7 de maio de 2013

Mais dois escritos (formatados) para hoje.

Na arte dos artistas plásticos "Os Gemeos".







A pessoa olhando a esmo uma revista se depara com uma foto...
Fecha a cara, franze a testa, entorta a boca, e num gesto raivoso...
Rasga a página.
Amassou-a, com afinco, fez uma bola e vruum...
Direto ao lixo mais próximo.
Não satisfeita, passa a mão em uma pequena caixa de fósforos, vai ao lixo e pega a pequena bolinha.
Riscou o fósforo, abriu um sorriso e kreee...
Ateou fogo.

A foto...

Imagino que possa ser algo relacionado a um casal, aparentando colossal felicidade, que estava ao fundo, andando na beira da praia.
A remeteu a lembranças de tempos idos de excessos de meiguices, palavras doces, cafunés diurnos e noturnos, massagens nos pés; pés estes ainda belos, intactos, rígidos e sem varizes e imperfeições. Tempos de troca de olhares de amor, olhares de fogo, tesão, que eram acompanhados de pensamentos incendiários, impuros, de roupas rasgando e voando, suores aos montes e mãos e bocas dançantes, que findavam em gritos de prazer e tremedeira. Momentos que me deixam acabrunhado só de pensar.
Momentos indescritíveis, que jamais voltarão.

André Anlub®

6 de maio de 2013



Manhãs de inverno

Houve mais limpidez nos sentidos mais íntimos
lembro-me, faz tempo, mas lembro-me.
Tive uma incontrolável sede, boca seca e tinha também suor nas mãos.
Estava quase moribundo, necessitado, cego.
Mas a própria sede, e um aperto no peito, que me fizeram caminhar.

Nessa dita época meu ser era como um robô
com o meu corpo de lata que só almejava o teu.
Eu ia de encontro, com muito gosto
cambaleando, atônito, e sem visão periférica
só via o teu corpo, teu rosto
e sempre querendo conhecer-te mais e mais e mais.

Quantas noites te vi dormir
um pequenino feixe de luz, traço de sol, incidia na tua tez
lembro-me.
Eu fechava um pouco mais a janela, te cobria
e logo após voltava para dar continuidade à apreciação.

E quando te perdi...
quantas madrugadas em claro
calor e frio
aos prantos
pela saudade, pela amargura
de não ter-te mais.

Lembro-me
e não faço a menor questão de esquecer
daquelas doces manhãs de inverno.

André Anlub®
(06/05/13)


Bonifrate

Nem imagino por onde é o começo
quiçá pela dor que corrói em saudade
nessa idade que se iniciou o apreço
que migrou para incontrolável vontade.

Decompondo o corpo de bonifrate (brinquedo)
trazendo a pior das tramas do enredo.

O coração tornou-se ferro e ferrugem
carecendo do óleo quente da amargura
talvez o erro de almejar o impossível
senão a demência de só ver a negrura.

Não tenho mais rotatividade na alma
velho, meu coração anda torto
e o porto que há muito tempo vazio
expõe os corais de um amor absorto.

André Anlub®

5 de maio de 2013

Vídeo acabou de sair do Forno




Anjo sedento

Sedento cupido chegou
e nas costas carrega
mágicas flechas de ardor.

Arco de osso de brontossauro
corda de tripa de triceraptor
flechas feitas de costelas
de homens que semeavam amor.

São lançadas aos desígnios
voam ultrapassando cometas
seguem as luzes das estrelas
e aos corações as carícias.

Fartas águas brotam límpidas
em nascentes de rios.

Abriga, na paixão periga
amparo, advindo da alquimia
já para, alvejado o amor.

Saciado, o cupido se engasga nas gargalhadas.
Deleita-se na verdade da entrega alheia
em seguida lamenta, aos prantos, devora-se
grita, ajuíza e tonteia.

Inflama seu próximo armamento
derrama seu secreto tormento
de punho bem cerrado
o arco e a flecha tomados na mão
aponta para o próprio peito.

André Anlub®
(15/04/13)

Dois para essa Domingueira maravilhosa




Grande Michael


4 de maio de 2013

Essa frase foi feita hoje e já teve 4 Formatações

(...) para não haver briga eu fiz a 5a e vou postá-la.


Parabéns Lulu Santos

Parabéns, Lulu Santos! Artista faz 60 anos neste sábado. Ao 'Estado', em 1988, ele afirmou que não fazia só rock e explicou como era seu processo criativo: 'Procuro não ficar num formato só, porque acho que a cultura tem que ser anárquica, ter de tudo'.


Mais uma leitura do poeta amigo Fábio Kerouac


Nas horas vagas
os vaga-lumes iluminam o caminho
vagam de fininho
em direção ao descanso.
Eu, manso, me misturo ao bando
acendo uma ideia na cabeça
e antes que eu esqueça
voo de marcha ré.

André Anlub®

Sábado, forasteiro, ensolarado, belo




Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.