12 de dezembro de 2014

Dueto da tarde (X)

A velha ponte entre sonhar e ter sonhado, entre acordar e continuar sonhando
Deixando-me entusiasmado por dar cria ao inspirado fato que move meu coração.
Gosto de pensar que ela sabe de onde me trouxe e sabe para onde me leva,
Pois a travessia pode até ser árdua; mas água, pão, lápis, pincel e o bloquinho eu levo para uma eventual contramão.
O mapa eu deixo para as pontes como esta. O mapa vem-me das pontes como esta.
Sinto-me realizado, não quero conhecer o futuro, o porvir; quero embriagar-me de novidades, olhar sempre com olhos de novo, de “aqui”.
A velha ponte que atravesso todos os dias também renova o olhar do “aqui”, é o seu colírio e o seu oftalmologista; 
é também meu dentista que cuida/clareia/incendeia e congela o meu poético “sorrir”.

Rogério Camargo e André Anlub®
(12/12/14)


ARQUIVO NATIONAL

Após estampar a capa de National Geographic, a misteriosa refugiada voltou a olhar para o mundo. O fotógrafo Steve McCurry reencontrou a "menina afegã" após 17 anos. Leia a reportagem "Uma vida revelada"  http://abr.ai/12MAgw3

Bom dia.

Meu abraço em todos!

O Amor é tudo, com as devidas exceções! 

O fez de servo esse amor coibido,
A mercê do seu regalo,
Diluiu-se em seu cerne,
Atravessou o fino gargalo...
Qualquer antes desafeto,

Agora é reto, sombra e estalo.

- André Anlub

11 de dezembro de 2014

Dueto da tarde (IX)

Viu no seu espelho aquele reflexo intenso de novas probabilidades.
Resolveu então entrar no espelho, porque era lá que estava a sua verdade.
Mergulhou e escreveu... se conheceu e não esqueceu ou escondeu seus medos,
Não ficou prova na tinta que marcou seus dedos.
Na beleza da sua mais nova/antiga realidade, renasceu
O que há muito tempo, entre cortinas e persianas fechadas percebeu
Já era o tempo, mas não no sentido de perda; era o tempo de agora ser a própria ajuda e história, ser seu dono deixando entrar a luz e fazer-se a cor.
Tempo de sacudir a inércia, de bater os tapetes da acomodação, de dar um basta à desistência e ao torpor.
Assim cria-se um novo poeta, de visão sem enlaças e ideias ao vento, a cabeça feita, moldada na adequação exata que exige a sua dona, a escrita.
E se sua dona quiser, ele pode aprender a diferença entre a feia e a bonita.
E se sua dona deixar, ele pode nadar em águas quentes e frias.
E se sua dona for mesmo sua dona, nunca mais as cortinas abrirão para paisagens vazias.

Rogério Camargo e André Anlub®
(11/12/14)




Dueto da tarde [parte VIII]

Abro a janela para a janela aberta e para a janela aberta abrirei a janela.
Assim sendo, expondo os meus internos horizontes que fazem o montante que me completa absoluto...
Nada é mais importante que a janela aberta diante da janela aberta
A incumbência de ir além, sair do ventre, ir adiante... embarcar no trem,
Meu trem de viagem imediata, instantânea, irrevogável diante da paisagem interna
- Um afago do alento; um trago de ler Jorge Amado; uma ambiguidade é voltar no tempo e seguir no agora dentro desse fardo.
O que acontece lá fora faz uma visita para o que acontece aqui dentro,
Busca o meu Eu mais poético, frenético e farto.
É quando parto sem partir, é quando um quarto é a casa toda, é quando infarto e meu coração é mais coração do que nunca.
(...) mais uma vez, assim sendo, absoluto me concerto e me interpreto (ser o ser completo). 

Rogério Camargo e André Anlub®
(10/12/14)

Peitando a ignorância

Vamos peitar a santa ignorância,
Fazendo aliança com o santo Aurélio,
Criando rimas com enorme concordância,
Limpas, como um céu de brigadeiro.

Vamos debochar dos garranchos,
Inflar os podres egos, até estourarem.

Vamos rir da concupiscência de belas atrizes
Que encenam as loucuras em solos sagrados.

Não vamos duvidar de todos os enamorados
E os sorrisos congelados, devemos enumerar.

Para (vamos) quebrar o gelo a foice do entusiasmo:
- Dizer que é escárnio quando chegar o final.

Vamos levar a sério o que é dispensável,
Pois o essencial, atualmente, é radioativo.
No meio dessa guerra fria, assumir ser indolente,
Pois se o mundo está doente, não é por mal.

(André Anlub - 11/9/12)


Água Que Guia uma Águia


Papo reto: viver não é o bastante, queremos por perto os afetos: (sexo, chocolate, diamante)...
Mesmo que por um instante, só para querermos de novo.

Água Que Guia uma Águia
(André Anlub - 27/9/10)

Vejo rebento rapina,
Que em ondas e ventos chegou;
Fez do mais velho, menino,
E a discórdia enterrou.

Nasceu do amor impregnado,
Uma busca que nunca teve fim;
Chuva e semente, cultivado,
Verde, forte, capim.

Cresce e se alastra com brilho,
Bate suas asas de Pégaso;
Voa por entre palácios,
Desperta nas nuvens seu filho.

Aurora de paz, sentinela,
Seus olhos fitam o amor;
Orquestra um grito de guerra
Na companhia de um condor.

Vejo de baixo incrível beleza,
Derramo sem piedade meu pranto...
Sem jeito, mas com sutileza,
Viro, caminho e canto.
Já se foi o pássaro por entre os coqueiros e a maresia...
Deixando um dedo apontado ao infinito com um sorriso no rosto da menina.


O sol está sempre penteado, perfumado, bem vestido... 
Também cortês, fotogênico e amigo;
Ao se pôr, diz: 
“Jusqu'à demain, bonne nuit!”


O sol por detrás dos negrumes ilumina as colinas mais altas... 
Justamente onde o amor não faz falta.


Não quero paixão egoísta, profunda feita poça de chuva fina, nem paixão quente feito água que o bacalhau se banha...
A paixão que quero deixou pista:
Muito beija, muito afaga, não apanha e não amarga... É brincadeira de criança... 
Pera, uva, maça e salada mista.


Quem ama às vezes sofre,
Pois arromba-se o cofre dos anseios
E alimentando-se nos seios que repousa,
Justifica o fim nos prazeres dos meios.
Vou degustar outros ares,
Novos mantras e músicas,
Devorar os segredos,
E digerir o dom.

Vou esculpir o vão
E redesenhar velhos mares,
Fazer da vida um folguedo
Num real sonho bom.

Vejo o ser montanha russa,
Dando tapa na fuça da depressão.
Vejo a beleza em rubores de fúcsia,
Sendo cor ou sendo flor,
Sempre adoração.

Lembrei-me da mocidade
Num instante congelado,
Ao som de um verde pássaro
Nesse nosso antigo lago.

Uma pequena e livre garça,
Charmosa, cheia de graça,
Dançou desengonçada
Sobre a água - sob o sol.

Fitou-me com ousadia
E de leve fez barganha,
Num breve arrebol que banha
Meu amor no espelho do céu.

10 de dezembro de 2014

I e II de "Em breve"...

“Em breve” e “logo mais”, não são “pra já!” (em doze tempos)

I

Saindo de juazeiro, nuvens,
Sol quente, um pouco de sede e muito já de saudade;
Deixando o olhar dos cães
E os meus olhos úmidos para quem tenho apreço...
Mas é breve, é coisa ligeira.
O tempo passa tão logo, tão “flash”, como os ponteiros do relógio,
Na pressa e na eternidade do tempo que sempre já foi.
Seguem avião e emoção, 
Trocam-se óculos... 
Escuros – de grau.
Vem bloquinho, vêm sonhos de realidades;
Ao meu lado na poltrona: ninguém! 
Lugar vazio é coisa rara nos tempo de hoje...
Vai ver foi de sacanagem,
Para aumentar o vazio e duplicar a saudade.

II

Entrando em Brasília:
Nuvens parecem montes, montanhas;
Nunca as vi com tais formas.
Ao longe uma se destaca mais assanhada,
Como uma torre alta, feito um castelo.
Lá embaixo um rio longo
E a sensação de estarem todos dormindo.

É assim que deve ser...

Além de separar governo de religião, a Constituição Federal (art. 5º, inciso VI) também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado em função de crença são crimes. Lembre-se que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. Leia mais: http://bit.ly/1uXBJJv

Ótimo dia...


Inutensílio - por Paulo Leminski

A ditadura da utilidade
A burguesia criou um universo onde todo gesto tem que ser útil. Tudo tem que ter um para quê, desde que os mercadores, com a Revolução Mercantil, Francesa e Industrial, substituíram no poder aquela nobreza cultivadora de inúteis heráldicas, pompas não rentábeis e ostentosas cerimônias intransitivas. Parecia coisa de índio. Ou de negro. O pragmatismo de empresários, vendedores e compradores, mete preço em cima de tudo. Porque tudo tem que dar lucro. Há trezentos anos, pelo menos, a ditadura da utilidade é unha e carne com o lucrocentrismo de toda essa nossa civilização. E o princípio da utilidade corrompe todos os setores da vida, nos fazendo crer que a própria vida tem que dar lucro. Vida é o dom dos deuses, para ser saboreada intensamente até que a Bomba de Nêutrons ou o vazamento da usina nuclear nos separe deste pedaço de carne pulsante, único bem de que temos certeza.


Além da utilidade
O amor. A amizade. O convívio. O júbilo do gol. A festa. A embriaguez. A poesia. A rebeldia. Os estados de graça. A possessão diabólica. A plenitude da carne. O orgasmo. Estas coisas não precisam de justificação nem de justificativas.

Todos sabemos que elas são a própria finalidade da vida. As únicas coisas grandes e boas, que pode nos dar esta passagem pela crosta deste terceiro planeta depois do Sol (alguém conhece coisa além- Cartas à redação). Fazemos as coisas úteis para ter acesso a estes dons absolutos e finais. A luta do trabalhador por melhores condições de vida é, no fundo, luta pelo acesso a estes bens, brilhando além dos horizontes estreitos do útil, do prático e do lucro.

Coisas inúteis (ou "in-úteis") são a própria finalidade da vida.

Vivemos num mundo contra a vida. A verdadeira vida. Que é feita de júbilo, liberdade e fulgor animal.

Cem mil anos-luz além da utilidade, que a mística imigrante do trabalho cultiva em nós, flores perversas no jardim do diabo, nome que damos a todas as forças que nos afastam da nossa felicidade, enquanto eu ou enquanto tribo.

A poesia é u principio do prazer no uso da linguagem. E os poderes deste mundo não suportam o prazer. A sociedade industrial, centrada no trabalho servo-mecânico, dos USA à URSS, compra, por salário, o potencial erótico das pessoas em troca de performances produtivas, numericamente calculáveis.

A função da poesia é a função do prazer na vida humana.

Quem quer que a poesia sirva para alguma coisa não ama a poesia. Ama outra coisa. Afinal, a arte só tem alcance prático em suas manifestações inferiores, na diluição da informação original. Os que exigem conteúdos querem que a poesia produza um lucro ideológico.

O lucro da poesia, quando verdadeira, é o surgimento de novos objetos no mundo. Objetos que signifiquem a capacidade da gente de produzir mundos novos. Uma capacidade in-útil. Além da utilidade.


Existe uma política na poesia que não se confunde com a política que vai na cabeça dos políticos. Uma política mais complexa, mais rarefeita, uma luz política ultra-violeta ou infra-vermelha. Uma política profunda, que é crítica da própria política, enquanto modo limitado de ver a vida.

As pessoas sem imaginação estão sempre querendo que a arte sirva para alguma coisa. Servir. Prestar. O serviço militar. Dar lucro. Não enxergam que a rate (a poesia é arte) é a única chance que o homem tem de vivenciar a experiência de um mundo da liberdade, além da necessidade. As utopias, afinal de contas, são, sobretudo, obras de arte. E obras de arte são rebeldias.
A rebeldia é um bem absoluto. Sua manifestação na linguagem chamamos poesia, inestimável inutensílio.
As várias prosas do cotidiano e do(s) sistema (s) tentam domar a megera.
Mas ela sempre volta a incomodar.
Com o radical incômodo de uma coisa in-útil num mundo onde tudo tem que dar um lucro e ter um por quê.
Para que por quê?


In ANSEIOS CRIPTICOS, Ed. Criar, Curitiba, PR, 1986, p. 58-60.

Arte in-útil, arte livre?


Paulo Leminski

9 de dezembro de 2014

Críticas, cítricas e titicas...


Críticas sempre serão bem-vindas, pois demonstram que algo provocou alguma coisa; sendo positivas ou não, estimulam o raciocínio e acabam com a inércia da vida “homeomorficamente” corriqueira. São salutares tanto para o criticado quanto para o criticador. Ah, lembrei-me do que disse Diderot: "O talento é imperdoável”.

André Anlub®

Acalmando a Alma XIII

Dueto da tarde [parte VII]

Acordei: além disso, ou daquilo, amanheceu e veio o estalo, ingresso para o embalo, para o baile, à caneta...
Fardei-me de manhã cedo, perfumei-me de aurora, embarquei na alvorada e me enfiei pela música.
É assim que acho certo, feito cachoeira no deserto – um Saara e uma cerveja.
O que me chama na música além, muito além da areia queimando os pés
É tal tom que na tua tez, na tinta tatuada o tautograma quebrado, fez-se adequado para tocar-me,
Para atravessar o sentido de estar vestido das manhãs e revestido de esperanças.

Mais uma vez acordei: vi meu corpo opaco nos teus olhos belos, verdes, no teu sorriso amarelo, mas tão esperado – benfazejo,
Benfazejo como o deserto quando não deserta, quando não deserda, quando é música e eu vou à música.
Agora posso deitar-me, pois assim deu-se o dia com nossa melodia, simples maravilha do amor em ter-te inteira – doce faceira – cria da insana fantasia.

Rogério Camargo e André Anlub®
(8/12/14)




8 de dezembro de 2014

Dueto da tarde [parte VI]

Acordei: além disso, ou daquilo, amanheceu e veio o estalo, ingresso para o embalo, para o baile, à caneta...
Fardei-me de manhã cedo, perfumei-me de aurora, embarquei na alvorada e me enfiei pela música.
É assim que acho certo, feito cachoeira no deserto – um Saara e uma cerveja.
O que me chama na música além, muito além da areia queimando os pés
É tal tom que na tua tez, na tinta tatuada o tautograma quebrado, fez-se adequado para tocar-me,
Para atravessar o sentido de estar vestido das manhãs e revestido de esperanças.

Mais uma vez acordei: vi meu corpo opaco nos teus olhos belos, verdes, no teu sorriso amarelo, mas tão esperado – benfazejo,
Benfazejo como o deserto quando não deserta, quando não deserda, quando é música e eu vou à música.
Agora posso deitar-me, pois assim deu-se o dia com nossa melodia, simples maravilha do amor em ter-te inteira – doce faceira – cria da insana fantasia.

Rogério Camargo e André Anlub®
(8/12/14)



Acalmando a Alma XII

7 de dezembro de 2014

O viés de Inês

A padronização já estava imposta:
Olhos, altura, nariz, cabelo, dinheiro e muito mais...
Atrás da porta Inês sorria aos mal bem amados;
Pois Inês não carecia seguir quaisquer padrões.

O viés de Inês era fulgente,
Destrinchava possibilidades de dedos apontados a ela,
As indiretas não se criam, tampouco fulminações...
Inês era osso, osso duro, salgado, forte, mas osso dos bons.

Na infância não se sabe exatamente qual seria sua história,
Mas jamais sujaram sua roupa com palavrões eloquentes.
Gente simples, fiel e aberta, que sempre foi o que quis,
Bebia água, café e cachaça no copo velho de geleia.

A masmorra foi anunciada para todos como um paraíso,
Coberta de rosas pulcras, ostentações e múltiplos coloridos artifícios:
- Como heras, vinham os amores por fora (trepando).
- Como feras, vinham rancores oclusos (clamando).
E como vinho, eram errantes inebriantes...
Que, como antes, foram feridas no agora.

Travestida para sempre de “verdade” e “opinião”;
A padronização estava em êxtase incondicional.
Tinha no seu exército a fiel guarida do “gosto”,
Mas a inglória da própria imagem em paradoxo, em avejão...
Inês!

André Anlub®
(4/12/14)

Dueto da tarde [parte V]

Eis as primárias linhas do poeta, desabando, gotículas de chuva na vastidão do mar.
Não são as primeiras mágoas, mas são as primeiras águas de um esteta.
Ao longe abandona a solidão com a ambição de companheirismos perfeitos.
Costura as ondas com o olhar, alinhava nuvens, prende gaivotas à liberdade.
Vendo em tudo “qualidades”, aspira e respira respeito como um rei em seu reino...

Eis então as primárias linhas do poeta, afetas a seus afetos, diretas em seus completos:
Visam apagarem suas últimas mágoas, as últimas lágrimas que a sua face banharam.
É uma viagem do sim atravessando os desertos do não
Dando um banho de inspiração na lúgubre escuridão do sem nada.

Rogério Camargo e André Anlub
(6/12/14)





1a Flipobre - no Youtube



6 de dezembro de 2014

Dueto da tarde [parte IV]

O amor anônimo, lá tão longe mesmo tão perto,
Disperso pela busca eterna de uma perfeição etérea,
Chega porque chega, fica porque fica, expressão aérea
Da inspiração palpável e imagética que procura comunhão.

O amor com prenome, sempre tão perto mesmo tão longe,
Fulge aos gritos, mesmo que calado,
Cala gritando, os olhos em fogo, as mãos ventania, os pés furacão
Assim caminhando, sem foco ou mando, só caminhando...

Com nome ou sem nome, o amor perto longe, o amor longe perto
De certo é bem-vindo, é qualquer caminho, carne e espírito, tez e excitação;
Calado gritando, gritando calado, levando e levado, amado amando, amando amado
Na linha do horizonte, agora acordado, luz/sol despontando, despontado, desperto.

Rogério Camargo e André Anlub®
(5/12/14)


É hoje o lançamento da Antologia Emoções Poéticas II


Dueto da tarde [parte III]




A delicadeza tem amigos.
Os amigos da delicadeza são ecos de abrigos;
castelos sem muros.
De todos os escuros da incerteza,
Não há pior que o horror do breu do desamor.

Delicadamente, como lhe convêm,
ela e seus amigos ditam à realeza o que é fidúcia;
criam suas próprias metas e normas
(com muita astúcia).

Na incerteza não se cria abrigos.
É da certeza de si que ela se faz poética,
pois sendo menos cética: há premissa, poesia, preguiça e espaço-tempo...
Há ensejo, folguedo, pelúcia: fino brinquedo.
Há de tudo para haver de menos.

Os amigos sabem e a amiga dos amigos sabe:
Fatídico fim da futura avareza.

Rogério Camargo e André Anlub
(3/12/14)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.