25 de agosto de 2012




Tempo de ser sonhos

Lugar paradisíaco
Areia limpa
Mar calmo
Pôr do sol.

Verde em todos os cantos
Muitas aves e cantos
Peixes com luz própria
Natureza desconcertante.

Um menino cavalga no ar, em um puro sangue alazão
Amigos de longos caminhos, regiões e desafios.

Já voaram por sobre o deserto de Atacama
Com o frio dos polos tremeram
Bem fundo, em todos os oceanos, mergulharam
E diversos tesouros perdidos foram descobertos.

Em um domingo de folga, saíram em direção ao espaço
Foram em outras galáxias e constelações
Jogaram xadrez com outros seres
Aos sons transcendentais, meditaram
Dançaram iguais loucos por cima de grandes Baobás.

O dia nascia e, se quisessem, logo anoitecia
A noite era extensa, não havia sono
Cometas passavam aos milhares
Fagulhas multicoloridas desenhavam figuras no céu.

O dia anunciava que era hora de despertar...
Deixar de ser aquele menino
Deixar...

Lugar limpo
Areia calma
Mar do sol
O pôr do sonho paradisíaco.

André Anlub

imagem: web

24 de agosto de 2012

Tempo de ser “Amado”

No coração da donzela, o nirvana em linhas e livros
Imaginação que não finda
Contando a história, colorindo a Bahia
São capitães de areia nas terras do sem fim.

Na tenda dos milagres reside Tieta e o Jubiabá
“só deseja o amor dos homens pra bem amar”.

Sendo a Gabriela mais bela
Que ressuscitou o mar morto
No céu a caravela na magia do brilho da lua.

Na quimera dos deuses...
Yemanjá é rainha...
Benção em todas as letras, sorrisos e prantos.

Da preguiça na rede
No Rio Vermelho
Singular papel de parede
Farol da Barra.

No majestoso banhar da menina nua
Mostra-se a diferença com cara lavada ou não
Pão da fome, pés descalços, pesca e religião
Fé e força da capoeira de rua
Exposto na maior lisura
Linguajar simples e honesto
Salvem todos os santos
Salvem a literatura.

André Anlub

23 de agosto de 2012



Tempo de ser cágado

O dia amanhece com muitas nuvens
E a jornada de fome e reprodução.

Anda cabreiro com olhos céleres
Lento, sujo e determinado...
Vendo de lado ao modo arredio.

Pisando em barro...
Com passos calmos e vida mansa.

Como se houvessem as danças
Balés solitários
Com a pança que arrasta
Para e ensaia o sorriso
O pescoço é farto
Para dez relicários.

À tarde caindo afogueada
Confunde-se com o vermelho dos flamboyants.

A garoa molha e limpa seu casco
Olha a sequoia que é a direção
Caminha bem lento, vagabundo.

Mastiga e engole algo alucinógeno
E elefantes voam por sobre o verão.

André Anlub

22 de agosto de 2012



Tempo de ser inspiração

Vagarei por imponentes paisagens
Nos rastros de fogo de cometas
Nos pirilampos disfarçados de estrelas
Desde o piche do breu de um céu...
Ao lume azul claro de sua íris.

Penetrarei nas mentes sensíveis
Irei incendiá-las no infindo adentro
Se for do agrado, farei residência...
Expondo berreiros nas linhas dos intentos.

Inspiração fluirá...
Tintas serão derramadas...
Coloridas sangrias desatadas.

Ação e suor
Inspira e expira
Ah, eu vou...

Irei às chuvas de granizo...
Trocando em chuvas de verão.

E em bocas poéticas...
Serei o mais belo sorriso.

André Anlub

Imagem: web

21 de agosto de 2012



Certificado do 2° Concurso Literário Pague Menos, a Nivel Nacional, tema "Brava Gente Brasileira". No qual fiquei entre os 100 primeiros colocados... Garantindo assim participação no livro.

Quero agradecer aos amigos que torceram comigo no facebook, ao vivo, no dia da divulgação! Sintam-se abraçados

Acabei de pegar o certificado e os 5 livros (21/08/12)

o livro do concurso já está disponibilizado on-line no site:

http://portal.paguemenos.com.br/concursoliterario/livro_online.php


Tempo de ser pavão

Está no tempo de ser mais flexível
Espelho de exemplos melhores
Um elixir para o mal reversível
Travestido de camaleão adaptável.

Do colorido que se faz adequado
Ser o pavão mais majestoso em delírio
Desenhar portas nos rígidos muros...
Pois de preto e branco só quero minha face.

Creio em um ser mais etéreo
Entretons desnudos à flor da crua pele
No deguste da cor vinho
No deleitar-se do caramelo.

Digo que creio em vivas aquarelas
Peregrinando pelos preconceitos sem nuances
Somando o sexo com amor e a verdade
Dando um verniz nos cinquenta tons de cinza.

André Anlub

20 de agosto de 2012



Tempo de ser rio

Quero conhecer novas pontes
Percorrer novas curvas
Deflorar novos caminhos
Margens, desníveis, declives
Traçar novos rumos, novos leitos
Inundar de esperança os vilarejos.

Quero ser rico de fauna e flora
Saciar a sede - oferecer o banho
Sentir a sombra do natural
Ser presente em aquarelas
Espelho do céu.

Quero ser sempre limpo – cristalino
Alimentar um novo sonho
Ser potável e bem-vindo
Ser carregado na cabeça da carecida...
Limpar suas roupas – lavar seus pés - banhar seus filhos
Estar nos ninhos e no interior da amada.

André Anlub

19 de agosto de 2012


Tempo de ser flores

Camélias brancas que transbordam a paz
Embelezam na alma os jardins de consensos
Das tolerâncias os incensos mais doces
Afogando os rancores em um amor mais intenso.

Na cadência das orquídeas
Nas grandes janelas dos casarões
Em estufas de barões
Ou arredores dos tugúrios.

Flores...
Entregam-se com beleza rara
Fino odor imaculado
Seda frágil, doce sina.

Imponente desenho das tulipas
De seis pérolas em lindas pétalas
Coloridos ímpares
Nutre a inspiração dos poetas.

Girassóis já remetem à arte
Do gênio singular dos pinceis
Conduzem a pueril cor do singelo
Para o belo arco-íris de êxtase.

André Anlub

19 de Agosto - Dia Internacional da Fotografia

Ressaca na entrada da Baía de Guanabara (RJ), ao fundo Ponte Rio Niterói.




Marcelo Piu
09/04/2010


Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.