27 de fevereiro de 2014

"Three Little Birds"



[1] Pássaros que vem e que passam também são os pássaros que ficam.

[2] Pinta a selva e voa o Pintassilgo

[3] Passeando e observando no caminho, pássaros que vão e vem com gravetos no bico
lembro-me de outras épocas, ninhos de cantos e gemidos...


André Anlub®

E por debaixo da seda...


26 de fevereiro de 2014

Versos de Verão em mãos...


Mais sobre tal arrepio


Mais sobre tal arrepio

Diga-me tudo sobre o tempo
sobre nosso amor
e os ventos que levam e trazem.

Se quiser que eu cante
ou monte num elefante
e vá desbravar o entrave.

A viagem está só no meio
em sua melhor parte.
Onde na paisagem não há feio
e parece única e conhecida
mas é lua e novidade.

Os dias são sempre belos
se libertamos os olhos
para os aspectos.

Espertos andam sempre lentos
e em certos momentos
abrem os seus velcros.

Podíamos perpetuar o amor
e passar os anos
quiçá as décadas
por que não milênios?

Vejo em equivocado intento
pessoas engomadas
com ouro nos dentes
mas companheirismo em lata.

Agora o vento bate as portas
fecha as janelas
tapa ligeiro as frestas.

Tudo agora leva a crer
que o breu fará morada
mas não aconteceu.

A luz da nossa história
iluminou com glória
toda a madrugada.

André Anlub
(25/2/14)

25 de fevereiro de 2014

Insanidades


Insanidades

Teria que ter sido pelo menos companheira
Mesmo não cobrando o amor que ela devia
Não importa cargas d’água tenha denegado
Diz que viu duendes, vacas voando, unicórnio alado.

Teria que ter sido pelo menos afeição
Mesmo se nada cobrassem, nem um beijo perspicaz
Nem se o desejo vem ao acaso ter sido esnobado
Meu corpo era seu leito, do seu jeito ao seu agrado.

Teria que ter sido pelo menos sincera
Calada no nosso leito, fechando-se e indo ao sono
Trancada a sete chaves, deixando-me em abandono
Parte da realidade pintada como quimera.

Teria que ter sido pelo menos uma verdade
Sendo personagem da imaginação mais fértil
Viva no papel, nas idéias, um lindo sonho
Que me deixa cancro exposto, frágil e medonho.

André Anlub®

24 de fevereiro de 2014

Bloquinho


Bloquinho

Não contive o anseio de me molhar na forte chuva que de repente inundou a rua, a calçada, a alma minha e até a lua. Parte era asfalto, parte lama e parte de mim que dança. Banho que purifica, deságua, desaparecendo os maus fluidos e elevando minha aura ao patamar que almejo. Faço meu desejo por entre sonhos multicoloridos com parentes e amigos queridos, que se foram e agora me dão as mãos e voam comigo.
Em sintonia com eus, céu, terra e paz interior, caminho em direção a árvore do outro lado rua, na antiga praça que reunimos sorrisos e aprendizados. Procuro o banco logo abaixo dela e sento. Dentro de mim a sensação é de pairar num alto e velho monte. Consigo ver as melhores paisagens das minhas recordações. Choro. Como não poderia ser diferente abro seu bloquinho de poesias... Sei todas de cor, na verdade nem precisaria lê-lo para recitá-las ao vento, como um louvor. Ainda sinto muita nostalgia, e essa saudade esfola e aperta o peito como um torno gigante, mas mesmo assim eu anseio.

Anseio nos ser sempre. Porque tudo ainda vive em mim.
E como de praxe, mais uma vez, choro.

André Anlub e Bia Cunha

Não esquento...


Não esquento com qualquer coisa
Habituei-me ao fogo brando
Guardo gás para a chama forte
Sempre que houver paixão.

André Anlub®

23 de fevereiro de 2014

Ótimo domingão


Sempre vivo

Precisamos de dias mais longos,
cheios de ar, aves;
árvores por todos os cantos,
cantos açucarando os pesares,

Afagando aos ouvidos.

Ouvi dos sinceros seus sins,
som de detalhes.
De talhes simplórios,
corpos notórios, 
felicidade e gemidos.

Precisamos de larga boca
e nada oca a mente.
Mente aquele que no medo,
em segredo,
no paladar do azedo, 
expõe que não ama
e não segue passo à frente.

Por aqui, por ali,
o sol nasceu mais vivo,
vi você de repente,
menos breve e arredio
arrepender-se contente.

André Anlub® 
(4/11/13)

22 de fevereiro de 2014

Quando dá "branco" na escrita...



Enxugando os Prantos

Toda a paz do mundo caindo em gotas de chuva
O amor em plena abundância
Renovada a fé e a esperança
Saúde dando aos montes em cachos de uva.

O ciclo de felicidade dando voltas no infinito
A cada segundo sorrisos e gargalhadas
Desarmadas todas as facções e exércitos do planeta
Todos os soldados com roupas de banho fazendo um churrasco.

Só com uma luneta posso ver o mau que está no nada
Crianças sem fome ou sede e com grande futuro
Drogas, maldade e a raiva morrendo afogadas
Vão-se abaixo preconceitos e muros.

Pessoas que estavam perdidas sendo encontradas
Hinos de todos os países poeticamente cantados
Fazendo assim valer gastar toda a saliva
Presídios se tornando museus e teatros.

Retratos e pinturas só de natureza viva
Guernica se transforma em um belo abstrato
A censura se foi e desceu do seu salto
Não existe rabisco, toda arte provém de um traço.

Todos têm, na vida, o direito de subir em um palco
Poetas aparecem por todos os cantos
O ego e autoestima do homem se perdem no alto
Poesias trazendo alegria e enxugando os prantos.

André Anlub®

21 de fevereiro de 2014

A cada passo um ar mais puro


A cada passo um ar mais puro

Ela voltou, trouxe algumas flores silvestres,
Vamos agora, juntos, pela nossa rua do apego.
A calçada é larga e o sol que fulge sempre,
Há cães que não ladram e gatos nos telhados.

De longe, bem ao longe, alguém clama companhia.
Lá, onde habita o delírio, tudo existe,
E ainda insistem até mesmo em chamar de “amores”,
As variedades de corações em combustão.
Mesmo com a enorme falta de enzimas e excesso de buzinas,
Reinam os notórios e imortais motores...
Nem mesmo as dores conseguem atenção.

É lá, toda a inquietude e desassossego,
Estão vendo mal de perto como funciona o medo,
E estão cansados, mostram-se exaustos.
Mas nossa estrada é larga, como já foi dito,
Há espaço e apreço para tudo e todos,
As intolerâncias não crescem no infinito,
Quaisquer que sejam e venham à tona,

André Anlub®
(30/6/13)

Nota

em breve o blog volta pro ar - obrigado pela compreensão

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.