos e após esse ato saírem dançando.
Liberdade é libertar-se. Leveza é não carregar pesos. Mas quem bate em paredes apenas bate em paredes.
De todas as chances e fatos, de todos os atos consumados – acertados, pedantes ou pendentes, a única coisa coerente é saber que a incoerência está com seus dias contados. 

Rogério Camargo e André Anlub
(6/4/15)

5 de abril de 2015

Morrem as abobrinhas

PARA MATAR " AS SAUDADES "
Posted by Restaurante El Novillo Carioca on Sexta, 22 de agosto de 2014


Morrem as abobrinhas 
(André Anlub - 3/8/13)

Venha, chegue mais perto,
Quero sentir seu hálito delicado e forte 
(sopro de amor).
Agora chegue ainda mais perto e cole seu nariz no meu.

Quero entrar nos seus olhos, no mar infinito
E no universo negro e mágico 
Onde tento ver o meu rosto.
Digo em alto e bom som: 
Como é bom, quero sempre fazer parte dessa história (é salutar); mas periga ser um vício.

É no início, na essência, onde bulo e reviro a memória, vejo que nessa guerra vale a pena lutar.
Ninguém vai nos dizer o que devemos fazer,
Nunca mais... (não, não)!
Com o certo ou o errado deles: 
(dos ralos - dos reles)  limpamos o chão.

Acabaram-se as abobrinhas nas nossas mentes,
Nem se falarem hipoteticamente
Só verei as bocas mexendo (sem som).

Dueto da tarde (CXV)



Dueto da tarde (CXV)

Arranca de forma violenta o tapa-olho de aço, cúmplice das cenas fantásticas e cruel ladrão de seu tempo.
A venda punha à venda o que não queria vender, o que morreria se vendesse. Enterra no quintal junto ao cachorro da infância.
Agora haja tempo para correção. No esconderijo dos sentimentos acenderam o lampião do (in) juízo: saiu – sumiu – senil foi a preguiça que agora sopra seu vento.
A distensão diz tensão também. O acordo acorda a corda que o enforcado pôs a dormir. Pensa num bilhete de despedida.
O mundo – o céu – a Via Láctea é pouco para quem deixou de ser rouco e quer cantar ópera.
Corre o tempo – é um contratempo. Vem a vida – é uma sobrevida. Se quer saber, não quer nem saber.
As águas escorrem pelas mãos: o arredio convida à mesa do bar da esquina; o monstro quer companhia para o banho no lago Ness; o garoto na laje quer cruzar sua pipa e o eterno é um segundo enquanto a água passa a seus pés.
Quem sabe não era melhor com o tapa-olho? Não, nada é melhor com o tapa-olho. De aço tem que ser a vontade. Fica à vontade para tremer.
Com tanta vida que perdeu, qualquer coisa torna-se um achado. O buraco de bala no muro torna-se um olho mágico que o remete à Baía da Guanabara.
Terra de cego não é terra de tapa-olho arrancado. Não há rei de um olho só na Baía da Guanabara que ele enxerga.
Se tudo é pouco, ele concluiu que o pouco já é tudo; é o obtuso do concluso, mas é que tem para hoje... e não é a fase de perder o seu fuso.
Confuso? Não para quem arrancou a venda porque não está à venda.

Rogério Camargo e André Anlub
(5/4/15)

Na saliva da vida

Técnicas de Grabado - Xilografia - Calcografia - Litografia - ...Koz Palmakozpalma.wix.com/kozpalma
Posted by Koz Palma on Domingo, 24 de agosto de 2014


Na saliva da vida 
(André Anlub - 4/4/13)

Sem rumo, faz do instinto sua bússola,
Anda com a cara e a coragem...

Não mata um leão por dia,
Mas encara a besta macabra.

É dono dos prós e contras,
Um pé na frente e outro atrás.

Constrói seus moinhos de vento
Ao som de um clássico do jazz.

A cada lua minguante,
Pinta um cômodo da casa
E rega o jardim das camélias...
Que vibram nas águas dançantes.

O cachorro deitado num canto
E o canto dos pássaros belos:
- O pica-pau e o trinca-ferro
- O bem-te-vi e um melro...

Dão mais vida ao montante.

O voo da tranquilidade
Num céu azul de espaço,
Abraço da vida em liberdade
É o beijo na sede no riacho.

Não mais submerso em vil fachada,
Brinda os versos da mãe natureza;
Em aquarelas muito além das janelas
Que atravessa seguindo as pegadas.

Agora não são mais quimeras,
Novas paixões o esperam...
Sem sonho, sem pouco, sem mera
Nas mil opções de chegadas.

4 de abril de 2015

Dos matrimônios

Golfinhos surfistas – lindo de verGolfinhos pegam onda na costa australiana.Curta: Ecosurf©Jennene & Dave Riggs
Posted by Ecosurf on Segunda, 23 de junho de 2014


Dos matrimônios 
(André Anlub - 3/4/12)

Uma vez li uma sábia frase de Dalai Lama e, 
Pelo menos na minha estirpe foi comprovada...
Dizia que o certo é se casar com alguém
Que você goste de conversar...
Pois ao envelhecerem isso é o que vai restar.

Mas proseando:

Ele era louco pela menina mais bonita do bairro,
Um daqueles lugares de casas antigas, 
Chão de pedras portuguesas e ruas arborizadas;
Ela passeava pela praça...
(toda manhã com seu cachorro de raça)
Sempre cheia de graça, de bons costumes
E muito simpática.

Já volto com a prosa!

O casamento é uma mera reciprocidade,
Em qualquer idade tem que haver uma troca;
Como uma porca que não tem utilidade sem o parafuso...
E as duas partes estarem preparadas para qualquer eventualidade.

Fidelidade é essencial, porque vem do cerne
Requer boa índole, ser bom ouvinte e ser bom aprendiz;
No dia a dia ser companheiro e atuante
E a libido estar resolvido (ser bom amante).

Voltando a prosa:

Certo dia ele tomou coragem e no meio do passeio Abordou a mocinha... mas naquele momento, nada! (depois de dois longos anos ela finalmente disse sim)
Já fazem trinta anos que estão casados
E cada dia é um romance, dormem em quartos separados, Não são mais tarados, são felizes assim.

É brisa:

Brisa que abre o portão, vem do vai e vem das ondas;
Ultrapassando o varal, acalentando as roupas...
Moveu o barco pesqueiro, mudou de lugar uma duna,
Fez levitar uma pluma e dispersou o nevoeiro.
Brisa gélida de inverno, alegrou o dente de leão,
Soprou ao rosto, encheu o pulmão... e nas manhãs Corriqueiras espalhou o aroma do pão. 

A vida é uma delirante professora

Sick surf video of one of the swell's at the wedge in California!!
Posted by Extreme on Sexta, 3 de abril de 2015


A vida é uma delirante professora 
(André Anlub - 5/1/12)

A vejo assim: jeito terno e a pele como rara seda, olhos redondos iguais jabuticabas, cabelos longos e escuros e a voz direta e amena; às vezes chega a ser macabra.
- Mas isso é outra história.
Na luz da lua o amor é mais esplêndido, não há fome, não há sono e não há lamento. Como um eco a razão
transcende o vale, vara a noite além do tempo e no auge do entendimento no breu noturno despenca.
Tão insensata professora é a vida: na lida com o apego e o amor, ponderação e questionamento, ela ensina. Mas não se iluda achando que aprendeu o suficiente, pois nos seus erros eloquentes ela castiga.
Atualmente ando com ideias antigas de modernizar meus conceitos. No fundo são adágios superados...
Há tempos que tenho a teimosia de querer ser atualizado.

Imoral

From Red Carpet of OSCAR to Sky!My Cola Space Shuttle!
Posted by Mavi Kocaeli on Sexta, 3 de abril de 2015


Imoral 
(André Anlub - 12/3/10)

Dos fascínios de uma única pura sorte,
Entrando em uma farta imensidão.
Preparando-me para o seu ego absoluto:
- estou chegando maior que o mundo e menor que a palma de sua mão... 
quero ser dono da sua alma, do seu coração; 
um pouco do absurdo de nunca ter tido uma vida pura.

Da pureza que lhe é rara e na redundância de minhas palavras, 
friso-as bem, antes que emudeço.
Suga tudo que é de bom de tudo
E do seu próprio sangue, mesmo que ralo:
- Assim que é falha, assim que é fogo
Pois assim na palha, tudo é um jogo.

(incendiou a sua casta)

Caminhada perdida e alma penada,
Feliz, de encontro ao avesso.
Nunca há derrota, pois de certo a merece.
Em todos os seus pecados, padece.
(Imoral, impura, inquieta, imortal)
Uma vida de lama se perpetua,
No desdém que sua chama queima,
Colecionando paixões às escuras...

(nomes não interessam a ninguém)

A religião é descartável?
Ou um deus só para chamar de pai?
Órfão já na barriga magra,
Aquela raiva que sempre lhe trai.

Dueto da tarde (CXIV)

Eterno Cartola, em Reencontro emocionado com seu Pai após 40 anos sem se falar. Por: Cartola. <3
Posted by Cifras on Terça, 24 de fevereiro de 2015


Dueto da tarde (CXIV)

A grandeza do mais miudinho olha para o imensurável das grandezas outras e constata que no mundo o rabo abana o cachorro, enquanto que na esquina o cachorro abana o rabo e o vento fresco abana a todos.
Volta para casa e relê a “Tabacaria” do Fernando Pessoa. Identifica-se: Lá vai o Miudinho, sem filosofia.
Gosta dos grandes poetas, mas lê bastante os pequenos também. Só não sabe e nem quer saber distinguir quem é quem.
Trabalho demais. Inconsequência demais. Muito barulho. Liga o rádio em estação nenhuma e escuta.
No som do silencio vem à divergência de vozes – o barulho altivo era inativo e nulo; a nudez do calado falava delicado aos ouvidos.
O som do som nenhum cai-lhe bem. A palavra da palavra nenhuma lhe diz tudo.
Volta para a praça e lê “Invernáculo” de Paulo Leminski. O faz sentir-se moleque com toda sua grandeza miúda.
E de repente não precisa ler mais nada. Só precisa ser lido. Por ele mesmo. Procura suas páginas então, atravessando o branco e subindo no banco em excitação, aceitação e uma recitação interna total de autoconhecimento.
Separa grandeza de miudeza sem muita certeza, senta à mesa, espera a sobremesa e mantém acesa uma esperança.
Faz aliança entre a rosa e a lança e lança seu adágio balsâmico aos quatro cantos, ouvindo os cantos doces, comendo frutas doces e desfrutando o momento.
A grandeza do mais miudinho não tem tamanho. Sem medir e sem pesar, apesar de medir e pesar, ele aprende e guarda para si sua autoridade, aceitando os galardões sem sentir-se um dos grandões. Espalha seu conhecimento e lavra sua humildade como o vento fresco que abana a todos.

Rogério Camargo e André Anlub
(4/4/15)

3 de abril de 2015

Trem de perfume e fumaça

What a wonderful world...www.artfido.com/popular-art
Posted by artFido - fetching art on Domingo, 16 de novembro de 2014


Trem de perfume e fumaça 
(André Anlub - 25/03/13)

Não se sabe se o perfume se espalhou
Pelos bosques coloridos e imagéticos.
Na nossa aldeia, logo, logo, deflagrou:
O colírio, canto lírico e poético.
A proeza dos sãos bardos atracou
Lá no cais latem os cães dos letrados.
Viu-se o verso no reverso - só versar.
Fez-se a música que alindou o ser amado.
Bela a rima morro acima – No luar.
Brilho forte do sorriso – A majestade.
O vai e vem ao som do trem deixou saudade.
De joelhos o anel da união, juramento que testemunha
A branca garça.
Iluminou o casto amor do sim sem não.
E foi-se o trem - longa estrada... fica fumaça...

Le Petit Maurice

Intervenção militar já existe!Intervenção militar já existe!Pra vocês que pedem intervenção militar no Brasil. Assistam esse vídeo e pensem...Este vídeo mostra a realidade de onde a PM matou uma criança. "Como informamos ontem a noite, a Delegacia de Homicídios veio ao Complexo do Alemão realizar a perícia da morte do pequeno Eduardo. Neste vídeo, você pode acompanhar como foram esses momentos." Fonte Papo Reto: https://youtu.be/OdBSLcjwtIE#GuerraNoAlemao
Posted by Podemos Mais on Sexta, 3 de abril de 2015


Le Petit Maurice 
(André Anlub - 1/10/12)

Depois de sair do seu banho...
    Reparte o cabelo ao meio,
        passa um pouco de Gumex,
           no pulso seu belo Rolex.
               Separa um trocado pra cerva,
                  não se esquece da erva
                    e a chave de seu Chevrolet Veraneio.
                Coloca uma bermuda de marca,
               um chinelo de dedo,
             mesmo sabendo que é cedo, 
              um uísque e dois cubos de gelo.
                  Vai sem rumo pra Urca,
                        louco varrido na praia,
                          depois uma pizzaria famosa,
                             com gente bonita faz prosa
                            (nunca soube o que é uma árdua labuta!)
                          Esse ano fez trinta anos,
                         (nunca na vida fez planos!)
                       mede um metro e noventa,  
                    um par de olhos azuis,
                ama bala de menta,
             pai rico, famoso juiz
         Estudou nos melhores ensinos,
          fez inglês nos Estados Unidos;
               mulheres ele coleciona aos quilos,
                    é inteligente e feliz.
                       Fundou uma confraria de solteiros,
                        charutos e bebidas 
                            - prostitutas e cavalos
                                Quando chegou aos quarenta,
                                   dinheiro e saúde pro ralo.
                                      A vida ficou antipática,
                                        empilhando contas em sua mesa,
                                           o burguês que migrou pra pobreza,
                                              morreu de cirrose hepática.

Dueto da tarde (CXIII)

Como você lida com a solidão?Às 12h, o premiado ator Ricardo Darín expõe sua maneira de enxergar o mundo no programa Sangue Latino. Veja o vídeo na íntegra >> http://bit.ly/RicDarin
Posted by Canal Brasil on Domingo, 1 de fevereiro de 2015


Dueto da tarde (CXIII)

Aleatória e imagética, dentro e indo afora da moldura da janela advinha à vida frenética.
Um pouco de estática torna a comunicação apática. Ela então muda a tática e fica de frente para si mesma.
Beijo no próprio reflexo é afago no côncavo e convexo – alívio de qualquer forma de ver o planeta.
Pairando um metro acima do chão, perde-se do chão e é tudo o que deseja, (ir)realmente.
Abraço na própria alma é alento e conforto de um extremo ao outro – calmante para quaisquer desapontamentos.
Ela sabe o que é abrir as mãos e o vento não estar mais ali. Ela sabe o que é abrir o coração e ele continuar fechado.
Pairando agora por cima das colinas se vê ainda mais menina; retorna à sua alada adolescência e veste-se de loucuras e boemias.
Beber a vida aos toneis, às caixas dágua. Injetar vida nas veias como gasolina, como diesel, como cabo de fibra ótica.
Dentro da robótica e da lobotomia sem lógica ela (sobre)(sub)vive e se divide na brevidade sóbria e a sobrevida ébria.
Febre que estoura termômetros. Eletricidade que exorbita usinas. Força que força e, enfim, a fraqueza: não poder resistir.

Rogério Camargo e André Anlub
(3/4/15)

O Chile em defesa da mulher

Cuidémonos entre todas. ¿Qué opinas de esta campaña que lanzaron en Chile, en contra del acoso a las mujeres? #primaverasaludable
Posted by Revista Saludable on Segunda, 30 de março de 2015

2 de abril de 2015

Minha imaginação inventa



Minha imaginação inventa 
(André Anlub - 13/3/13)

Apenas achou o caminho
nem louco, nem santo
fez casa como João de Barro
falou línguas, tirou sarro
cantou melodias famosas
outras nem tanto.

Os caminhos ardilosos
que evitam os precavidos
são vazios, nada faceiros
sem amores, sem anseios
e a rotina asfaltou.

Nas estradas abstrusas
com alcunha de “caminho”
passa o birrento
passam o forte e o neutro
passam nuvens de feltro
num céu azul marinho.

Alguns tolos de exposta lamúria
escalam montanhas de fogo
vulcões que são seus espelhos
na realeza da calúnia.

Mas na sinceridade da entrega
o amor que mais alto berra
tocando a ponta da estrela
na penúria da cratera
na adaptação do obstáculo
diz-se a avenida da espera.
Arrisco-me nessa rodovia
na jornada bela e florida
com brisa que forte venta
com tulipas e margaridas
que minha imaginação inventa.

Dueto da tarde (CXII)



Dueto da tarde (CXII)

Caminhando por uma rua escura, solitário e com frio.
Voando no céu mais cinza, sem promessas ou destinos.
Boiando num mar de estagnações, deixando-se levar e não chegando.
Alcançando um arco-íris incolor e abandonando para trás as tintas,
Deixa cair a cabeça em vez de erguê-la, deixa escoar a vida em vez de tê-la nas mãos.
Em um espelho oportuno só vê prisão, um “não” sem “sim”, um fim sem ínterim.
Discute com o espelho. Quer inverter a imagem. Quer passagem para o outro lado sem sair deste.
Já fez uma franca amizade com o barqueiro; aquele famoso barqueiro que leva ao “lado de lá”.
Manda-lhe ingresso para jogos, convida-o para cervejadas, quer batizar os filhos dele. O barqueiro não responde.
Mas a jangada está a postos. A maré sempre bravia, mas é só colocar o pé a bordo e vem logo a calmaria.
É querer e não querer. O tédio sem remédio não arreda pé de sua fé: ir sem ir, ficar sem ficar.
Antes da tentação queimou as caixas de remédios com validade vencida (assim seu ato suicida ficaria mais eficaz).
Sobe ao décimo andar com paraquedas nas costas. Só atravessa as avenidas acompanhado por um guarda de trânsito.
Entre ações e não ações veio o contrassenso – para a rua escura havia o poste de luz, para o frio agasalho, para o céu cinza o amanhã e para solidão havia o viver.
Mas de nada adianta adiantar se as pernas travam porque não querem andar, se os olhos cegam porque não querem abrir, se o intermédio do remédio para o tédio não veio intervir. Resta-lhe o martírio que escolheu, o martelo, o espelho e os cacos pelo assoalho.

Rogério Camargo e André Anlub
(2/4/15)
ALGUNS MINICONTOS

- Isso tudo é uma grande indecência, uma imensa imoralidade!
- O que? Não estou vendo nada demais.
- Você deve estar cego pela luxúria e pela concupiscência.
- Com cuspe ou sem cuspe, não tenho ciência de nada que abale os alicerces da vida cotidiana aqui.
- Sua alma perdeu-se!  Vou rezar por você!
- Cada um se diverte como pode. Agora com licença. Vou ver se alguma dessas imoralidades está precisando de mim.


- Chiquinho, cadê Chicão?
- Sei lá, deve estar com Chico.
- Colhendo chicória?
- Pra botar nas xícaras.
- Ha ha ha nós somos demais!
- Achicalhantes.


O perfume da tua voz dando cor à cor de meu jardim solitário que já não mais solitário canta.


Plá bateu à porta de Plô.
- Vim aqui para resolver aquela questão.
- Mas aquela questão já está resolvida.
- Não para mim!
- Então não é na minha porta que você precisa bater.


Bânquilo Manquisa fez um grande favor a Bânquilo Manquisa : sumiu da vida de Bânquilo Manquisa. Ele ficou extremamente feliz com isso. Teme apenas procurar Bânquilo Manquisa para agradecer o extraordinário obséquio. Vai que ele volte.


- Você já disse isso antes!
- Tudo bem. Eu também já escutei essa mesma crítica antes, de maneira que não devemos ter mudado muito, os dois.


- O que é que você está fazendo aí?
- Depende do que é “aí” e depende do que é “fazer”.


Mais bizarro do que alguém estar vendendo dois elefantes pela internet é haver quatro interessados em comprá-los, dois deles dispensados porque seus  cadastros não agradaram ao vendedor e outro porque desejava separar os animais, que sempre viveram juntos. O candidato restante concordou em receber semestralmente a visita do vendedor, que passará uma semana de cada vez com seus ex-bichinhos de estimação. Só falta atender uma última exigência: o comprador deve ter também um chimpanzé adestrado para catar pulgas. O sujeito não gosta de chimpanzés.


- Para  mundo que eu quero descer!
- Tá. Vai descer sozinho ou levar os outros todos com você?


Manfina sabe que não tem muito a perder caso perca tudo. Então Manfina não se importa de apostas até o que não tem. É um jogo perigoso, diz-lhe uma voz que ela tenta calar com uma risada. Eu sei, acaba dizendo por fim, já que a risada não calou a voz que fala em perigos.


Falúnio gostava de saber do que é que as pessoas gostam. Raramente recebia uma resposta original, quase todas giravam em torno da satisfação de necessidades básicas, mas nunca deixava de perguntar, tendo oportunidade. Um dia encontrou Trocólio e quis saber dele.
- Do que é que você gosta?
- Eu gosto de panavíticos.
Os olhos de Falúnio brilharam.
- E o que são panavíticos?
- Não posso contar, porque eu gosto de manter os meus gostos em segredo.


O Viu Só? Estava ansioso porque o Não Vi Nada não via nada. Mas tá ali, ó, bem na nossa cara. Bem na sua cara pode ser que esteja, respondia o Não Vi Nada.


- Preciso te dizer uma coisa.

- Só uma? Em quantos capítulos?

ROGÉRIO CAMARGO 

1 de abril de 2015

Aquele outro Eu



Aquele outro Eu

Olho de soslaio o tempo perdido,
Abrasado e abraçado ao tempo achado
Que tenta fazê-lo de lacaio... 
Mas é em vão.

Olho o respeito dizendo ao “dito e feito” 
O que deverá ser feito e refeito, 
E futuramente refazê-lo, se preciso for...
Tendo em vista que é de antemão.

Pego o timão do barco e desbanco a maré vazia,
Enquanto no mar vazio esvazio um tonel de rum...
Arruinando o meu remoto céu azul que agora é somente ruim.

Mas sempre faço vista grossa à contramão.

Ganho plena confiança na mudança nebulosa,
Junto o Eu à suntuosa espada forjada em ouro branco
(meio metida à besta, confesso, mas bela e bem desenhada)
Com imagens bárbaras, baldias, poemas e frases sagradas.

A jornada é cenário – visual – a sentinela – visual –, nada anormal;
O verde ligeiramente me sorri com seus divinos dentes brancos, 
Solta seus cabelos crespos e sua abastada voz rouca;
Solta seu jeito afetuoso que faz pouca qualquer incoerência... 

Sorrateiramente encontro nesse ermo
O Eu mais bem escondido e verdadeiro.

E o verde...
Dá-me “bom dia”...
E agora posso quieto e atinado voltar ao ermo breu.

André Anlub
(1/4/15)

Dueto da tarde (CXI)


Dueto da tarde (CXI)

Galhos balançam, folhas e abacates caem, pássaros voam soltos e o dito diz assim: nada como um dia após o outro.
Caminhávamos de mãos dadas e de repente foi isso que vimos, como que num complemento.
Num breve instante veio-me um dilúvio de alegria; sumiu a alergia ao pólen, foi-se a fotofobia e até esvaeceu a fúria da pérfida liturgia.
E vi teu rosto iluminar-se como se a lua voltasse ao meio-dia, com suas mágicas afastando as trágicas melancolias.
Os joelhos foram ao chão estalando as folhas secas; peguei sua mão lívida, cálida e suada, e fui ao intento:
Uma prece (acontece) suprimida pelo êxtase. O encontro do azul com o azul – nos teus olhos e no céu.
Na suavidade do seu ser sereno encontro e adoto o meu lar; deixo desaguar toda a emoção que anseio dar e entrego-me pleno.
O dia que veio após o outro – aquele outro – me trouxe a dádiva e eu aceito a dádiva.
Galhos inquietam-se, folhas e abacates reaparecem, pássaros descansam e cantam bem baixinho e o dito diz assim: felicidade se multiplica quando dividida.
Pode que amanhã acabe. Pode que agora mesmo acabe. Não é o que importa. O que importa é a certeza de que existe e persiste o amor nela, o amor de alguns ou de todos.
Por ela os galhos balançam, por ela os frutos exultam, por ela a vida em torno é um retorno à vida em toda parte.

Rogério Camargo e André Anlub
(1/4/15)

Meu Jardim

<3
Posted by Yani Filé on Quinta, 17 de julho de 2014


Meu Jardim

Faço meu jardim almejando o melhor, meu jardim é minha vida, meu jardim são meus amores: família, amigos, a arte.
Meu jardim é a humildade, meu jardim é a compaixão...
É ser bom, é fazer o bem, é criar a paz.
Meu jardim são meus medos, meu jardim é o meu trabalho, é o amor que tenho pelos animais, é o pão que como a cada dia: é o mar, o sol, o luar.
Enfim, meu jardim...
São tantas coisas que agora não tenho tempo para descrevê-las... tenho que regá-lo.

- André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.