21 de maio de 2012



Do Ego

Ele segue altivo, vitorioso e de bela aparência
Segue muito bom naquilo que gosta e faz
No seu andar desfila, brilha e transmite paz.

Mas tudo isso não deixa de ser o que ele pensa.

De superego inflado permuta por mais uma dose de ar
Procura estar onde abonam os “tapinhas nas costas”
Ignora algumas perguntas, mas sabe as respostas.

Mas nisso tudo ainda pode estar muito enganado.

Elogios e afagos, sem dietas, vão lhe alimentar
No pódio ele quer sempre os três primeiros lugares
E nos altares... Ainda almeja ficar mais elevado.

Ego não tem encanto nem quando é verdadeiro
Resta a agudeza de se achar beleza e um ser superior
Tudo se mescla com as empáfias e indelicadezas
E mostra um mendigo buscando ser um pouco amado.

André Anlub

“Nunca se viu egoísmo que não se queixe de ingratidão.”
- Emmanuel -


Dos antolhos

Quero um apropriado escudo Celta
Pois há lanças voando sem rumo
Almejando ébrias mentes sem prumo
Mas por acidente a mesma me acerta.

Quero o melhor dos virgens azeites
Pois nas saladas só tem abobrinhas
Na disparidade de várias cozinhas
Todos adotam a mesma receita.

Quero ver e ler o que outros registram
Sem antolhos nem cínica mordaça
Sem caroço impelido na garganta
Faz o engasgo que mata na empáfia.

Mas não só quero como também ofereço
Meus singelos poemas com terno adereço
E com pachorra e olhos modestos
Vê-se admirável o que era obsoleto.

André Anlub


Pérola na Ostra

Palavras soltas, indo com o vento
São como as idéias que habitam a escuridão
Rebentos que eu mesmo invento
Pura e unicamente classificados de suposição.

O julgamento final de minhas ações
Tal qual as palavras que deixei de escrever
São unidas com pensamentos em vão
Que desuniram o mais sincero bem querer.

Perdido em vírgulas, parágrafos e pontos
Jogados em pergaminhos com teclas
Que nascem minhas poesias e contos
Sem luzes... Escuridão que renega.

Sublinhado pela tinta de corpo e forma
Letras tortas, curvas e retas
Seguindo manuais anexados as normas
Sem destino, puramente, sem regras.

Fecho a ostra - guardo as idéias
Desligo-a de uma tal de tomada
Milhões de criatividades são centopéias
Que andam e moram dentro do nada.

André Anlub

20 de maio de 2012

20/05 - Dia do Pedagogo



Nem tão Louco assim (do livro: Poeteideser)

Busco o resto das minhas forças
Aperto forte o espinho da rosa
Contraio até o último músculo
Coloco meu pescoço em todas as forcas.

Contradigo-me, me esfolo...
Uso cilício
O meu silêncio é sobrenatural
Ando pelado, mal humorado, vou para um hospício
Corto meus pulsos, piso em vidro, etc e tal.

Não penso em nada, desamparado, quero morrer
Faço-me mendigo, perco a cabeça e saio de cena
Procuro respostas, indecorosas, só pra você
Sou um indigente fazedor de cenas, todas obscenas.

O que posso fazer... Sou fã de Spike Lee
Muito exagerado e irremediavelmente macabro
E enfim digo sim... Quero enforcar querubins, é o fim para mim
Meio desconsolado, mas muito feliz!
Mentiroso ao quadrado!

André Anlub

20/05 - Dia do Pedagogo


19 de maio de 2012



Algumas Histórias XI

Um homem no Limbo

Em meados dos anos noventa, em um apartamento aconchegado
Cercado de amigos, festas, viagens, idealismos e psicotrópicos
Regado à delicadeza de uma vida branda e deveras desatinada
Dias curtindo praias, fazendo fuligem, ouvindo rock e muito alto
Homem nada abstêmio vivia quase o dia todo dopado.

Por dentro um grito estrídulo
Por fora um corpo beirando o franzino
Tinha quase um milhão de amigos
No mundo dele era um estranho no ninho.

Nessa sua vida na lua não via a vida passando
Tratava mal seus amigos e afetos
Não sentia as amizades se esvaído
E o carrasco da velhice chegando.

Chegando o ano dois mil
Viu a luz no final do seu túnel
Oportunidade de mudar o seu rumo
Abandonar o que sempre foi vil.

Fugiu das grades das celas...
Fantasmas
Procurando as portas certas...
Maturidade.

Não buscando os caminhos mais fáceis...
Parou de pular as janelas.

André Anlub


Não existe um passo maior que a perna
Existe a perna curta demais
Tempo a gente faz para transpor as barreiras
O pior da vida é não vivê-la mais.

André Anlub

Reconquistar a vida

Cavalgadas, lições, madrugadas, lençóis
Saboreando o soberano dia a dia, detonando a monotonia.

Um truque, uma trinca, um brilho, um chute, esquivo
Dinheiro, sucesso, inteiro, impedem e peço.

Fazendo valer cada minuto, segundo
Vivendo, mergulhando na plenitude.

São noites cheias que adornam dias belos
Águas cristalinas
Milhas de cachoeiras de marmelo.

Brincando de pular corda
Acordo soltando pipas
Rei de castelos de areia
As piscinas transbordam.

Suando, com prazer, a camisa
Reconquistando a emoção da vida...

André Anlub


Imagem: arq pessoal

18 de maio de 2012


Alfred Pacino

É um mago em ação, rei em drama
Lapidou com o tempo o dom e fez fama
Eternizou-se em filmes que na vida de alguns faz parte
Ídolo maior na sétima arte.

Representou bandido, Corleone da máfia
Homem com empáfia, traficante erudito
Teve seu dia cão, foi perfume sublime
Ninguém o subestime em um domingo qualquer.

Foi Donnie Brasco, diabo e policial
Fez comédia romântica, personagens de livros
Sonny, Serpico e Tony Montana
Peça de Shakespeare em “O Mercador de Veneza”.

Nascido no Bronx e é da Itália sua ascendência
Célebre pelo seu profissionalismo
Reconhecido pela humildade fora das telas
No hall da fama é gigante estrela.

André Anlub

19 a 26 Semana de combate à Hepatite C

Cristo será iluminado para lembrar população do combate a Hepatite C



Rio de Janeiro a Janeiro

Agora vou me exprimir!
Saudade quando acordo e vou dormir!
É difícil acostumar-se em outro canto
Falo do calor abaixo das "asas" do Redentor...
Nas curvas do seu manto
Como ondas... Beleza e louvor!
Perdoe-nos...
Eu e meu pranto...


.... Meu Rio de Janeiro

Como pode alguém amar tanto um lugar
Tuas praias, montanhas, que emanam o amor
Curvas das ruas e de tuas crias
História, memória, um glorioso legado

O amor materno que sempre me banhou
De pequeno a adulto, do teu jeito fui criado
Beleza bronzeada da cor do pecado.
O carinho do toque de tua maresia
A visão e beleza do nosso senhor.

Fim de tarde, pés descalços, no arpoador
Uma estrela do mar e do céu que os meus olhos saciam
Da primavera ao inverno no teu colo a vontade
Quando a faca te fere também sinto a dor

Meu Rio perfeito
Quero-te bem, quero-te sempre
Mostras para o mundo inteiro
Que tu amas, és fiel, amor verdadeiro.

André Anlub
Imponência

De uma forma deveras palpável
A grafia renasce no arcabouço
Vindo de uma sensação mutável
Tornando-se finalizada ante o esboço.

As letras jamais envelhecidas
Amareladas com rigidez perene
Órfãs sem jamais terem nascidas
Lapidadas pela sutileza do cerne.

Apólogo nas mentes funcionais
Decreto soberbo dos irracionais
É boa imprecação em todas as formas.

Sem acatamento diante da alusão
Dona de si perante comunhão
Jamais dará ouvidos às normas.

André Anlub

17 de maio de 2012



Poetas

Qual o preço da poesia?

Poetas emprestam sua alma
Pecadores com demasiada inocência
Muitas vezes se doam na íntegra
Faz do rotineiro suas infinitas linhas
Linhas de conveniências.

Nos rascunhos da vida uma mímica
Expostos ao mar de conceitos
Nau de papel frágil à mercê
Em corações desatentos ao leito.


São feridos e açoitados
Nem sempre coitados
Faz parte da arte.

Toca, e com o toque discreto de poeta se faz uma sinfonia
Ironia dos sentimentos
De desconcertantes lamentos são sinas das razões
Poetas sabem se estender...
E nessa extensão sentem o doce e o salgado da inspiração.

Poetas respiram
Petas respeitam
São pais e são filhos
Conspiração do impulsivo.

André Anlub

Morre Donna Summer

Donna Summer (nome artístico de LaDonna Adrian Gaines, Boston, 31 de dezembro de 1948 – Flórida, 17 de maio de 2012) foi uma cantora pop norte-americana mais conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70, que deram a ela o título de Rainha da Disco. Com 37 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 130 milhões de cópias de seus discos.

Dia Mundial da Internet




Das paixões se guardam amores
Da adolescência... Teimosias
Dos anos vividos... Experiências
Os ódios e preconceitos se guardam tumores.

- André Anlub -

16 de maio de 2012

Será que a paz que busca pessoas que a prezam... Anda sumida?
Será que as rezas que são os matrimônios de descansos e paz...
Quebraram, fundiram ou nunca existiram?

Nada disso...
Não percamos a fé!

- André Anlub -

Lançado ao alto
Inspiração...
Junto ao poeta e seus heterônimos
São seres solitários
Habitam o encéfalo
Como neurônios na multidão.

- André Anlub -

O Brasil não tem tempo para cultura... Afinal; fococas, futebol, silicones e trocas de casais famosos ocupam um tempo danado!
Falo sem demagogia, pois acho que tem espaço para tudo!

- André Anlub -

16 de Maio - Dia do Gari



Das idolatrias

Brotaram no desabrochar dos lindos campos
Suas essências... Deixadas como folhas em vendavais
Voando, vagando, sem destino por entre pensamentos e alentos
Como mãos que tocam almas, fazem de harpas sons siderais.

Do seu grito que alcança o espaço
Ensurdecendo, de forma assustosa, supostos deuses e planetas.
Como se fosse aço derretido
Incide uma lágrima densa, que se encandeia e torna-se magma.

A magnitude do seu olhar...
Capaz de fazer dois mundos se apaixonarem
Das luas... pequenos vaga-lumes
De mim... o que quiser.

Meu ar, meu chão.

A imponência de sua respiração é sublime sopro...
Ah, dessa nem devo falar...
Mais bela e importante de todas...
A criação.

André Anlub

15 de maio de 2012



No Limite

Penumbra da noite
Corujas são estrelas vivas
Mato fechado e sombrio
Embrenhas-te como um arrepio.

Foca-te em tudo e em todos
Resolves voltar a peregrinar
Repudias o obscuro túmulo
Prometes nunca mais me deixar.

Contas mistérios de amor
Despertas a libido de culpa
Sangras até esgotar...
Voz do amparo a clamar.

Calas as comportas de ódio
Abres a da imaginação
Sonhas com um dia sonhares...
Que tu arrancas os pés pelas mãos.

André Anlub 18/6/09

Morre o escritor mexicano Carlos Fuentes



Autor tinha 83 anos e havia ganhado prêmios como o Cervantes e o Príncipe das Astúrias

O escritor mexicano Carlos Fuentes, 83, morreu nesta terça-feira (dia 15) na Cidade do México. A informação foi confirmada à agência Efe por fontes do hospital Angeles Pedregal, onde estava internado.

Nascido na Cidade do Panamá em 11 de novmebro de 1928, Fuentes vivia no México desde a sua adolescência.

Escreveu romances como "A Região mais Transparente" (1958) e " A morte de Artemio Cruz" (1962). Ganhour os prêmios Cervantes (em 1987) e Príncipe de Astúrias (em 1994) e era um dos mais famosos autores mexicanos.

Nada que se cultive com tempo e dedicação...
É perdido ou desvalorizado por uma contramão.
Passa-se o tempo - sol e chuva
Vão-se as folhas - cascas e casulos
O que se planta com amor será colhido por alguém!

- André Anlub -

Batendo a língua nos dentes
que variam de palavras à calafrios
Por entre mágoas de um ser que é só arrepio
Os caminhos sem pautas
Cada manhã mais sozinho.
Sinto sua falta...
Da carne, osso e alma.

- André Anlub -

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.