1 de abril de 2014

O livro que fez meu cavalo livre...




O livro que fez meu cavalo livre
(Parte I)

A priori...
tudo está a contento, e sobrevivi!

Lembro-me da vastidão do picadeiro
o cavalo da loucura em galope louco.
Nunca se deixa de fazer pouco
quando tudo se tem...
É você em primeiro!

Alucinações, parábolas, cogumelos
nos desenhos, moravam duendes
pras crianças, eram casas...
Salgados caramelos.

Cavalguei sobre o campo de tulipas
amassadas pelas pegadas do cavalo.
E na queimada da mata...
Pelo ralo foram-se alguns anos
pelo corpo farejei meus desenganos.

Chorei ao deparar-me com o tempo perdido
e no dito e não dito que ignorei.
Com a felicidade tinha perdido o compromisso
e no chumaço do chá de sumiço, 
hoje me achei.

Enfim, estacionado o cavalo.
Dei banho, água e feno
abri o cercado do terreno
e o deixei livre ao regalo.

André Anlub®
(3/6/13)


Se todas as tulipas fossem negras
(continuação de “O livro que fez meu cavalo livre”)

Meu cavalo nesse momento é livre
porém, ainda com alguns fantasmas.
Também há as estradas íngremes
que estendem um tapete vermelho para o nada.

Agora, as tulipas estavam inteiras.
não mais pisadas pelas patas.
Brilhantes tulipas, com cores vivas
e força para enfrentar a tempestade.

O amanhã próximo de letras e tintas
a sina que mudaria o caminhar.
Nas mãos, preparados para tocar a alma...
Os livros de Emily Dickinson e Sylvia Plath.

E as tulipas se tornaram negras
ao conhecerem sua história e sua dor.
Regadas e afogadas pelas flores coloridas
que também afogaram junto seu rancor.

E meu cavalo livre...

Hoje tenho novo cavalo
ele está perto, mas não temos contato.
Ele me inspira, traz força e medo
me respeita e impõe respeito.

O coração se abre, vejo meu próprio inventário.
Martírio empoeirado de um achaque guardado
e o amor incrustado de um todo imaginário.

Hoje a vida é um constante cenário
como o mar que me conhece
até mais do que eu mesmo.

A moradia na emoção 
é o botão da alma incendiária.

Pago a diária desse hotel
com a locação do meu bordel
com o papel, meus rabiscos
e a loucura ponderada.

André Anlub®
(4/6/13)


O cavalos, as tulipas e uma vida
(continuação de “Se todas as tulipas fossem negras”)

Meu cavalo relinchou por comida
quer algo esquecido e sem fim.
Quer banquete farto e antigo
quer minhas loucas iguarias
pois já está farto de capim.

Meu cavalo veio à minha porta
nessa torta manhã de domingo.
Ouvi com delicadeza sua clemência
e chorei feito menino.

Mais uma vez só vejo as tulipas negras
e o verão mergulhado no inverno.
O inferno com suas portas abertas
badalou os sinos
e colocou o capacho de “bem-vindo”.

Mas, minha gente amiga...
beijo a vida vadia.
Deem-me as mãos, me deem guarida
não quero ser julgado, é covardia.

Como réu confesso, meu cavalo se vai
some ao longe, pelo canto da estrada.
Sua estada é sempre trágica
e, como mágica, ressuscita as tulipas.

André Anlub®
(7/6/13)


31 de março de 2014

A História do Museu MAC Bahia

O Museu de Arte Contemporânea MAC é um museu ONG (Organização não governamental), registrado no Sistema Brasileiro de Museus IBRAM, CNPJ 11.431.729/0001-39, que se reconhece comprometido com a redução da dívida social para com a população excluída do universo das artes visuais, na medida em que possibilitará o acesso de jovens, crianças e adultos à arte educação, educação patrimonial e educação ecológica,vistos como processo formativo na melhoria da qualidade de vida do nordeste brasileiro.


O acervo permanente do MAC é composto por mais de 200 obras de arte nas categorias: pintura, escultura, gravura, desenho e fotografia, e conta com a participação de artistas de vários países, como: Brasil, França, Japão, China, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Tunísia, Turquia, México, Venezuela, Colômbia, Uruguai, Argentina, Chile, Finlândia, Guiné Bissau, Peru, Bielorússia, Rússia, Marrocos, Kosovo e Romênia, e contém uma rica diversidade de estilos e formas que compreendem a arte surrealista, arte impressionista, arte naif, arte abstrata, figurativa, realista, das mais variadas técnicas, e abre caminho para novas tendências.

"O MAC foi criado virtualmente no Facebook pela Mediadora Cultural Simone Lobão, que chegou à cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia, acompanhando a família, que saiu de Salvador para implantar a Universidade Federal do Vale do São Francisco, UNIVASF, em fevereiro de 2009, e contou com o apoio de artistas e intelectuais de vários países do mundo." (pag. 3, l. 9 do livro do Museu MAC Bahia, 2012) 
Conselho Diretor do MAC:
Simone Lobão, Licenciada em Letras pela Universidade Católica do Salvador, UCSAL, Mediadora Cultural pelo Museu de Arte Moderna da Bahia MAM, escultora, pintora, Presidente da ONG e Diretora do Museu de Arte Contemporânea da Bahia CV: http://lattes.cnpq.br/8149032732057087

José Eduardo Clemente, Licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Mestre em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia UFBA /Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS, Vice Presidente do MAC e Professor Assistente II da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) CV: http://lattes.cnpq.br/0332227495355408

Pedro Henrique Cavalcanti, Desenhista, Pintor, Professor de Inglês. CV: http://lattes.cnpq.br/2618844141176364

Espantalho de força motriz


30 de março de 2014

Utilidade Pública

Quando a Publicidade resolve fazer o consumidor pensar - o que não acontece sempre -, ela o faz com uma força incrível. Vejam este exemplo, perfeito para o momento lamentável que vivemos no Brasil: campanha de conscientização anti-estupro. Página dupla de revista. As páginas estão levemente coladas uma à outra. O leitor puxa-as, uma pra cada lado, fazendo um pouco de força. Aí então, ele lê o texto que diz: "Se você tem que forçar, é estupro". Simples e direto. Na lata.


Nosso Amor



Nosso Amor

Sendo mais sensato e apregoando com ênfase o meu amor
Vejo-me mais feliz e completo, caminhando na trilha de gigantes
Sinto-me brioso no melhor sentido que faz a vida
 Sentimento vindo e não indo, lindo... Como já foi um dia!

No adereço implícito dessa paixão sublime
No adjunto das minhas ações e sensações... Esconde-se um menino
De pés descalços, sujo de barro se sente um deus
Extremamente feliz e compreendido.

Mas se há perigo, se há ciúme... A calentura
Minha sepultura se intensifica e grita meu nome
Falsa semeadura, enterrando bem fundo os versos meus
E no espelho vejo-me embaçado e pequenino.

Mesmo apoucado sou passarinho que voa alto
Sem exageros - com muito afeto - sem desatinos
Conquisto-lhe, debicando a mais pura lealdade.
Tudo entre nós se torna pleno e primazia, se torna de fato.

André Anlub®

29 de março de 2014

Tarde boa pro café com broa...


Eu e meu café quente

Nada disso, nada.
Nem a cruz ou a espada
nem um milagre instantâneo.
Até viver litorâneo
com belo cenário da sacada...
Nada disso, nada.
Nem amor perdido e achado
tampouco o que ganhou no grito
nem um gemer sustenido
que alavanca o ser amado...
Nada disso, nada.
Na cachola do bardo
difícil é imaginar a vida
sem a poesia na lida
e derramando na gente.
E vai pôr do sol dourado
vem o tom do sol nascente.
Arregaça as mangas pro fardo
com a garrafa térmica ao lado
cheia do café mais quente.

André Anlub®
(5/6/13)

Aquela fragrância de nova vida,
Da porta aberta do viveiro,
Batia nos orifícios do nariz (como coisa boa)
Fubá fresquinho, coco queimado, doce broa...
Acompanhada por um manacá-de-cheiro.

André Anlub®

27 de março de 2014

No teatro da vida


No teatro da vida

Um brinde à paixão aventureira
abrindo o melhor champanhe
se banhe na fonte da juventude
faça dessa quietude a voz guerreira.

Mais ameno, segue firme, segue o tempo
e ao vento, dissiparam-se as nuvens
bem ao longe, as colinas, ornamentos
e o verde, um alento, é perfume.

A natureza é o presente de união
da unção do momento com o desejo
que o beijo assina embaixo, dá o laço
encare o passo, pois o tempo é contramão.

Amanheceu e a paixão já fez a cama
tomou café, leu jornal e foi-se embora
e em outra hora, de repente, talvez volte
pois no agora, fecha a cena, encerra o drama.

André Anlub®
(04/04/13)

26 de março de 2014

Portal CEN

Venham me ler na Antologia de Março 2014 do portal CEN...
http://caestamosnos54.blogspot.com.br/2014/03/xii-antologia-portal-cen-ca-estamos-nos.html


O oásis de cada dia


O oásis de cada dia

Deseje-me sorte em voz alta
É como carregar o embuste no colo
Cegue-me com areia nos olhos
Envenene-me coma saliva mais farta

Consigo a solidão de um espinho
Tenho a companhia de uma flor
Sou seu brinquedo de menino
Esquecido em qualquer gaveta
Com uma etiqueta, escrito “dor”.

Lua e estrela, combinação astral.
Brilho e beleza, só falta você.
No espelho d’água, trilogia perfeita
Tudo absolutamente normal.

É a delicadeza que constrói você, seu quebra cabeça
É a pureza que circula por dentro
Na certeza de estar certa na seta que acerta o alvo
Tudo no seu devido momento.

Agora vou indo com seus votos e coragem
Embriagado de otimismo e muita energia
Em uma vida que passa a minha frente como uma miragem
Buscando o oásis nosso de cada dia.

André Anlub®

Amante do bem e velho blues...


Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.