1 de novembro de 2014

Vozes na Praça...



Coquetel de lançamentos de livros solos das associadas Rosângela Souza Goldoni RosangelaSgoldoni, FIAPOS DE LUCIDEZ, Comendadora Sol Figueiredo, UM RAIAR DE SOL EM AMOR, 2ª 3 edição e Vany Campos, RELICÁRIO.

Lançamentos do infantojuvenil POR UM MUNDO MELHOR e Contos, Crônicas & Poesia, do grupo de associados e seguidores de Poemas à Flor da Pele, coordenados por Soninha Porto.
Serão relançadas as Antologias Poemas à Flor da Pele, volume 8 e III Poetas Fazendo Arte em Búzios.

Na oportunidade terão várias apresentações de música, dança e poesia.
Patricia Mihr, bailarina de Porto Alegre, confirmada.
VIVAPALAVRA, grupo de Porto Alegre, coordenador por Zaira Cantarelli, confirmado.
Maurício Oliveira, fotógrafo e músico de Porto Alegre, confirmado.
Marco Araujo, músico de Porto Alegre, confirmado. 
João Antônio Pereira, poeta e músico de Porto Alegre, confirmado.
Marcos Bahrone e Alana Haase, performances confirmado. 

Não deixem de comparecer, será imperdível!
O evento tem a cobertura do Jornal Sem Fronteiras de Dyandreia Portugal e Fábio Valverde Portugal.

Acalmando a alma IV

Caixa preta




Caixa preta
(André Anlub - 9/9/13)

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
Tento adivinhar o manifesto do seu pensamento
Como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
Fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
Caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
Caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
Perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
E da vivência o aguçado faro
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira da caixa,
Às vezes passo um verniz,
Mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
Me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
Orgias de picuinhas, não mais...
Enfim você chegou!
Está ardendo àquela prometida fogueira,
Com panos - papéis inúteis,
Quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

31 de outubro de 2014

Aniversário de Drummond

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.




Antologia Quinta Barnasiana


Antologia Quinta Barnasiana
do BAR DO ESCRITOR

O Bar do Escritor é um movimento literário que busca a divulgação do conhecimento, a amplitude do pensamento e a expansão da liberdade.

Quinta, em português da pátria-mãe, é um terreno rural, uma enfermaria para prostitutas ou o número ordinal feminino. Esta quinta antologia de contos, crônicas e poemas reúne 38 autores brasileiros e um de Moçambique, escrevendo sobre diversos sentimentos, do mais formal ao mais lisérgico, do mais brando ao mais brabo. São 240 páginas de entretenimento literário, focado na diversão das experiências vividas em assuntos debatidos em mesas de bares.

Entre os autores, destacam-se escritores consagrados, membros de academias de letras, jornalistas, compositores, vencedores de concursos literários, lutadores de MMA, vagabundos, poetas, sonhadores e amigos de toda espécie.

A apresentação é realizada por autores participantes das quatro obras anteriores: Ruy Villani, Magmah e Pablo Treuffar.

Para conhecer a história do bar: http://bardoescritor.blogspot.com.br/p/historia.html

Os Autores:
Andrade Jorge, André Anlub, André Giusti, Andrea Carvalho, Angela Gomes, Arthur Miranda, Carlos Alvarenga, Carlos Cruz, Cecília Mello, Cinthia Kriemler, Cristiano Deveras, Deliane Leite, Fernando Troncoso, Flá Perez, Giovani Iemini, Jorge Amâncio, Julia Pascali, Larissa Marques, Leonardo Macrô, Lourenço Dutra, Luan Luiz, Magmah, Mahara Damasceno, Mahiriri Ossuka, Marcio Takenaka, Maria Ligia Ueno, Mariângela Padilha, Pablo Treuffar, Rafael Albuquerque, Regina Vilarinhos, Renato Saldanha Lima, Roberto Klotz, Robson Lousa, Ruth Cassab Brólio, Ruy Villani, Simone Pedersen, Vinícius G. Ferreira, William Trapo, Wilson R..

As antologias anteriores do Bar do Escritor: http://bardoescritor.blogspot.com.br/p/livros-do-bde.html

www.bardoescritor.com.br
ALGUNS MINICONTOS

Era simplesmente estar ali. Por isso toda a dificuldade para simplesmente estar ali.


- Essa coisa de paixão é muito complicada, rapaz. Você diz que sim, ela diz talvez; você diz que não, ela diz vamos ver; você diz eu quero, ela diz vou pensar.
- Pois é, rapaz. E quando você diz talvez e ela diz que sim?!
- Então! Não é uma barra?


O silêncio floria. Era uma flor silenciosa, claro, feita de recolhimentos, introspecção e alguma timidez. Mas era uma timidez diferente: já havia corrido o mundo e falado com muitos pássaros.


Zalla, a louca, não era louca. Alguém loucamente metera na cabeça que Zalla era louca, conseguira convencer mais alguém e quase convenceram Zalla. Para manter a fama e seu lugar na clínica, Zalla até dava umas risadas estranhas e arregalava os olhos, de vez em quando. Davam-lhe um sedativo, ela perdia um capítulo da novela, mas por uma semana ou dez dias consideravam seu dever para com ela cumprido. Ela também.


A zona rural estava encolhendo. A cidade avançava em direção aos campos com a fome de um leão magro. E o que ela abocanhava não devolvia nunca mais. A zona rural preocupava-se em escrever sua história, pelo menos, para o dia em que tudo fosse a cidade e não houvesse nada além da lembrança. Mas ela escrevia com suspiros num pergaminho de lamentações. Nenhuma biblioteca da cidade receberia este livro. Talvez um museu.


- Eu já li todos!
- Mas são dois mil, oitocentos e vinte e quatro!
- Tô dizendo, eu já li todos.
- Pela ordem, alternado ou de trás pra frente?


- Eu ainda não cheguei a este estágio.
- E você sabe para que estágio está indo?


- Me ensina a ser feliz?
- Claro. Quando é que tu tens tempo?


O neonazista estava muito preocupado: sua suástica virou ao contrário e não havia jeito de desviar. A cada vez que ele tentava força-la a isso, ela girava, ameaçando decepar-lhe o dedo. Quando tentou com um pedaço de madeira, ela partiu-o em vinte. Quanto tentou com um ferro, tomou um choque violento. O neonazista chorou de desespero, as lágrimas pingaram na suástica e evaporaram no mesmo instante.


- Não pode ser assim!
- Então como é que está sendo?
- N´~ao brinca comigo!
- Não estou brinjcando. Pelo contrário, estou fazendo uma pergunta muito séria.
- Você está confundindo o “pode” moral com o “pode” factual.
- Tem certeza de que sou eu que estou confundindo os dois?


Muito elegante nas suas alpargatas marrons, suas meias vermelhas, sua bombacha azul, sua camisa branca, seu lenço verde, seu chapéu de feltro, bigode aparado, sorriso abundante, Gevinácio não entendeu nada quando lhe bateram a porta na cara dizendo “vai embora senão eu chamo a segurança!” Que diabo de mundo era aquele?


Volta e meia não há meia volta: é seguir em frente e seguir reto, sem pausa para o cafezinho e o papo furado.


A vida é melhor quando não quer ser melhor e não se sente pior porque não é melhor.


Beprilina deixou que sua mão saísse flutuando mundo afora, levada por uma brisa brejeira que, quando Beprilina pediu sua mão de volta, riu gostoso e respondeu:
- Vem buscar.

(Rogério Camargo)

30 de outubro de 2014

Com o teu dom de escrever




Com o teu dom de escrever
tens um pacto:
- necessidade de expor sentimentos
vomitar teus momentos
teus tons, tuas lágrimas e sinas
sair da rotina de um ser intacto.

André Anlub®

O Sertão vai virar Céu



O Sertão vai virar Céu
(André Anlub - 13/3/11)

Com os pés na terra ele se sente em casa,
Enxada na mão, sol como irmão.

Na fome, sede, cedo e na raça,
Dá bom dia pra cactos - filho do sertão.

Na luz do lampião lê histórias de Lampião.
No chão rachado, passado e presente na guerra.

Sabedoria lhe dizendo: sempre alcança quem espera.
Massa de gente pobre que nem sempre luta em vão.

Enquanto descansa pouco, pouco ganha pão.
Alguns calangos o observam - outros vão para o fogo.

Assim se vai levando, dia sim sem dia não...
Não se pode dar ao luxo de perder esse jogo.

Nessa vida em aberto, todos os dias são incertos,
No milho na cana, na cana ardente e rapadura.

Muitos pés descalços na chuva de insetos,
Tendo a garra, fé e solidão como armaduras.

29 de outubro de 2014

Congelando os laços




Congelando os laços

Tu estavas bela na mente,
Com aura brilhante dourada;
Emanavas energia tão quente
Que aquecias minha alma acamada.

Destilavas o amor no teu sumo,
O perigo da peçonha na veia
Que desvirtua o coração em teu rumo,
Pondo chama na paixão que incendeia.

Perdido, me entrego em teus braços
Na cadencia apimento a canção
Expondo e congelamos os laços.

Finalmente os anseios em união,
Do sonho – do céu – da realidade,
No corriqueiro eterno em lealdade.

André Anlub®
(26/03/13)

Venha Ler André Anlub

Encontra-se num orbe longínquo,
Meu ego prófugo e inútil,
Degredado pela poesia,
Encalçado pela humildade,
Pois sendo maior de idade,
Bateu em retirada
Ferido e cansado da vida. 

André Anlub

28 de outubro de 2014

Acalmando a alma III

A escolha


A escolha

Milhões de besouros deslumbrados aos brados,
Nutridos e alienados;
Som hipnotizante, atemporal e famigerado.
Fotos estampadas em revistas,
Jornais e memórias,
Fazem da nossa história um pouco mais abençoada.

Mas tudo muda ao toque do botão...
Muda ou fala na opção escolhida,
Rompe-se a bolha e abre-se o inventário...

Por cada um, por cada muitos...

Não quero mais besouros pela sala,
Quero ouvir pedras rolando descendo o calvário.

André Anlub®
(20/10/14)

27 de outubro de 2014

Acalmando a alma II

A cada passo um ar mais puro

Aquele que se culpa está apenas desgastando-se num sofrimento estéril e desnecessário. A emocionalização da falha é mais grave e contundente do que a própria falha. No sentimento de culpa aprisiona-se o homem ao próprio erro, não se dando permissão de prosseguir, corrigindo-se e sanando.

Diante da situação embaraçosa, o que ele desejou mesmo era sumir em corpo inteiro, desaparecer no espaço, desintegrar-se. Como isso não é possível, aguentou firme o vexame, assumindo a responsabilidade que lhe cabia. Após a “tragédia”, quando as coisas tornaram a encaixar-se, sentiu-se melhor do que nunca. Em paz consigo, entendeu que crescera mais um pouco em compreensão da vida e de nossas fraquezas tão humanas.

Muitas vezes o tom de nossa voz revela nosso estado de espírito. Aspereza, irritação tornam a voz cheia de felpas pontiagudas. A calma, a brandura adoçam o tom da voz, tornando-a macia. A ansiedade descontrola o tom de voz, que se torna apressado e desconexo, enquanto a alegria faz vibrar em sons musicais qualquer timbre. A tristeza emurchece e silencia o mais inquieto tagarela. Estados de espírito, que em tudo se revelam.

Decorar meia dúzia de conceitos mais ou menos coerentes não é inteligência. Aplicar no dia a dia informações colhidas do externo nada tem a ver com sabedoria. Pensamentança é só agitação mental a revolver sempre os mesmos pontos. O conhecimento vem de dentro, o externo ó nos oferece velhos chavões que não valem nada. De dentro, com olhos e atenção voltados para nós, nasce o novo em descobertas que um dia nos tornarão alguém original, único.

(Hayede)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.