9 de setembro de 2012


Imagem: Arte de Monet/web

Sempre guri

Dentro do meu coração tu habitas
em uma bela chama ofuscante
e que se justifica na certeza
do real amor que em vida vivo.

Sinto-me realeza
mas pobre rei sem ouros.
de excessiva alegria
por ver-te sempre,
oh, minha bela sombra.

No dia em que franzires a pele
e com o falar arrastado
os olhos cansados e mãos trêmulas...

Não temas...

Ainda assim seremos enamorados
pois vosso amor será sempre guri.

André Anlub

8 de setembro de 2012



Com sorte

Incondicional com passos lentos
Vê sempre uma saída digna para seus pecados
Todos por amor, sem pesares
Fazendo um levantamento passaria novamente por toda dor
Até faria tudo mais intensamente.

Que dia belo para demonstrar felicidade
Problemas de lado, ela segue as migalhas de pão
No caminho iluminado, tudo é sublime
Mais doce que o mais doce mel...
Amor de mãe.

Alivio imediato ao se analisar com afinco.
E com sorte...

Sente o amor
Ouve seus sinos
Recita poesias
Toca os corações
E, por fim, vê prosperidade.

André Anlub

6 de setembro de 2012



Algumas histórias XIII

Uma tal fazenda

Outra noite me flagrei relembrando
Uma época, em uma fazenda em Minas
A cidade de Santana do Deserto
Aprendi a fazer queijo, exercitei rir à toa
Novamente criei amizade com a natureza e pessoas
E na beleza do lugar avistei a esperança.

Acordava cedo, comia bem e gostava de ir selar o cavalo
No tempo muito raro o que só preocupava era estar feliz
Saia em direção ao centro, mas antes uma ponderação...

Era de praxe!

No caminho havia um pequeno lago, um açude
Lá fiz um balanço e um pequeno banco
Comumente me sentava e pensava na vida
Ah, o que eu não faria para já estar apaixonado...
Já ter o amor pela escrita nessa época.

Em uma noite a trupe voltava de uma sinuca em Três Rios
Percebemos a entrada de três ou quatro pirilampos pela janela do carro
Então algo mais curioso aconteceu
Eram centenas deles, que chegamos a parar e desligar os faróis...

O assombro!

Saímos do carro e na estrada, sem iluminação
Vimos como uma árvore de Natal acesa
Eram pequenas luzes verdes, por todos os lados
Colidiam em nossos corpos, podíamos pegá-los facilmente.
Estavam em cima, e voavam também rente ao chão.

Não houve registro físico
Mas da mente dificilmente sairá.

André Anlub


5 de setembro de 2012


Algumas Histórias XII

Um grande amigo de botequim

Dez da noite bate o ponto
Uma coxinha, cerveja e a cachaça
Álcool resolve, em outra dimensão, a sua peleja
Coça a carteira e só moedas, migalhas
Mas ao olhar para a saída do bar
Avista uma sorrateira nota de cem.

Duas garrafas de pau pereira
Porção de batatas fritas
A conta paga
Mata meia garrafa
Incha e cora
Chora.

Resolve espernear
Resolve falar sozinho
Conversa com estranhos
Só ele pode vê-los, mas sempre respondem
Ele diz que são homens de branco
Geralmente mascarados
Ele diz que quando os vê nasce uma sensação sufocante
Mesclada com amargura.

Tem ânsia de vomito
Vai ao banheiro e transborda
Volta suado e sedento
Pede um sal de frutas
Coloca sal nas fritas
Me oferece um copo.

André Anlub

4 de setembro de 2012




Tempo de ser raro

Não sendo previsível às vezes surpreenderá
O óbvio é chato, reto, e morre de medo de mudar
Mudança quase sempre é salutar e nos faz nova gente...
Mas requer coragem e muitas vezes abdicações.

Temos que ter uma balança imaginária
Pesando as mutações que podemos escolher
A mudança é para si ou às pessoas que merecem
Transformações não devem visar causar inveja ou ciúmes.

Ser raro é sempre surpreender
Estar procurando fazer melhor grandes e pequenas coisas
Mesmo errando, mesmo não conseguindo...
Mas sempre evidenciando sua tentativa.

Voltando aos dois lados e pesos da balança
Fundamental é ser sincero e ousado, egoísta jamais
Nem sempre será mais leve a escolha que pesar menos...
Mas é sempre um ótimo passo acreditar na escolha que se faz.

André Anlub

3 de setembro de 2012


Humildade

Ser humilde não é um estado de espírito, não é sair de casa cedo e dizer “Hoje vou ser humilde”... Ou segundas, quartas e sextas serei humilde, terça e quintas não... Sábado e domingo eu decido na hora!

Humildade nasce com a pe
ssoa e se molda ao longo da vida. Nada tem a ver com educação, que, aí sim, aprendemos e utilizamos mais ou menos conforme nossa vontade.

Fingir-se de humilde beira a grosseria com seu próximo, é uma facada na própria índole e um afronte com o seu caráter.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.