4 de outubro de 2013

Sexta poética


Mesmo que anjos tenham umbigo

Mudei de século,
Moldei o crédulo,
e passei a sonhar com as Valquírias.
Vi um mundo sem máscaras,
sem muita diplomacia.

Eis as tardes que caem
afogadas em grandes bacias.
Eis as mães com suas filhas
fazendo de alvo o profícuo.

Delineei o passado
no caso mais que perdido.
Etiquetei os bandidos
ao som de música clássica.

Para um espanto em vão,
bandeiras viram fogueiras,
e as duras madeiras de lei
amarrotam o nosso irmão.

As fidúcias rasteiras,
já velhas, trapos manchados,
silenciam os zangados,
servindo de panos de chão.

No auge da contradição
os ouvidos não ficam entupidos,
ecoam os belos grunhidos,
do cão são da imaginação.

Eis o século moderno
de horizontes pintados,
em pergaminhos eternos,
e jovens audaciosos e belos:
- nos banquetes,
nos sovacos, 
as baguetes.

Haverá um menino
e tornar-se-á bem sabido,
verá tudo se repetindo:
- sem dono o umbigo quer briga.

Sorridente - indiferente,
e a alcunha de sobrevivente,
sentará feliz lá na praça
jogando milhos pras garças:
- o umbigo no meio da barriga.

André Anlub®
(4/10/13)

2 de outubro de 2013

Veio uma noite poética



"Viver apaixonado ajuda a não cair"

Há 144 anos, nascia na Índia, Mahatma Gandhi.


Mohandas Karamchand Gandhi (Porbandar, 2 de outubro de 1869 — Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.1
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).

1 de outubro de 2013

Feliz dia do Idoso...



Utópico tempo 

Disseram-me para dar tempo ao tempo
O mesmo passou...

Sóis e luas, estações, os anos
Rugas, cabelos brancos.

Perdi alguns amigos
Ganhei alguns zunidos.

Não soltei pião
Nunca aprendi violão
Jamais namorei de mãos dadas
Tampouco chutei latas.

Perdi praias e cachoeiras
Ganhei cataratas.

Dar tempo ao tempo?
Eu o fiz...

E ainda não fui feliz!

André Anlub®

Dois vídeos poemas...



Trago

Trago-lhe um arranjo de vidas...
Colhidas nos jardins das saídas...
Nesse exato momento.

Espero alegrar o seu dia
Quebrando a evidente desarmonia
Dando luz ao asilado encantamento.

André Anlub®


Das canduras

Há algo doce no ar, algo simplesmente belo
Não possui preconceitos nem tampouco orgulhos
Voa por si só e se pousa é por receber amparo.

Cheio de valores e com aroma tranquilo...
Segue impetuoso impregnando prosperidade.
Jamais rejeitado, sua presença beira um salutar vício
Jamais desmentido, pelo simples fato de ser a verdade.

Há algo majestoso no seu olhar
Posso ver no espelho
Rondando pelas entranhas e contagiando o sangue
Fazendo os pés saírem do chão e as mãos tocarem o céu
Invalidando qualquer pensamento malfazejo.

Podem senti-lo por dentro acalorando até a flor da pele
Fazendo tudo maior, melhor e dando inspiração
Trazendo  sorrisos, forças e infinitas vontades
Mostrando que de nada vale a vida sem emoção.

André Anlub®

29 de setembro de 2013

Domingo no bingo? Que nada, que sina... É sol, praia ou piscina!


Cantar do futuro

Na trilha do som e do cheiro,
entre outros planejes,
já havia o longo tempo de um asilo,
e saiu, enfrentou, 
nisso e naquilo,
foi certeiro.

Conhecia um pouco de tudo,
e de todos a prudência do cantarolar,
mas de cor, tão-somente, do sábio sabiá.

O verde vivente evidente,
fez nuance nos raios dourados do sol,
que surgiam e sumiam
ao bailar de folhas,
no cair de sementes,
da jabuticabeira.

E a comunhão com a quietude,
ao chegar o negrume,
o que estaria por vir?

E os motores aos ouvidos em dores;
os odores do carbono a calhar;
o cruzar de mil pernas;
as janelas com visão limitada;
e a empreitada de ser e estar.

André Anlub®
(28/9/13)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.